Baixe apostilas sobre elétrica e circuitos e outras Exercícios em PDF para Eletricidade Básica, somente na Docsity! 1 Projeto VISIR+ - TA 3 Noções básicas de circuitos elétricos: Lei de Ohm e Leis de Kirchhoff Material − 2 Resistores de 3.3kΩ; − 2 Resistores de 10kΩ; − Fonte de alimentação; − Multímetro digital; − Amperímetro; Introdução Existem duas quantidades que normalmente queremos acompanhar em circuitos elétricos e eletrônicos: voltagem e corrente. Essas grandezas podem ser constantes ou variáveis no tempo. Vejamos a seguir algumas definições. Corrente elétrica Usualmente identificada pelo símbolo i, a corrente é o fluxo de carga elétrica que passa por um determinado ponto. A unidade de medida de corrente é o ampère (1A = 1 coulomb/segundo). Em circuitos eletrônicos, em geral, o ampère é uma unidade muito grande. Por isso, as correntes são geralmente expressas em miliampères (1 mA = 103 A) ou microampères (1μA = 106 A). Por convenção, os portadores de corrente elétrica são cargas positivas que fluem de potenciais mais altos para os mais baixos (embora o fluxo de elétrons real seja no sentido contrário). Resistência Para que haja fluxo de cargas elétricas são necessários dois ingredientes básicos: uma diferença de potencial e um meio por onde as cargas elétricas possam circular. Para uma dada voltagem, o fluxo de cargas dependerá da resistência do meio por onde essas cargas deverão passar. Quanto maior a resistência, menor o fluxo de cargas para uma 2 Projeto VISIR+ - TA 3 dada diferença de potencial. Os materiais são classificados, em relação à passagem de corrente elétrica, em três categorias básicas: os isolantes, que são aqueles que oferecem alta resistência à passagem de cargas elétricas; os condutores, que não oferecem quase nenhuma resistência à passagem de corrente elétrica; e os semicondutores que se situam entre os dois extremos mencionados anteriormente. Usamos a letra R para indicar a resistência de um material, e a unidade de medida desta grandeza é o ohm ( Ω ). O símbolo para indicar uma resistência em um circuito elétrico é mostrado na figura 1.1. Figura 1.1: Representação esquemática de um resistor colocado entre os pontos A e B de um dado circuito. A resistência de um material condutor é definida pela razão entre a voltagem V aplicada aos seus terminais e a corrente i passando por ele: 𝑹 = 𝑽 𝒊 A equação 1.1 é uma das representações da Lei de Ohm. Através dela vemos que no SI a unidade de resistência é definida por 1 Ω = 1 V/A. Na montagem de circuitos elétricos e eletrônicos dois tipos de associações de elementos são muito comuns: associações em serie e em paralelo. Associação de resistores em série Elementos de um circuito elétrico (como por exemplo resistores) são ditos ligados em série se conduzem a mesma corrente. Na figura 1.2 mostramos uma associação em série dos resistores R1 e R2. Num Equação 1.1 5 Projeto VISIR+ - TA 3 Fonte de alimentação DC A fonte de alimentação DC (corrente direta do termo original em inglês) na bancada é um equipamento utilizado para transformar a corrente alternada que existe na rede normal de distribuição em corrente contínua. As fontes utilizadas nesta prática serão fontes de voltagem variável, ou seja, a voltagem nos terminais pode ser variada entre 0 V e algumas dezenas de volts. A voltagem desejada pode ser ajustada no painel frontal da fonte, e pode ser usada nos circuitos apenas conectando os cabos nos conectores de saída da fonte, identificados como saída positiva (potencial mais alto) e negativa (potencial mais baixo). Representamos uma fonte de tensão contínua pelo símbolo mostrado na Figura 1.4, onde a seta inclinada indica que a tensão por ela produzida é variável. Figura 1.4: Representação de uma fonte DC cuja tensão pode ser ajustada. Num circuito elétrico a fonte DC é um elemento polarizado, isto significa que a corrente sai de seu terminal positivo (B) e entra em seu terminal negativo (A). Se a polaridade não for respeitada, alguns componentes do circuito podem ser danificados. Figura 1.5: Fonte DC do VISIR Protoboard Fonte 6 Projeto VISIR+ - TA 3 Amperímetro Ele é polarizado e deve ser inserido em série no ponto do circuito onde se deseja medir a corrente. O símbolo mostrado na Figura 1.6 é utilizado frequentemente para indicar um medidor de corrente. Figura 1.6: Representação esquemática de um medidor de corrente, ou amperímetro. Figura 1.7: Representação esquemática de um medidor de corrente, ou amperímetro. Figura 1.8: Como medir corrente no VISIR Protoboard