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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA, Trabalhos de Psicopedagogia

PARECER DE AVALIAÇÃO DO ACADÊMICO (A) APÓS A REALIZAÇÃO DA PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA, COM ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO OU SUPERIOR, OU NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.

Tipologia: Trabalhos

2020
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Baixe RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA e outras Trabalhos em PDF para Psicopedagogia, somente na Docsity! TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA CASCAVEL – PARANÁ 2018 PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PSICOPEDAGOGIA Este trabalho descreve a Prática de Estágio Supervisionado do Curso de Pós Graduação em Psicopedagogia, requisito para concluir a formação em Psicopedagoga, sob a orientação da professora Ms.: Selete Maria Schäfer Schmidt e Ms.: Veralice Aparecida Moreira dos Santos, na Faculdade Assis Gurgacz – FAG Campus Cascavel. CASCAVEL - PARANÁ 2018 E. Programa de e | = PÓS-GRADUAÇÃO EAS LATO SENSU REFERÊNCIAS ANEXOS ............ 5 1 INTRODUÇÃO O Estágio Supervisionado é uma atividade obrigatória curricular para conclusão do Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia, conforme Decreto nº 87.497 de 18 de agosto de 1982 que determina a prática de Estágio Supervisionado como parte integrante da grade curricular dos cursos de Pós-graduação em Psicopedagogia, a fim de articular os conhecimentos teóricos aprendidos durante o curso com a prática psicopedagógica. O Estágio Supervisionado em Psicopedagogia tem como objetivo promover o aprendizado para compreender as dificuldades de aprendizagens apresentadas pelas crianças na idade escolar, das quais devem ser trabalhadas, promovendo o desenvolvimento das habilidades, investigando, prevenindo, bem como uma intervenção psicopedagógica no processo de ensino aprendizagem observadas por elas. Para realização desse estágio serão atendidas duas crianças, sendo uma menor que oito anos e outra acima desta idade, cumprindo carga horária de 24 horas, sendo 12 horas para cada avaliado. De acordo com as dificuldades apresentadas por essas crianças serão trabalhadas atividades específicas, identificando o porquê daquelas crianças não acompanharem o ritmo da idade escolar apresentada. Para cada criança avaliada serão aplicados instrumentos específicos psicodedagógicos como: entrevista com os pais/responsáveis, observação da criança em sala de aula e no recreio, aplicação das atividades, começando a partir da segunda sessão, sendo, a Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem, atividades projetivas, avaliação psicomotora, atividades acadêmicas de Língua Portuguesa e Matemática, verificando as habilidades e dificuldades apresentadas pela criança. Através desse estágio o estudante de Psicopedagogia verificará como aquela criança aprende, de que forma ela assimila o conhecimento apresentado, e como compreende esse aprendizado para realização de suas atividades. Para elas ocorrerá uma contribuição com esses atendimentos, realizando também uma prática de jogos que são instrumentos psicopedagógicos, pedagógicos e educativos e que proporcionam uma forma lúdica e prazerosa de se trabalhar. Esses jogos como também as brincadeiras podem promover um desenvolvimento na criança, sendo intelectual e social. 6 Cada criança avaliada tem seu tempo específico de aprendizagem, ou seja, o desenvolvimento que proporciona a melhora desse aprendizado poderá acontecer por meio de jogos e brincadeiras. Algumas crianças aprendem de forma rápida outras não. Dessa forma, observa-se a grande repercussão sobre as dificuldades de aprendizagens detectadas nessas crianças, entender as possíveis causas para assim definir um diagnóstico, sendo a melhor maneira observar e compreender, levando em consideração que alguns fatores podem interferir no aprendizado da criança. As dificuldades apresentadas na leitura e na escrita são detectadas nas atividades trabalhadas e muitas acontecem desde a fase que iniciou o processo de escolarização, ou seja, de como essa alfabetização foi ensinada. Nesse contexto escolar deve ser desenvolvida de forma gradativa e o professor deverá ensinar seus alunos a fazer uso de uma estrutura de língua mais adequada para idade escolar em que se encontra. Portanto, a prática do estágio além de ser uma atividade obrigatória, proporciona a especialização do profissional psicopedagogo, atuando na área clínica e institucional, atendendo na prevenção e intervenção para o avaliado dos quais conseguem construir, organizar e adquirir uma melhora dessas dificuldades de aprendizagem. Além do mais o conhecimento adquirido ao longo dessa especialização complementará para os conhecimentos profissionais prontos para atuar no seu campo de trabalho. Com base nas pesquisas realizadas para este trabalho de conclusão de curso, grandes teóricos para maiores esclarecimentos da Psicopedagogia, bem como as suas histórias, suas práticas psicopedagógicas e a sua importância estarão presentes no decorrer da leitura deste trabalho. 9 educativo é intencional e implica em reconhecer a objetividade e universalidade do conhecimento. Durante o ano letivo o Projeto Politico Pedagógico dessa instituição passa por mudanças, das quais estão sempre em construção, atendendo a todos que se envolvem e que fazem parte da formação e do desenvolvimento do indivíduo. De acordo com os estudos de casos apresentados nesse trabalho, podemos complementar os conteúdos trabalhados para alunos de terceiro e quinto ano, fundamentados no Currículo Municipal de Educação de Cascavel. Para o terceiros e quintos anos são trabalhados conteúdos nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia, História, Arte e Educação Física. Na disciplina de Língua Portuguesa são trabalhados conteúdos que acompanham os seguintes eixos: Oralidade, Leitura, Escrita – Produção Textual e Análise Linguística e Reestruturação textual. Na Matemática os conteúdos dentro dos seguintes eixos: Números, Medidas, Geometria e Linguagem da Informação. Para a disciplina de Ciências são trabalhados conteúdos dos eixos de Noções sobre o Universo, Matéria e Energia: Interação e Transformação (Relações de Interdependência) e Meio Ambiente – Saúde e Trabalho. Na Geografia os conteúdos baseiam-se nos eixos: Orientação Geográfica e Localização dos fenômenos no espaço, Observação, Identificação, descrição e representação gráfica e cartográfica das paisagens, O trabalho humano e os modos de produção na organização das paisagens e dos arranjos espaciais e a Relação Homem x Meio e os saberes sobre os lugares: o fundamento da construção identitária das classes e grupos sociais. Na disciplina de História trabalham-se conteúdos fundamentados nos eixos Sociedade, Trabalho e Cultura. Para a disciplina de Educação Física os conteúdos baseiam-se nos eixos de Dança, Jogos e Brincadeiras e Ginástica. E na disciplina de Arte os conteúdos aplicados fazem parte dos seguintes eixos: Elementos Formais, Composição, Técnicas, Gênero e Movimentos ou Períodos, dentro de Artes Visuais, Música, Artes Cênicas e Dança. 