Valor Lido 7 Projeto VISIR+ - TA 3 Voltímetro O voltímetro, como o nome diz, é um instrumento que mede voltagens ou diferenças de potencial. O voltímetro deve ser ligado em paralelo com o elemento de circuito cuja tensão estamos medindo. O símbolo apresentado na Figura 1.9 é frequentemente utilizado para representar um voltímetro em circuitos elétricos. Figura 1.9: Representação usual de voltímetros em circuitos elétricos. Figura 1.10: Representação esquemática de um medidor de voltagem, ou voltímetro. Figura 1.11: Como medir voltagem no VISIR Protoboard Valor Lido Protoboard Um dos equipamentos que iremos utilizar durante todo a disciplina será o protoboard. É nele que ligamos os componentes eletrônicos e os instrumentos de medição. O protoboard contém alguns pontos que são interligados entre si e outros pontos 10 Projeto VISIR+ - TA 3 Montagem do circuito Tensão 6V Voltagem lida = 5.999V 3. Iremos variar a voltagem fornecida pela fonte, medir a voltagem com o voltímetro e medir a corrente passando pelo circuito com o amperímetro. Ajuste a voltagem da fonte para 6 V. Meça os valores de i e VAB e anote-os na Tabela 1. Observe que VAB é a voltagem aplicada pela fonte. 4. Escolha valores de voltagem entre 3 e 10 V. Conecte o amperímetro ao circuito de modo a medir a corrente que passa por R1 no ponto B. O resistor não possui polaridade e poderá ser usado sem preocupação quanto ao sentido da corrente que o atravessa. Complete a Tabela 1 com outros cinco pares de pontos (i, VAB). 11 Projeto VISIR+ - TA 3 Montagem do circuito Tensão 6V Corrente lida = 600,3μA Montagem do circuito 12 Projeto VISIR+ - TA 3 Tensão 9V Corrente lida = 899,4μA Tabela 1: Dados do Procedimento 1 N Tensão da Fonte Corrente i Valor Calculado Valor Real 1 6V 600 μA 600,3 μA 2 9v 900 μA 899,4 μA Atividade de Fixação Implemente no VISIR o circuito apresentado na Figura 1.14. Depois ajuste a fonte para 5V e faça as medições de resistência, voltagem e corrente indicadas abaixo: − RT: − VR1 e VR2: − VR3 e VR4: − iA: − iR1: − iR3: Figura 1.14: Circuito a ser montado para o Procedimento 15 Projeto VISIR+ - TA 3 Tabela 2: Dados do Procedimento 2 Pontos do Circuito Corrente i (μA) Valor Calculado Valor Real A 757,57 765,8 4. Meça as tensões em R1 e R2 no circuito e complete a Tabela 32. Circuito Tensão 5V Tensão R1 Circuito Tensão 5V Tensão R2 Tabela 3: Dados do Procedimento 2 Pontos do Circuito Voltagem [V] Valor Calculado Valor Real AB 2,5 2,504 BC 2,5 2,493 16 Projeto VISIR+ - TA 3 Procedimento 3: Lei das correntes de Kirchhoff e associação em paralelo Iremos verificar experimentalmente a lei das correntes de Kirchhoff fazendo medidas de voltagem e corrente numa montagem de resistores em paralelo. Figura 3.1: Circuito a ser montado para o procedimento Monte o circuito da figura 3.1 e efetue os procedimentos abaixo: 1. Meça o valor da resistência total (RT) do circuito usando o multímetro. Circuito Leitura do Multímetro Valor Nominal: RT = (R1 x R2) / (R1 + R2) = 1.650 Ω 2. Ajuste o valor da voltagem na fonte para VB = 6 V. 17 Projeto VISIR+ - TA 3 Fonte 6V 3. Meça as correntes nos pontos A, B e D e complete a Tabelas 4. Circuito – Ponto A Leitura do Multímetro Circuito – Ponto B Leitura do Multímetro 20 Projeto VISIR+ - TA 3 c) Localizar avarias em um circuito. Para se medir um sinal elétrico com um osciloscópio, é necessário se dispor das “ponteiras de prova”, que deverão ser conectadas aos canais do osciloscópio e à fonte do sinal elétrico que se deseja medir. A figura 4.2 mostra o disponível no VISIR. Figura 4.2: Circuito a ser montado para o procedimento Protoard Osciloscópio 21 Projeto VISIR+ - TA 3 Procedimento 4: Praticando com o gerador de funções e o osciloscópio 1. Monte o circuito como ilustrado abaixo: Figura 5.1: Circuito retificador de meia onda Em um circo retificador de meia onda o sinal senoidal de entrada passa por um diodo (polarizado diretamente), que permite apenas a passagem do semiciclo positivo, retificando o sinal. O retificador começa a funcionar apenas quando a tensão de entrada ultrapassa a tensão do diodo (VD), que até esse momento não conduzirá corrente, funcionando como uma chave aberta. Ao passar pelo diodo, a tensão de entrada sofre uma queda em seu valor, que varia de acordo com seu material. Figura 5.2: Circuito retificador de meia onda 22 Projeto VISIR+ - TA 3 2. Circuito montado no VISIR: 3. Ajuste o gerador de funções para onda senoidal (60Hz) e voltagem 2Vpp: Frequência Voltagem unções 4. Efetue a medição com o Osciloscópio