10 3.2 O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA INSTITUIÇÃO E SUA RELAÇÃO COM A PSICOPEDAGOGIA O Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Professora Michalina Kiçula Sochodolak busca explicitar as ações pedagógicas desenvolvidas pelo corpo docente, funcionários, equipe pedagógica, administrativa, alunos e pais para que todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem como também os integrantes da Comunidade Escolar e responsáveis pelo êxito da formação plena dos alunos, possibilitando o acesso ao conhecimento científico e a cultura erudita. Assim, o trabalho dessa escola está embasado na concepção do Materialismo Histórico Dialético, Psicologia Histórico - Cultural e na Pedagogia Histórico - Crítica, teorias estas, que fundamentam o Currículo para a Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel, onde a práxis pedagógica dos docentes devem considerar os seguintes objetivos: reconhecer a periodização do desenvolvimento infantil, suas particularidades e especificidades, garantir o processo de interação social por meio da mediação dos instrumentos e signos, processo esse fundamental para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, estimular e valorizar todos os gestos da criança, de modo a favorecer o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, transmitir o legado cultural humano por meio dos conteúdos sistematizados, organizados e mediados, empregar a linguagem como um sistema simbólico determinante para a formação e a organização do pensamento. A Escola Municipal Professora Michalina Kiçula Sochodolak – Educação Infantil e Ensino Fundamental/Anos Iniciais tem a finalidade de efetivar o processo de apropriação do conhecimento científico, pautado no Currículo para a Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel, bem como respeitando os dispositivos constitucionais Federais e Estaduais, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei nº 5.694/2010. Com relação a Psicopedagogia, os objetivos no processo ensino aprendizagem, as metas que são asseguradas através do Projeto Político Pedagógico são previstas a curto, médio e longo prazo, sendo por meio de ações efetivas, planejadas pela comunidade escolar ou de acordo com programações de eventos, plano de ação da direção e coordenação pedagógica. Nem sempre se consegue atingir uma boa meta, pois os fatores que a escola 11 apresenta, embora que pertinente ao processo de escolarização do aluno são elementos que exigem demandas externas da escola, considerando os objetivos para que sejam atingidos. Para verificar as dificuldades apresentadas pelos alunos, a escola oferece como também em toda rede de ensino do município os psicopedagogos existentes para avaliação de contexto na Secretaria Municipal de Educação. E nas escolas os psicopedagogos, são aqueles que se especializam na área e atuam em salas de recursos multifuncionais, não atendendo a escola como um todo. As queixas mais frequentes observadas pelos alunos quanto as dificuldades de aprendizagem destacam-se o baixo rendimento escolar, problemas de aprendizagem com laudos de especialistas e pareceres de psicopedagogas, defasagens, falta de compromisso dos pais, mães e ou responsável legal para manter pontualidade e assiduidade ao reforço escolar e alunos faltosos. No processo de escolarização do aluno, a avaliação escolar não deve estar a serviço dessa sociedade que exclui, e sim a serviço da luta para a superação desta realidade. Nesse sentido, para que o professor e a equipe escolar envolvida com o aluno utilize os diferentes instrumentos de avaliação e constituem-se em instrumento de diagnóstico da situação, com o objetivo de redefinir novos encaminhamentos para a promoção da aprendizagem. Na escola os diferentes instrumentos de avaliação educacional manifestam como um mecanismo de diagnóstico da situação, tendo em vista o avanço e o desenvolvimento. Neste sentido, podemos entender a avaliação como uma ação para o professor, desafiando o aluno a refletir sobre as experiências vividas, a formular e reformular hipóteses, direcionando para um saber e um conhecimento enriquecido. O importante é estabelecer um diagnóstico adequado para cada aluno e identificar as possíveis causas de seus fracassos ou dificuldades, visando uma maior qualificação e não somente uma quantificação da aprendizagem. A avaliação contribui para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, é uma ferramenta pedagógica e um elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino. A escola depois de verificar todas as possibilidades de aprendizagem para o aluno que apresenta problemas no processo de escolarização encaminha junto a Secretaria Municipal de Educação um relatório de todos os profissionais envolvidos com o aluno para que evidenciem os problemas, acompanhem a anamnese do aluno e as atividades que expressem as situações para análise do caso. 14 Cada criança tem uma personalidade, uma ligação com a família, uma a cultura envolvida, ou seja, um jeito de ser e de se manifestar. Os que apresentam dificuldades, que demoram para entender um conteúdo exposto pelo professor, levando em consideração a internalização e a assimilação, terão um momento em sua vida escolar que ocorrerá o ‘’insight’’, aquele estalo que a criança compreende o que ela não havia entendido. O psicopedagogo irá mediar, articular e conduzir o processo ensino aprendizagem da criança. Esse profissional deverá estar atento a conhecimentos sobre essa área e proporcionar a melhora do aprendizado da criança no processo de ensino para que ela se adapte da melhor maneira no ambiente escolar que frequenta. É nesse conceito que compreende-se a ligação da psicopedagogia com a aprendizagem, sendo contribuinte para melhora do sucesso escolar da criança. Foi através das dificuldades na aprendizagem e comportamentos no ambiente escolar que surgiu na Europa, no séc. XIX, o interesse pela investigação, juntamente com médicos e pedagogos, para investigar motivos pelos quais bloqueavam a criança no seu desenvolvimento intelectual. A Psicopedagogia é a junção entre a Pedagogia e a Psicologia. Portanto, essas duas áreas não são o suficiente para que se entenda o processo de aprendizagem e suas variáveis. Assim, recorre-se a outras áreas com a Sociologia, a Filosofia, a Psicanálise, a Neurológica e a Linguística, que contribuem para um diagnóstico mais preciso. (MOTA, FREIRE e POLETTO) As crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem, dependendo do seu diagnóstico muitas vezes são encaminhadas orientações aos pais ou responsáveis para que realizem consulta com profissionais de outras áreas. Isso acontece quando aquela dificuldade de aprendizagem persiste e a criança não apresenta evolução. O sucesso do aprendizado de uma criança na escola depende de vários fatores que podem ocorrer com a interferência e a falta de incentivo das pessoas com quem elas convivem, da forma como são encorajadas a aprender e se receberam ou não aquele afeto que muitas vezes fazem falta. A Psicopedagogia tem um papel de extrema importância dentro do ambiente escolar. É um trabalho preventivo aos problemas de aprendizagem que são investigados nas crianças, o que interage com o que lhes és apresentado, contudo os processos de ensino, a metodologia e as atividades estabelecidas para as diversas dificuldades que possam parecer. Essa forma de trabalho para essas dificuldades muitas vezes revelará a expressão da criança, sendo um sentimento observado, um medo, uma angústia, um trauma para que possam ser superados. 15 As habilidades e as dificuldades podem ser observadas nas formas de aprendizagem, compreendendo que elas desenvolvem não somente em crianças, mas também nos adultos. A Psicopedagogia vem para auxiliar e minimizar essas dificuldades que cercam a vida da criança ou adulto no processo ensino aprendizagem. 16 4.1 CAMINHOS DA PSICOPEDAGOGIA: PERCURSO HISTÓRICO E ASPECTOS DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Segundo Jorge Visca (1991) ‘’Anteriormente, psicopedagogia significava o conhecimento e o estudo do sujeito individual, enquanto educação significava o conhecimento da comunidade, da sociedade. Eu acredito que naquele momento, por motivos manifestos e latentes, fez-se uma divisão porque conhecer verdadeiramente como o sujeito aprende é um conceito revolucionário, no sentido de aceitar o sujeito como ele é, fazer com que este sujeito aprenda de verdade, não fazendo de conta. Isso significaria uma modificação no sistema e na educação muito grande’’. A Psicopedagogia atende as dificuldades de aprendizagem que o ser humano apresenta como fundamento no que ela possa contribuir, amenizando essas dificuldades. A partir do momento que a criança passa a compreender esse aprendizado, tornou-se sentido, deu oportunidades e possibilidades para que ela aprenda de verdade. A Psicopedagogia não nasceu aqui e tampouco na Argentina. Investigando a literatura sobre o tema, podemos verificar que a preocupação com os problemas de aprendizagem teve origem na Europa, ainda no século XIX. (BOSSA, 2000, p. 36) Neste século consolida-se o capitalismo industrial. A maior parte dos regimes políticos monárquicos é extinta e a burguesia, além do poder econômico, passa a deter o poder politico. Com avanço o capitalismo industrial, os ideais burgueses de igualdade e fraternidade do século XVIII e início do século XIX vão sendo colocados de lado, pois com o aprofundamento das contradições inerentes a este sistema de produção, fica cada vez mais a longínqua a possibilidade de uma sociedade fraterna e igualitária para todos. A partir daí surge à necessidade de justificar as desigualdades inerentes à sociedade de classes: será por meio dos avanços científicos e de formulações teóricas que se buscará a explicação para as desigualdades da sociedade emergente. (BOSSA, 2000, p.36) Nesse sentido, a Psicopedagogia começa a desempenhar a sua função, pois a partir disso começou a dar os primeiros passos sobre sua real importância e o porquê de um profissional desempenhar seu trabalho com o ser humano. E esse trabalho do profissional complementa-se ao histórico que surgiu na Argentina o que colaborou para a prática dessa função. 19 cognição, compreensão e orientação, proporcionará uma evolução no seu processo de aprendizagem que está inserido da forma como ele compreendeu. O profissional Psicopedagogo embasado de conteúdo teórico promoverá uma investigação daquela criança ou adulto, onde avaliará a prática desse processo de aprendizagem o que propositalmente atuará de forma benéfica, provocando no indivíduo questionamentos dos quais responderão a essa dificuldade. Por isso que: O trabalho psicopedagógico pode, certamente, ter um caráter assistencial. Isso acontece quando, por exemplo, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração, direção e evolução de planos, programas e projetos no setor de educação e saúde, integrando diferentes campos de conhecimento. A psicopedagogia ocupa-se, assim, de todo o contexto da aprendizagem, seja na área clínica, preventiva, assistencial, envolvendo elaboração teórica no sentido de relacionar os fatores envolvidos nesse ponto de convergência em que se opera. (BOSSA, 2000, p.30) O Psicopedagogo poderá realizar seus atendimentos em clínicas, na escola, dentro de outras instituições que trabalhem com o ser humano, onde sua dificuldade maior está na aprendizagem. Dessa forma o sujeito, aplicará e desempenhará suas funções, sendo que muitas vezes foi limitada a forma de expressar o que ele aprendeu. De acordo com Rubinstein (2017) Atualmente, a comunidade científica e o público de modo geral estão familiarizados com termos Psicopedagogia e Psicopedagogo. A identidade do psicopedagogo é dinâmica no sentido de que ela se constrói a partir do conjunto de necessidades, crenças, compreensões teóricas e práticas. Esse conjunto complexo produz diferentes discursos que representam diferentes abordagens psicopedagógicas. Este é um fato incontestável e saudável. A partir do momento que um profissional de Psicopedagogia desenvolve o seu trabalho, muitas vezes ele passa a ter um olhar diferenciado a quem está a sua volta, ou seja, surge a necessidade da procura desse profissional por uma solução formulada dentro de um conjunto de hipóteses das quais não são diagnosticadas. Dentro do ambiente escolar o professor muitas vezes desconhece aquela dificuldade de aprendizagem específica do aluno, pois a classe pode ter muitos alunos, muitos problemas no processo de escolarização, dentre outros. Portanto, a presença de um profissional psicopedagogo nas escolas é de extrema importância. Na realidade atual, nem todas as escolas possuem esse profissional presente para atender os encaminhamentos das dificuldades de aprendizagem. E aquelas crianças ou adultos 20 que necessitam de um atendimento psicopedagógico muitas vezes não tem condições de frequentar as sessões de acompanhamento. As dificuldades de aprendizagem na maioria dos casos são atendidas por esse profissional que espera conseguir êxitos nos resultados, em outros necessita de intervenções para verificar de forma mais concreta e assim chegar a uma conclusão diagnóstica. 21 4.2 CARACTERIZANDO DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E NA LEITURA 4.2.1 Dificuldades de aprendizagem da linguagem: Escrita Partimos do pressuposto de que a linguagem oral e a linguagem escrita constituem dois sistemas inventados pelo homem para representar ideias. Essas conquistas sociais visam à comunicação, de modo que compartilhar significados torna-se essencial para o desenvolvimento de ambos os sistemas. (SEBER, 2009, p.13) A criança na sua fase da escrita manifesta inicialmente através de rabiscos, depois as primeiras letras e palavras de forma que começam a expressar como compreendeu o processo da escrita. Muitas dificuldades nesse processo de aprendizagem surgem ao iniciar a pega do lápis e até mesmo a estrutura dessa escrita dentro de uma organização de espaço. E para ela o fato de escrever algo e mostrar, torna-se um sucesso. De acordo com Cagliari (2003), Alguns métodos de alfabetização ensinam a escrever pela escrita cursiva, chegando mesmo a proibir a escrita de forma. A razão que alegam frequentemente é que a criança que aprende a escrever com letras de forma tem que aprender depois a fazê-lo com letras cursivas, e isso representa o dobro do trabalho, sendo inconveniente porque pode levar a criança a confundir esses modos de escrever. As crianças iniciam a escrita com letra de forma por meio de várias atividades e métodos diferenciados. Depois de um tempo avançam para escrita cursiva e muitas vezes esse processo é um pouco difícil para eles. Como é o caso do atendimento realizado durante estágio, a criança M., escreve na letra de forma e na cursiva e o que tem sido observado em vários momentos das sessões é a troca de letras, misturando na escrita cursiva letras maiúsculas e minúsculas e em outros momentos, sua escrita apresenta uma média compreensão. Exemplos de palavras que ela escreveu nas atividades: quãotos = quantos, tucãomo = tucano, traBaiLho = trabalho, visiho = vizinho. Exemplos de frases escrita por M.: o mercado ficaperto da mihacasa/ o mercado fica perto da minha casa, eu gosto de fazer anisade couos anigos, a professora esta passam do tarefa, a menima gaõmho uma bomeca. M. frequenta o terceiro ano do ensino fundamental e pelas produções nas atividades observa-se que ela encontra-se em um nível silábico de acordo com os níveis de alfabetização de Emília Ferreiro. Muitas atividades são e foram trabalhadas para que M. avançasse de nível, apresentando uma escrita de maneira mais concreta. 24 compreendeu. Ela sonoriza em vários momentos, repete a junção que formou da sílaba e escreve. O fato de ouvir o som correto das letras, o movimento, ou seja, a articulação da boca para realização da pronúncia faz diferença na hora de passar para o papel o que ela interpretou. Essas dificuldades de aprendizagem relacionadas à escrita detectam que atividades relacionadas à melhora da compreensão, da repetição, os sons da fala e a maneira como isso é trabalhado fará diferença no avanço da escrita de M. Assim sua ortografia será melhor interpretada e adequada para a fase escolar em que se encontra. 25 4.2.2 Dificuldades de aprendizagem da linguagem: Leitura Quando iniciou os atendimentos psicopedagógicos, observou-se que M. apresenta dificuldades na leitura, representada de forma silabada, vagarosa, pouca fluência e expansão vocabular. Ao ler palavras compostas por sílabas complexas, necessitou de auxílio para concluir a parte que estava lendo. Em outro momento foi pedido a ela que repetisse novamente a leitura do que havia lido e as dificuldades de aprendizagem na leitura persistiram. Segundo Cagliari (2003) A atividade fundamental desenvolvida pela escola para a formação dos alunos é a leitura. É muito mais importante saber ler do que saber escrever. O melhor que a escola pode oferecer aos alunos deve estar voltado para a leitura. Se um aluno não se sair muito bem nas outras atividades, mas for um bom leitor, penso que a escola cumpriu em grande parte sua tarefa. Se, porém, outro aluno tiver notas excelentes em tudo, mas não se tornar um bom leitor, sua formação será profundamente defeituosa e ele terá menos chances no futuro do que aquele que, apesar das reprovações, se tornou um bom leitor. Para que uma criança seja bem alfabetizada, precisa compreender a leitura, ou seja, ler o que conseguiu estruturar através de um conjunto de sílabas, acentos gráficos, na formação da palavra e pronunciar a fala do que está escrito. As dificuldades específicas na leitura podem acontecer no início e durante o período escolar em que a criança se encontra. Uma dificuldade comum no princípio ocorre com os alunos que acabam lendo palavras que não existem ou que não se encaixam no contexto. Por exemplo, ao ver a palavra CASA, o aluno diz ‘’kaça’’ ou ‘’çeaça’’. Seu esforço para decifrar ainda não foi suficiente para reconhecer outros valores fonéticos das letras. Uma boa estratégia é o professor dizer para o aluno que, quando ele for ler e descobrir uma palavra que não conhece, deve procurar observar se alguma das letras não pode ter outro som e formar, desse modo, outra palavra. (CAGLIARI, 1998, p.323) Quando as dificuldades de aprendizagem na leitura apresentadas pela criança persistem, o professor deverá ter um olhar diferenciado nesse conceito e compreender o porquê daquelas dificuldades continuarem, utilizando métodos, atividades diferenciadas para que assim sejam minimizadas. Dessa forma, quando o aluno começa a realizar uma leitura conforme as repetições e incentivo, ele apresentará um pouco mais de fluência, entonação e expansão vocabular. A partir do momento que a criança adquire diversos conteúdos de acordo com a sua idade escolar por meio da leitura e da decodificação das palavras, ampliará o conhecimento 26 baseado no que está aprendendo, lendo e interpretando. A leitura é o que faz acontecer e compreender no desenvolvimento das habilidades do aprendizado. Essas dificuldades estão inseridas onde muitas vezes o aluno não consegue decifrar o que escreve, mas para obter essa compreensão terá o tempo adequado de maturação para realizar essa leitura. O fato da criança ter contato ao seu redor com pessoas que incentivem a leitura, sua prática, o tempo certo para se dedicar aos estudos por meio da leitura dos conteúdos desenvolverá a forma como ela lê. A leitura através de histórias infantis, gibis, revistas, conteúdos atrativos que agradem a criança, trabalham e proporcionam a prática de bons leitores. A leitura oral, falada ou ouvida, processa-se foneticamente de maneira semelhante à percepção auditiva da fala. A leitura visual, falada ou silenciosa, além de pôr em funcionamento o mesmo mecanismo de percepção auditiva da fala para a decodificação do texto, precisa pôr em ação os mecanismos de decifração da escrita. Não existe leitura sem decifração da escrita. (CAGLIARI, 2003, p.158) Segundo Sampaio (2017), Muitas crianças passam por dificuldades quando estão aprendendo a ler, e um diagnóstico precipitado pode levar esta criança ao rótulo de portadora de dislexia. É preciso muito cuidado, tanto por parte da escola quanto do profissional, responsável pelo diagnóstico, a fim de se julgarem precipitadamente as dificuldades de aprendizagem de uma criança. Acredito que nesse contexto, avaliando a leitura de M., ela não apresenta dislexia, pois isso seria diagnosticado no início do processo da alfabetização. Ela reconhece todas as letras e acompanha a leitura mesmo com dificuldades. Talvez essa dificuldade que ela apresenta seja pelo fato dela ser ainda pouco desenvolvida no processo de maturação. Quando realiza um registro na sala ela não confunde as letras. O que é observado é que durante a escrita ela troca letras entre o meio das palavras, sendo maiúscula como, por exemplo: alHo, nesse caso houve uma troca da forma da letra. Quando é realizado um ditado, ela demora pra registrar, ocorrendo a troca de algumas letras, juntura e mesmo assim ela consegue realizar a leitura da frase ou trecho de um texto que escreveu. Conclui-se dessa forma que M. está em um nível de escrita alfabético, obtendo avanços gradativamente na fase escolar. Portanto, sua leitura apresentará fluência e ritmo adequado quando ela internalizar de forma mais clara e concreta esse processo. 29 desenvolvimento das atividades em sala. Na sala de aula parece se concentrar, registra as atividades de forma vagarosa e demonstra um pouco de interesse. É um pouco dispersa e distraída. A atenção é cobrada pelo fato de se enrolar para concluir as atividades. Adora atividades que envolvam a Arte, a Matemática e ler historinhas de livros. Na escrita realiza muitas trocas de letras, nas frases e pequenos textos, algumas são até difíceis de compreender, outras não. Durante os atendimentos psicopedagógicos, M. demonstrou ansiedade, curiosidade e tensão em saber o que iria fazer nas sessões. Mostrou-se ser uma criança mais devagar para realizar as atividades, demonstrando interesse quando viu alguns jogos sobre a mesa porque no final da sessão iria jogar. Ela relaciona-se muito bem com os colegas de classe, participa das brincadeiras até de forma mais rápida do que nas atividades que faz em sala. Ela se interage na hora do recreio com seus colegas de sala e de outras turmas. Quando iniciou a primeira partida do jogo queria iniciar sem prestar atenção nas regras, pois tinha muita curiosidade em participar e saber como era aquele jogo. Em alguns momentos do jogo ela perdeu a partida, isso relacionado à sua falta de concentração. Depois que perdeu duas partidas, observou-se que ela prestou mais atenção na próxima jogada. Na Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem, M. realizou o desenho, sem pedir opinião de cores e demonstrou um pouco de receio segurando firme e forte o lápis. Desenhou duas casas separadas, sendo uma do seu pai e outra da sua mãe, pois moram no mesmo lote, mas em casas separadas. No desenho projetivo, desenhou a professora e ela com a carteira distante do quadro, escreveu que gosta de fazer amizades com os amigos e quando a professora passa tarefa. Ilustrou uma festa de aniversário com o bolo no centro, seu pai e padrinhos de um lado, e ela, sua mãe e avó do outro lado. M. registrou ter medo do escuro, fica feliz quando brinca de boneca e quando está no parquinho com os amigos. Relatou ficar triste quando ninguém fala com ela na escola. Disse também que se sente bem em casa morando com a mãe. M. relatou que o que mais acha difícil fazer na escola são os textos, pois eu ‘’como’’ as palavras, demoro e não consigo acompanhar os meus colegas. Apresenta um pouco mais de habilidade na Matemática e mesmo assim tem dificuldades na realização das operações. Ela contou que adora efetuar operações e escrever a escrita dos números. Com relação aos materiais escolares, M. demonstrou ser cuidadosa e preocupada em não perder o que faz parte do seu estojo e demais materiais. Ela escuta o que o outro fala, mas 30 têm dificuldades na compreensão, quando é repetido mais de uma vez de forma lenta, ela compreende melhor. Na leitura do alfabeto, M. confundiu a pronúncia do V pelo U. Na área psicomotora observou-se dificuldades na identificação dos membros do corpo quando foi questionada. A lateralidade confundiu o lado esquerdo com o direito, até na identificação de movimentos cruzados, relacionados à lateralização. Quanto à noção de espaço temporal M. respondeu vagarosamente a seguinte pergunta: O que você fez depois de entrar aqui na sala? Ela demorou um pouco para responder e em seguida entendeu melhor e respondeu a questão. M. apresenta uma boa coordenação motora fina, abotoou, recortou, só não conseguiu fazer um laço de acordo com o que a professora fez em sua frente. Quanto aos tamanhos e formas realizou a identificação sem maiores dificuldades. Identificou as cores primárias de forma parcial e as formas geométricas soube responder, sendo ilustradas em uma folha sulfite. Realizou organização de frases através de uma leitura, sendo de forma lenta e com um pouco de dificuldade. Quando respondeu sobre as palavras iguais ou diferentes, M. respondeu que as palavras ser e ter, janela e panela são iguais, talvez pelo fato de não ter escutado direito ou confundido o fonema da letra, sendo repetida novamente. Confundiu o som do Q com C quando foi ditada a palavra carroça. No realismo nominal demonstrou dificuldades para diferenciar o que parecia com a palavra Bode, disse que era bola, pois tinha o mesmo som do início, a mesma letra. Realizou a leitura das orações, demorou e conseguiu compreender o que estava escrito. Na leitura das palavras sem imagens, confundiu a pronúncia de estrela por estlela e telhado por teclado. Quando elaborou uma história através de uma gravura recortada de um livro, conseguiu formular frases da história, porém foi um pouco difícil a compreensão do que havia escrito. Ela realiza trocas de letras, fonemas, letra minúscula e maiúscula. Leu com dificuldades de interpretação, mas a escrita estava um pouco confusa. Na leitura de uma história ela leu com pouca fluência, de forma silabada, pouca entonação e ampliação vocabular. No ditado de figuras ela escreveu as palavras, algumas ela achou difícil de escrever e conforme compreendeu ela registrou na atividade. No teste sobre a discriminação auditiva, M. respondeu os pares das palavras que ouvia, sendo aquelas com sons iguais e diferentes. Observou-se que realizando algumas trocas de letras, ela preserva uma boa audição e as principais dificuldades foram encontradas nas 31 palavras de letras P, B, Q, F, V e D. Apesar de M. apresentar dificuldades de aprendizado, ela ouviu e realizou as atividades da sessão conforme compreendia e assimilava. Na área da linguagem, M. apresenta dificuldades na leitura e na escrita, sendo observadas com atividades encaminhadas nessa sessão. Quando foi realizada a prova de consciência fonológica, na rima relatou que queijo e moça são parecidos, realizou a segmentação sem dificuldades, quando adicionou e tirou sílabas acertou a palavra Boneca, sendo adicionado o Bo, para retirar o Ba de bater disse que ficaria na. Na inversão de fonemas escreveu que ema seria mãe e amor seria romo. Apresentou dificuldades na pronúncia em algumas palavras que rimassem como também na escrita. Exemplo: O que rima com Topete? – topetinho. Ao escutar uma música, no começo cantamos juntas e depois ela conseguiu preencher um pequeno trecho da letra da música, trocou letras e fonemas de apenas uma palavra, exemplo: Quartel – Quateu. Na Matemática, M. demonstrou um pouco mais de facilidade para realizar operações simples, demorou um pouco para responder os exercícios, conseguiu ligar o número de acordo com a escrita, mas na escrita por extenso ocorreu trocas de letras e no ditado de números, confundiu dois números do ditado, quando a professora realizou essa atividade. 5.5 Conclusão diagnóstica A partir da avaliação realizada com M., percebe-se que suas dificuldades de aprendizagem estão relacionadas à escrita e a leitura, na compreensão e na interpretação da área da linguagem. Na área da Matemática tem destaque um pouco melhor, mas também apresenta dificuldades. Com relação aos atendimentos realizados, as dificuldades na leitura e trocas de letras na escrita permaneceram. M. apresenta um ritmo mais lento, um tempo diferente para aprender e precisa ser respeitada quanto a isso. M. necessita de um plano de trabalho e um atendimento específico envolvendo atividades de incentivo a leitura e a escrita, melhorando sua compreensão e entendimento do que foi ensinado. É essencial trabalhar por meio de métodos de ensino diferenciados nas disciplinas escolares, sendo assim ela terá uma melhor evolução no seu aprendizado. 34 6 DIAGNÓSTICO - CASO II AVALIAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA NO CONTEXTO ESCOLAR 6.1 Dados de Identificação Nome do Aluno (a): L. M. R. Data de nascimento: 25/10/2008 Idade: 10 anos Pai: O. R. W. Mãe: L. M. Responsáveis: Avô: L. B. R. Avó: M. T. R. Instituição: Escola Municipal P. N. C. S. Ano/Série: 5 º ano Turno: Tarde Repetência(s): 0 Professores: C. S. (Professora Regente) L. R. (Professor de Educação Física) J. M. (Professora de Espanhol) Data de início da avaliação: 17/08/2010 Data de término da avaliação: 18/10/2018 6.2 Motivo do encaminhamento Encaminhada pela escola para atendimento. A professora relata que a aluna não se concentra durante as aulas, faz as atividades com muita pressa, se intromete em vários momentos durante a aula, realiza trocas de letras, dificuldades de memorização na tabuada, além de ser muito apressada e ansiosa. A avó relatou que em alguns momentos L. não demonstra paciência e interesse para aprender. 6.3 História e contexto evolutivo Em entrevista com a avó, soube-se que L. nasceu de parto normal e de forma rápida. Logo que nasceu já foi para o quarto com a mãe. A menina pesou 3.800 kg e a altura a avó não soube responder, mas que necessitou de banho de luz por alguns dias no hospital. A avó conta que durante a gravidez a mãe de L. passou por algumas situações de conflito. L. começou a sustentar a cabeça com seis meses, sentou aos oito meses e assim que engatinhou logo começou a andar. No começo ela andou adequadamente, mas fez uso de bota ortopédica para dormir por um tempo. Começou o balbucio com oito meses, as primeiras palavras e frases a avó não soube relatar na entrevista. No estado de Santa Catarina, onde morava com seus pais L. começou a frequentar a creche e depois a escola. A avó de L. relatou 35 que ela já foi e voltou de Santa Catarina uma ou duas vezes e que sempre estudou nessa escola. A avó contou na entrevista que quando L. veio morar com os avós, ela não teve dificuldades de adaptação na escola, pois foi tranquilo seu retorno. Segundo a avó desde pequena ela necessitou fazer acompanhamento médico devido um problema de pele que ela desenvolveu quando pequena. Em casa L. ajuda a avó nos serviços como: lavar a louça, lavar suas meias, entre outros. L. tem facilidade de socialização, gosta de brincar com os colegas e até mesmo com as crianças de idade menor, principalmente na hora do recreio, onde passa por momentos de diversão e brincadeiras. Ela não gosta de fazer uso de uniforme e quando necessita pede ajuda de um adulto para se vestir. Em alguns momentos facilmente briga com seus colegas. Segundo relatos de sua professora ela tem dificuldades de cumprir regras, na organização das suas ideias, na concentração e em alguns momentos frustra-se na realização de algumas atividades. A avó de L. relatou que o relacionamento entre a mãe e o irmão que moram longe sempre foi bom. Ela não soube informar quem na família apresentou dificuldades escolares, mas que sempre cobra de sua neta para que estude e se interesse mais, pois presta atenção nos outros e se distrai facilmente. L. é extrovertida e prefere brincar acompanhada de seus amigos. Adora brincar de boneca e de bicicleta. Ela frequenta reforço desde o ano anterior, informática, aula de viola, ou seja, ela participa de alguns projetos que a escola oferece. A avó fala que a escola é um local para aprender, evoluir e que a professora trabalha para ensinar a criança. Ela contou que no final desse ano L. voltará a morar com sua mãe em Santa Catarina. Segundo seu histórico escolar ela iniciou seus estudos frequentando a creche e escola em Santa Catarina. No ano de 2017 ela foi transferida para o outro estado no dia 17 de abril e sua matrícula retornou para essa escola no dia 23 de agosto de 2017. L. mora com os avós e sempre frequentou a mesma escola. Analisando seu histórico escolar, foi realizado um relatório do ano de 2016 de acompanhamento Pedagógico por uma professora da escola, na qual Rafaela frequentava o segundo ano. Foi relatado que: ela demonstra inquietude, esta sempre querendo o contato com outras crianças e fica ‘’emburrada’’ quando não é escolhida para falar ou fazer as atividades. 36 Na Língua Portuguesa sua oralidade tem sequência lógica de ideias, pronuncia alguns fonemas trocados, isso na fala e na escrita. P/B, C/G, D/T, às vezes o L/R. A leitura é pausada, apresentou avanços no decorrer do ano, escrita expansiva e criativa com repetições de ideias e frases. Trocas fonéticas da fala são marcantes nos grafemas. Escreve com junturas e segmentações. O traçado da letra em caixa alta é irregular, em alguns momentos não respeitando a linha. Na matemática compreensão parcial dos conteúdos e faz relação número e quantidade. Dificuldades na interpretação de problemas, pois tem dificuldades na leitura. 6.4 Síntese das áreas avaliadas Durante a observação em sala de aula, L. seguiu orientações com muita rapidez e pressa querendo ser a primeira concluir as atividades, necessitando de intervenções da professora para que parasse de fazer perguntas e interrompê-la no momento da explicação. Notou-se pouca concentração, atenção, distração e dispersão para a realização do conteúdo exposto. Em alguns momentos percebeu intromissão durante o relato de alguns colegas. Ela senta na primeira carteira, expõe sua opinião, levanta os braços com rapidez, tem o hábito de roer unhas devido a sua ansiedade de se expor, não apresenta pausa em sua fala, falando rapidamente com muita pressa e euforia. Termina as atividades solicitadas pela professora de forma apressada. Quando a professora pede para realizar a leitura, essa é rápida, respeitando parcialmente a pontuação e os parágrafos. Durante as atividades ela conversa com os colegas e às vezes empresta alguns materiais. Apresenta um relacionamento bom com eles, apesar das intromissões. Com relação aos aspectos gerais do material escolar, demonstrou habilidade para se organizar, ela ocupa todo o espaço da mesa, levando em consideração que sua postura em sala não estava adequada. Em seus cadernos o traçado apresenta troca e omissão de letras, segue a margem do caderno e as atividades de pintura são muito criativas, passando de forma mínima o limite do espaço que realiza a atividade. Quando os atendimentos começaram L. demonstrava muita ansiedade e curiosidade para realizar as atividades da sessão. Ela se mexia um pouco na cadeira, balançava os pés e numa sessão ela até cantou alguns trechos de algumas músicas. Iniciou realizando as atividades da EOCA - Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem, escolhendo o jogo de dominó. Em seguida, jogamos o pega varetas, esse ela não esperou ouvir todas as regras e preferiu iniciar, obedecendo-as de forma parcial. Quando 39  Reforçar que ela é capaz do seu desempenho escolar e que precisa se dedicar um pouco mais.  Trabalhar a adequação correta das relações grafemas e fonemas para construção dos textos;  Estimular a pronúncia correta das palavras para que assim L. melhore sua escrita;  Realizar diariamente práticas de leitura, melhorando a fluência, entonação e expansão vocabular;  Estimular a prática de jogos como: soletrando, charada, palavras cruzadas, passatempos, caça-palavras, quebra-cabeça;  Realizar pesquisas em dicionários, vocabulários para escrita correta;  Trabalhar a leitura de poemas, poesias, histórias por meio de livros ilustrativos, promovendo uma melhor oralidade;  Promover rodas de conversas, com histórias, músicas, desenvolvendo para ela uma melhor articulação das suas ideias;  Praticar nas aulas de Educação Física, dentre outras exercícios de relaxamento, melhorando a concentração e atenção;  Aplicar atividades que estimulem raciocínio lógico, memória, concentração e atenção;  Oportunizar mais espaços na escola e em casa para o desenvolvimento da sua criatividade, proporcionando a elaboração de projetos e atividades. 6.7 Encaminhamentos  Encaminha-se para avaliação psicológica, com foco nas questões emocionais, no trabalho da ansiedade para que assim adquira o conhecimento e seja mais bem aproveitada no seu aprendizado;  Orientação Familiar;  Continuidade da participação do Projeto ‘’Viola Caipira’’, dentre outros projetos que possa participar, envolvidos na música, na arte e outros para canalizar essa energia.  Participar de concursos de desenho, entre outros que trabalhem essa criatividade que é destaque, promovendo um melhor desenvolvimento das suas habilidades. 40 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A psicopedagogia proporciona através de estudos a melhora da compreensão no processo ensino aprendizagem das crianças e dos adultos. O profissional psicopedagogo trabalha por meio de diferentes métodos a superação dessas dificuldades de aprendizagem, intervindo junto com a criança ou adulto o que ele não conseguiu aprender depois de várias tentativas. Ele também contribui para prevenção dos possíveis problemas dentro do processo de escolarização. O sujeito é capaz de aprender e de colocar em prática o que conseguiu assimilar, levando em consideração que cada um tem o tempo certo para assimilar o que foi ensinado. Portanto, o estágio realizado com o atendimento de duas crianças, permitiu um aprendizado mais aprofundado sobre essa área que é de extrema importância no âmbito institucional. A necessidade de compreender o motivo daquele adulto ou aquela criança não aprender cabe a esse futuro profissional da área investigar como ocorre o processo da construção desse conhecimento e também solucionar essas dificuldades de aprendizagens manifestadas. 41 REFERÊNCIAS BOSSA, A. N. A Psicopedagogia no Brasil; contribuições a partir da prática. 2. ed. Porto Alegre. Artmed, 2000. CAGLIARI, C. L. Alfabetização & Linguística. 10 ª ed. São Paulo: Scipione, 2003. CAGLIARI, C. L. Alfabetizando sem o Bá-bé-bi-bó-bu. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2006. KRAMER, S. A alfabetização Leitura e escrita: Formação de professores em curso. São Paulo: ática, 2008. RUBINSTEIN. E. Psicopedagogia, psicopedagogo e a construção de sua identidade. Revista de Psicopedagogia. São Paulo, n.105. vol. 34 no.105, 2017. SAMPAIO, S. Dificuldades de Aprendizagem: A psicopedagogia na relação sujeito, família e escola. 4ª ed. Copacabana: Rio de Janeiro: Wak, 2017. SANTOS, M. E.; SHIRAHIGE, E. E.; Psicopedagogia na Escola: Buscando condições para a aprendizagem significativa. 3. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002. SEBER, G. M. A escrita infantil: o caminho da construção. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2009. SIMÕES, D. Considerações sobre a fala e a escrita. 1ª ed. São Paulo: Parábola, 2006. VISCA, J. Psicopedagogia: novas contribuições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991. ANEXOS CASO IT PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU O LATO SEN Programa de PÓS-GRADUA — sopese og ooo) an cus 3 mm rum OCO des) raspar mpmgpna 7 ol essd eps dg em e aa a can 0 pio st cre PR EPE SE Po Emp vegpadeg ind o ppa po vara 1 SOUNDS VA + ssa o orpebama «ef srõo per = mega Dio, copo o amp vrsubop or camera pomar reles * eta (oraibogosçeé espesso sq] Ioape nes rp meu w auf ag yt ovávas capo raça — or espperogom tesmtraprent operar entrar preso = a + Tira O TÉNIS] GORETTI RI RT SNCT 454 “OLNTINVHNTNVONI OM OALLOR NO VXIANO Ci OXAS | aaval MVITIINVA OYSISOAINOO (11 —— q - nfappu TN - - Ea CON TS ape » PERO CONÍNOULINdOL di — EEE ro SIvVE SO NOD VISIATLINT TO SENSU Programa de Pós pa E((( Programa de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU o 3 5& sD6 iês o sa e Ê FAG DEI E a O ve vo e Lia à Iva fo atende ope topico coma os rôny e rc o, copraçr combo ope map Torno oc eembrs ro opremrabuas mod orem vo, cómuay e “Ppoma ode combo !geçudo 0 compunha: mp ido toçoor wprssenpe RT grope en NALVA3O VLSDO ON JOGA ND VINDO VAO VAMOS NO MINIS de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU Programa FAG DF ematral tre "army “oprmpo “Pprço há pomp tmuu. nm ' SO mr q Pp opaah ogro mp ou cela mp somam, E» pn MOO so nt apspepeed a CNPQ OU pegam o pro puta sapato a efe p oca og rag (9) , pra agr opa o mote =) ri a apepinsadõosongguoo 1 ogbednueg e eat vais sosajo jmpnfe mpgos o colia TER eANaje Uupiappenuouoine seuapuadap iopdrima apodir car mus mma poa eomod resnepon] + senlispoo so too vpSesamu - po = aoesagand oe opera tuo eau vp ogSesod a opdemip o =jonvos pepnfe mmmgos e ac erp ue opSmadiadns ruas pyeturonoumm mruapuadop 1 do god recai “prumo MAU umas 'npervaniabuss PERA UPS poço ES “Irma ostendes o = E modod e mera mi aba SE ogsegpuntio e agr "Oncmnépeno esped 7 F pousa uia muuuito SRS OU OEA seu) sOssa jon op opSezam ap odiy e (dorsaged oro) opdmaa vp esporos e , ja E Re ca open nona soprpnoNip e odiar eo asas rec Fa a (ren “op on) eertt Cespinpaso 5 mpabra operadora : Sopeptan sep ompdezipesy — 20 prepare eat Costela» Esso puts —euntigo at SEG a alia an nan into s EMC Programa de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 4. Aritmética: Escreva corretamente os números? (XX) sim ( Jnão Apresenta inversão em espelho ou em posição? (o )sim (XC ) não Dificuldade nas quatro operações? (sim (o Jnão Quais? multiplicação a duo - mutação Diferencia os sinais das operações aritméticas? (59 sim ( )não Realiza operações de forma estruturada? (* jsim E) Os traços nos desenhos são adequados? (sim ( Jnão Os recortes são adequados? (XX sim ( Jnão A colagem c a pintura são adequadas? ( X sim ( Jnão No geral apresenta bom nível de criatividade? De )sim ( Jnão Professor: Preocupa-se em valorizar acertos do aluno, incentivando-o na continuidade do trabalho, promovendo sua auto-estima com elogios, intervenção positiva, etc: (x) sim € Jnão A metodologia utilizada está sendo entendida pelo aluno? CX sim ( Jnão Me ) grama de Prot PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FAG PSA DS) meempo «(09% erro (5) 42304 9p same piso onb o (> ER90A ap oxrequ pisa anb o (q “8208 ap euupom piso anb o (r :oSedsa ou opdisog (p (09 “a ope o vued 3 rusad e avo0joo (y (29) -q ope o exed q wusad e seojoo (> (0) — “aogo ou opus smoojos (p (9) aero vu q og e sesojos (> (09) a exquio ou q ogur e sesojoo (q fo) ca owjo ou q] om v umoojos (8 “SOpRznão sojuaunA ou ap opsnaoxg (19) ussandap zmpum vdueno e esod pod e (5) cmBuaap mpus eSueuo e sied apad e :apeproopas ap ogõoN porra ma pm uni rp abono ay sapo te (ode (SG) (Gm (Gm! e (5) som sup 7 uos ejoq E sessawane o mãog e eu EsOONU OpStuapsoo (p (5) “a pd nos qonb (y (09 cao nas pend(p (02) a esquio nos jenh (3 (0% aequo nos jenb (à (07 ra rasad ens penb (y (09) “g oujo nos jenb (q (0% ca ogurens junb (o (69) ra ogurens pen (s (onno ou 2 15 ui) :opepyesagem (g osnd(S ) osoasad (G') equo(S) syumo(G) — ogpof(S) ojos ( G) ejasueigos (5 ) soma (09) esnu (9) msn(G ) opqu(G) “suja paro sou souquam (09) osuon (5) mioqua (G) spudiouad sauea :jesodãos ruanbeg (7 DF (5) opides 2 ojuaj our to semjed uq e (5) copider out wo sidy O mos Jog nóteuo e nred spod o (CD)ouay oq ounu uso sidyj O woS Jateq vSumio E usmd sipod e (5) oo o (5) mo (5) comu o apedape etotgurmod (> (0% sOpewoa] soujo ap 9s ad una ad ma seo o (5) (umuiae) sonaqr soujo ap 9s pd nu qd wa ma] e (5) SINE ONO “astiauy eu qd wm Úsoo “xd quo soy (5) [PAI 2 SOpEtõaY sOujO so u10o 9d mo sony e eotpisa [egojã ogseuaps00 (q (5) opeqoeie sujos o (S) (somou €) atzaay exe 9s pd tun mos sees e (5) (somou €) aa used sojunl sad stop so mos mos e (5) deny ouisaw ou sojunf sad stop so mos Jeges o (5) od amo od sepue o (5) BANS EQUI/ UM Jupur o (9 ja cqui quo sepue e “PONUPUNCI [9GOLE) OpSeUap1000 (1 (Java TNT NODAD (OYNIN (WISIS mronomonsa mouy (t VOIDQIVAIAOIISA OVÍVTIVAY VA OLNANVHNVAINODY AA VEDIA de LATO SENSU PÓS-GRADUAÇÃO Programa “of eu Tap ar as Outaup — 1 — mjansos — ud oq pap o Corp epoç , 3 opum—nsum ejooso 7 A pniparça É dy uqucp joy — cum — | Desa sou emmngr 2 nv marpr MEP emo sengnnopjpetatuon (q POpaS-Oapupaus oder puro — TIM] ased (: s / (09) murunsostp ogn (9) rumposa (o cobre Oupauy 9 Tora. 9 eapmbio-s sao VA O 0-4 Srsneal. que nom) o aaa) apart. no o amp-t rynlod sou mp a RinOsa] - | ef sesARed ap opituag - 9 TI eua (q erra oe "q DEP. gene ago as opuenb) - g STO. songueg vumos as opuem - + NA is2301 tamoojoa as apag - £ Lo =ocrul. qsopazoço ried amas anb O - 7 PA umppo- oxmq COMP qonuima sejas nimd Asas anb O) - | sogSumms a sojalgo ap opseaguaapy (e “opSengtaono) (6 Dc RR + - “EUR vp Sep so 0gs ten) (4 “so pel) , “Sp op aued onb ma ejoaso vu TRA 9004 (8 (9 meçmel a) 4BIHOU nO apar ep “ques vp “ouod anb ua soumsg (y (8) a em relg) úodoupe op stodap zey qa0x anb () ( q a O (5) ! ai O) “OdomIE Op Sejm 2ey 3304 anb () (p NA (5) a ' (om. “PES vu jnbe senta ap sjodap 29 3004 anb Q (> 46863) tsemy esaaad go0a onb o *epençoy ensod ap mes exam sea exg (q (eimssadso à oumues “euxoy 105) somquie à seuno4 (g E sto gaba A ap ss70opasea úma gooa amb O (1 Eb spesoduia ogSoN (s osuesg ; (9) orasg apud co (9) ste vu inbe “9004 3p afluoy pisa anb o (t “me rara “nobum (9 ortma “oem (6) fes eu mb “2004 ap ad yisa on o (4 catando. soy . S) “selgo je essa go0a ope anb ap (3 he's pro (o) mouro (5) ars vp oxtege no emos piso X oraígo o (1 (J xy ven o (6) uopey nas os gisa anb o (> (5) apanA :sejumpunog os Programa de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EN 2. Leitura De Orações: 2.1, Apresenta-se para a criança 03 (três) fichas com imagem e texto e pergunta-se: - Há algo para ler? Jum - Onde? Turn - O que está escrito? 23. Classificação I. Desenho e escrita estão indiferenciados. (escrita e desenho constituem uma unidade indissociável) Il. Diferenciação entre escrita e desenho. A escrita representa uma oração associada à imagem ) ML Início de consideração de algumas propriedades gráficas do texto. IV. Busca de uma correspondência termo a termo, entre fragmentos — gráficos e segmentações O RATO CHegou Proximo A RATOEIMA E FOI PEGO, O PoLvo TEM Oro TENTACULOS. O Coco apora ComER cEnoURA. DAS Programa de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU E(( PROVA DO REALISMO NOMINAL 1) Diga uma palavra grande: G Por quê esta palavra é grande? 2) Diga uma palavra pequena: Por quê esta palavra é pequena ? 3) Qual é a palavra maior: a palavra aranha ou a palavra boi? «ec Por quê? 4) Qual é a palavra maior: TREM ou TELEFONE? Írtuma, Porquê? .y uma Lecom uia 5) Diga uma palavra parecida com bota: alas Por quê esta palavra é parecida com a palavra bola? fra & ima b, 6) Diga uma palavra parecida com cadeira? Colunas Por quê esta palavra é parecida com a palavra cadeira? qançuas. Juma B Iyamo P TJAs palavras baleia e bala são parecidas? a Sê Por quê? pnqui nas Sim e tab Dem 8) Diante de três cartelas escritas BODE, BOLA, ou CABRA c examinador chama a atenção para à semelhança visual entre as duas primeiras palavras e faz a pergunta: - Esta palavra parecida com (ODE é BOLA ou CABRA? fsstidia. porquêlim ed - 9) Diante do par de palavras PÉ e DEDO, o examinador pergunta: - Nestes cartões estão escritas duas palavras, PÉ e DEDO. Onde você acha que está escrito PÉ, e onde está escrito DEDO? da veprto bu o mna. 304 Programa de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DEI AT SaQÓvAgaçãO bi) optar ( ) operadsogy (O magro Orr oavImsa IVÔNI Emp enauaosaapoo à ya mad ras ap “xd x ai VÔO Ed ay gv ted se ooo ag (1 TO Pv der ioy vjonhe etAno Ejo cluENbUS FUI dp soyjo sop. iEsaoar- te Sob Ciro usam a O RCE or Re IO Sao EO PIO TENS cora ref cepesod comun apspamsop sa so (0 “ssa no ol po bl ma “EJOSSajoud é Ext ojog zy ng (90 EN O VOPMOT cBMIM, CBN, “etofataa ap sepum soma son (so *npmeo vecpato STJ cornos ap weisoR soja (po SEÇÃO TO-—a ra, “uiaquo nies eia (£O noso UA. motoço podea(zo emo — tomo(io SVÔNILNAS dQ OVÔLIIATE VAVIGANE VALHIGY VRIQIN LATO SENSU Programa de PÓS-GRADUAÇÃO ra = pos E “ap say so mundo a “oppaodos came ee om “ap dá opus og 5 NJ 2 NM Ri a sds Soo SEO sv aopseçdo ofad pes rusmqoal mam mundos asp emu e PTI OVIVINTRASS ap seejos sm srsados Sa] “Uau adas auto upe> pure; “urduaap usog manejed 1 opugadas “ques 0 42% sMuiy qra Wim 9 qo0A EaOBE 2 ciNa|od viam Jazzp nO omónasu] somuvoduoo SNIS SEMP Seu sopeordo ojad mpo(e| uejod un sesedos d42p eSouio NVSRTÇ TIS ON IVINTINASS + e A 06 GUaEant ONG Maruuiaa pomba “UCS OUSDIU O NOS (AVNHZOS DMD SUNP Se Op srunto ic] ajuaza pap AOS UM (DOS RáauoS pum 3 "as (obesas O LLC WIEÍDINOS SEMP 'SEIASJUÍ 590) JIZIP GA S2QSCUSU] AOS Orsa mo maos onb srnopmd semp su ops stmmb “suastqud saiy acisp “38TIB[ 3439 equi CITVIVEALTIVA midi PPT PERTO = mo mr jomady et rig “mt any avatares “st “opoua ousa O LOS WUBUNAIDL SEMP “SLLNE|SU squ-sa24p mm OUisa O tos tasas seio sexavquil semp se 088 Srenb "SELATTRI Sa aimiap “aBnf a43p “VRINT sp Ogum ap mpnsas mepod amb sus “opapey visa pas O onb O JmquiNIpe S49p 9904 3 opunitas 10d eqeijs Sp te hos) aatotamão( SRZAR(OS SUP [vino suo so Jum; nos na BIOdE Se “90! 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O avaliador registra a seguir as observações: den usa iii ey dude, Saundis vãs Pere Qsvepo Sobe Onda) Oni cê Juss amena Ao: h O NINY ta xs A PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU E(( DAS Programa de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU Nome ano: DATA me ANIVERSÁRIO % DESENHE OU CSCREVA SOBRE UMA FESTA DE Programa de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU E((( ATIVIDADE Di PROJETIVA . NOME ANO cara A DESENHE OU ESCREVE SOBRE UMA PESSOA FAZENDO ALGO QUE MAIS GOSTE DE FAZER dad ia (> Age | Qu qdo dá a pregiom Cubo Pomam da tardha: Programa de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU & É 4% Ilus amigo! 2. B Sa em s sã É == (e | sa agpudoes el meio mag) X usesumo t + —— tese eee pondo “8 [cep co pone vonbgo uy | duo aatagoal rp mundo a pondo — me id ope pd | ! E Ê FR Il, E | o i | E DF E((( O PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU secundárias e terciárias. Conta uma história na sequencia, organizando as ideias. x | Atividades com auxilio * [6 vese micisiEA, li So: ok] Realiza várias perguntas a Professora X a Compreende os conteúdos das disciplinas € - Coordenação Motora Fina (8) [0N) | (CD) Faz dobraduras com padrões simples e mais elaborados. Corta com tesoura sobre uma linha, e.v.a., desenhos muis complexos.... ra “Ve divas soca maio eloatados pranto. pecado! Apresenta limite de espaço na realização das atividades. Professor (a) (eta) PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU E ENTREVISTA COM O PROFESSOR Nome Dara de Nascimento: Filiação: Professor (a): Assinale os estilos de trabalho característicos da cria; e a sua observação, a fazendo S para (sim). N para ( eva uma frase j e CD (com dificuldade). Sc possível e descrev geral qu m como a criança reage frente as questões (emocionais, sociais, motoras e cognitivas) "Observações: (8) T(N) | (CD) | Comentários Facilmente se & Persistento Frustra-se ao re [mpulsi | Refi ar lentamente Tem pressa na realização das atividades dora Responde a estímulos visuais estímulos sinestésicos E((( Programa de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PEDAGÓGICA DE MATEMÁTICA EE E 1) Ditado dos números: 2) Escreva porextenso: |, se ntoivanto f dQis se jrigAios V qua tra 1239-221 /UÃO TD nsamaã trios 12 4- Ligue a escrita do numeral de acordo com o número: Setenta e dois asa Cinco Quarenta e seis [e e Treze 5) Resolva os problemas: A) Roberto tem 32 selos em sua coleção. Lucas tem 21 seios. Quantos selos os dois tem juntos? ai + MG DE al tn w Resposta GA div À 42m auto er - b) Joana tem 62 figunnhas para colar em seu álbum. Ela conseguiu colar 35, Quantas faltam para colar? DU EN N ER NÃ AM SE NIDA e er RP oa X Resposta, LAU oris VA fLounios À 6) Complete com os vizinhos: Aya But de so ze Eu 2 | 32 jo | [bz %2] [6] gg PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 8 Junte os pedacinhos numerados e descubra. as palavrinhas . OMGA 3-1 Lonçõe 5-4 ONÇÃ La 11-3-14 Vota çoS 10-8 La 6-4 Lnaço 92-34 7-9-4 CORA E AO uu) AAÇ A 3-4 TAÇA moção E Programa de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 1. FAROFA O VvioLão A É CG | -AmEMvamA ca mn ump BOY > - quuamho CMESOU ASavERA LAMELA = 4 Esta Var VABERTA LATO SENSU Programa de PÓS-GRADUAÇÃO POS FAG 3 El(( Programa de PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU (D Dirado DE FRASES Lay maia Fo: A6 A nf ea A? IX lo emrorde ptireaptte falou soa Ad AGO Yrie O pigul: cuilo Labs K ç hs ir XI A ds AXAnANS Nd | ; porto do resta priara lde plizoa 9 x É sumies ana NLÃA q nt 3 [4 ComPLETE 15 PALAVRAS RARA LENBE bebo PANEL A DomNaA. LOLACHA Baga Bens LETINA E PÓS-GRADUAÇÃO ANEXOS CASO IH LATO SENSU 7 — > mp to gi co spot 1 = sn sr —epnto-—svo = Lies ap tea seu info uam) "5 ova suga se oe md du Mo PÓS-GRADUAÇÃO Programa de ORNE utsassagass vp usar) xr — umpoiso apso é E > SPENIPa— ert—=em pop poa Boyer puma —*escembeigs 7 imossa vp jntysapad emont) 7 S FAG [ em [ = E — ———— “apoyo go O E Dornes np ETC ENO ape age caper rovhy Orsa psrkuas Star Sir —e=— - GOES WA 9 nero o punnd eso vp onstudipe 8 16) ÓMIG *1 aavariyiossa + 8] ab O isto vas opera aod josipcuodear o edu V "p4 “sagóvino ASI SVO + VP rever — ua gas “ea aa ar) br qu ua a per mula duras ee O 1 — — EE = k DO SET ismaová no oras name oo vpasmlimos q 74 ENCHE SOTO SR 7 atenda oq em mamy eo : O — jm ppa 6 ond sm bç -1 VM pa rf voos — created imune pad uy vi gs” quand) Ra JESUS E quo wessaauOS 9] PaçÕeS —Eemt mer 3 ops eu modos as ora TD E Ásia v uso euopvuças as omuo;) re vre-corrp ms rear ' Ra . ramo e pesado pe pop dora e pgs pen a SENTE qsoqumn so ur] R J a — === er jugo 9 od O ao ))3 IPEP SE VPL EFO 7 úmtan msmo e ou seno» pah 2 vi SAT dedo e a oque apr “ams o pone rar ga! emo meg “7 a 3; 4 sa ex s so En 8 & (E Dir DP Ppmap Tp rsemnzo abompol po rr comome mom co pera ares vm amd a elo ego Povoa, rres as copo rede maça “mero o spo gererreniy Compro cedo po curas conhe om emmppentrp mona memp voo apar coa me cia mago piorando “nado “apatia “esco vp tes pesado 2 oops cs seoupusgsato, a 3 pocos oco “pas 0530 ap onto O soprano remiso am puandy em apasano eusmesnde) esmpasstma = rO"A iotmamensaes m—— ca PÓS Programa de FAG - GRADUAÇÃO LATO SENSU 3 VIAV AO VTVS VN (VI ONITV OM OVÍVANISÃO 40 VOU PÓS Programa de “GRADUAÇÃO LATO SENSU 3 smumunoco esuoemumus > esunadis ap Rem esç) + ga ep pa O 5 ma ep o tv 1690 pra; é Rep oq + SSpeprADe se suma copos os semp sos meg o indo opus io e fm no mpeg o DAS Programa de - GRADUAÇÃO LATO SENSU «gmprço «o sobem mort mmmgoro + VA; mp + % Fempopompo vm mpermp emu mu OP + — cs mensamem g burro ms p 3 tera os Serro Uoep - fre ” Emiputp voq ruim oprmipaanap ouiso stenh so 9 ojssumIajontasap op sospisod sesade) ogdnuasgo ap juqoçã orsemeay — 90 pn too sousa 234 2p opepisede) e K eme oa OU VprEHADO OU APP FRANDO IAN as STONE nar é cento omega sum opeasago o too operam so 3