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Prática Educativa: Formação de Professores e Lerner, Resumos de História da Educação

Uma análise reflexiva sobre a prática docente, enfatizando a importância da interação entre docentes e alunos, a organização social da aula, o tempo e o espaço, a avaliação e a globalização do ensino. O autor destaca a necessidade de que a escola se torne um gerador de cidadãos conscientes e autônomos.

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 29/03/2024

marie_chan_143
marie_chan_143 🇧🇷

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Baixe Prática Educativa: Formação de Professores e Lerner e outras Resumos em PDF para História da Educação, somente na Docsity! PRATICA EDUCATIVA Conceitos centrais • Aprendizagem e construção do conhecimento (Zabala) • Prática educativa (Zabala, Lerner) • Formação de Professores ( Tardif, Lerner) • Leitura e Escrita como práticas sociais ( Lerner) • Relação professor/aluno (Lerner, Zabala, ) • A temática indígena na escola (Cunha, Silva e Grupioni ) • A educação de adultos trabalhadores (Percival Brito) Enfoque Globalizador Centralizar todo o corpo docente e discente em um único objetivo ou método de ensino- aprendizagem, a partir da organização e planejamento pedagógico, enfatizando as relações entre escola-professor-aluno, todos com o mesmo objetivo, que surgirá a partir do envolvimento de todos. A globalização considera que o ensino deva • se dar de forma mais abrangente – • reconhecer e observar as necessidades dos alunos, no meio em que se encontram. • acompanhar as necessidades humanas • sofrer mudanças em virtude dessas necessidades Prática docente • aplicar o conhecimento obtido na escola, neste mesmo meio. • demonstrar, por meio da inter relação entre as disciplinas que a vida é uma constante teia de informações e ações, • Nas inter relações os alunos aprendem mais quando as disciplinas dialogam com fatos cotidianos, com informações que podem ser aplicadas em sua vida. Sequências didáticas S ã o d e f i n i d a s c o m o : c o n j u n t o d e atividades ordenadas, estruturadas e articuladas, para a realização de objetivos educacionais, que tem princípio e fim e são de conhecimento de professores e alunos. Variáveis metodológicas ØSequências Didáticas ØPapel dos Professores e Alunos – relações interativas ØOrganização social da aula – formas de agrupamentos ØUtilização dos espaços e dos tempos ØFormas de organizar os conteúdos ØUso de materiais e recursos didáticos ØO papel da avaliação – uma variável determinante Sequência Didática Ø Deve haver análise da sequência didática a partir de todos os conteúdos que aparecem ao longo das Unidades. Ø devem ser identificadas as fases, as atividades, as relações que se estabelecem para a compreensão de seu valor educacional ou verificação de necessidade de mudanças. • Partir da realidade e aproveitar os conflitos que dela emergem • Introduzir processos de reflexão crítica para normas sociais • Fomentar a autonomia dos alunos Reflexão sobre a prática Por trás de uma intervenção pedagógica consciente, deve haver uma análise sociológica e uma tomada de posição – sempre ideológica, quanto à condição de cidadão ou cidadã e quanto às características da sociedade onde os alunos vão viver. Reflexão sobre a prática • Planejar, globalizar o ensino aprendizagem requer tempo e dedicação, com interação entre docentes e alunos o que possibilitará maiores condições de aprendizagem. • Necessidade de que a escola se torne um gerador de cidadãos conscientes, autônomos, formadores de opinião e condutores de transformações positivas para a sociedade e para o meio em que vivem. • Cita Paulo Freire quando afirma que não basta trabalhar uma informação, é preciso que o aluno possa contextualizá-la e ir além nos fatos, questionando-os, investigando. • Poss ib i l i ta r o desenvo lv imento sóc io-cu l tura l do a luno, proporcionando melhores condições para sua inserção no meio social em que vive e no mercado de trabalho. Tardif, Maurice. O Trabalho Docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. Esta obra analisa: • o trabalho cotidiano dos professores; • a interação com os alunos e os demais agentes escolares • ev idencia as condições, tensões e dilemas que fazem parte do trabalho docente. Trabalho industrial • O trabalho do operário(exemplo: operário t rabalhando com produção de v idros em conserva) seus objetivos são operatórios, circunscritos e de curto prazo. • Observa o resultado de sua ação rapidamente e com certa objetividade, uma vez que o produto d e s e u t r a b a l h o é u m o b j e t o m a t e r i a l independente dele. • A ge em f unç ão de ob je t i v os p r e c i s o s , coerentes, relativamente hierarquizados que estrutura a tarefa coletiva da indústria. Objetivos do trabalho escolar 1. Os objetivos escolares definem uma tarefa coletiva, complexa e temporal com efeitos incertos e ambíguos; 2. Os objetivos escolares são gerais, imprecisos e não-operatórios; 3. Os objetivos escolares são muito variados; 4 . O s o b j e t i v o s e s c o l a r e s p r e c i s a m s e r t rans fo rmados e a jus tados pa ra se rem realizados. Constata-se que os objetivos • São muitos e variados e não operacionais e, tocam ao mesmo tempo dimensões de formação pessoal, social e de instrução. • Induzem uma tarefa dinâmica com efeitos imprecisos e longínquos que requerem a iniciativa dos professores; • Os professores precisam interpretá-los e adaptá-los aos contextos da ação pedagógica; • Ensinar é agir na ausência de indicações claras e precisas sobre os próprios fins do ensino escolar; • Requer autonomia (tarefa dupla na medida que os objetivos podem parecer ilusórios e realistas, criando um sentimento de derrota ou impotência) e a responsabilidade de construir objetivos antes de realizá-los; • Dificilmente podem medir e avaliar os resultados de seu trabalho e saber com certeza se atingiram os objetivos. Críticas dos professores sobre os programas • implantação prematura e burocrática dos programas, • ausência de consulta aos professores • falta de tempo para cobrir todo o conteúdo, • ausência de suporte material, • problema da competência para ensinar matérias previstas dos programas na ação do dia-a-dia. • ausência de vinculo entre as disciplinas, • a compartimentalização existente • e os problemas relativos a algumas matérias em particular. Transformações dos objetivos na prática de cada dia Os professores não aplicam e nem seguem os programas mecanicamente: • apropriam-se deles e os transformam em função das necessidades situacionais, • das suas experiências anteriores, • de seu entendimento da matéria, • da interpretação das necessidades dos alunos, • dos recursos disponíveis, • do andamento da turma, • das suas preferências e valores. Mandato do trabalho docente • Definido pelos objetivos gerais da escola, os programas e as matérias escolares, pesa gravemente sobre a atividade docente. • Obriga a encarar dilemas fundamentais: respeitar e realizar um programa, sem afastar-se de suas atividades cotidianas. • Afeta seu status: determina sua identidade profissional, fazendo deles executantes de programas concebidos e definidos por outros. • Afeta também seu status devido à hierarquização das matérias ensinadas. • Os objetivos não têm o mesmo valor para os alunos, os pais e os próprios professores. Os fundamentos interativos da docência A descrição ecológica da classe, segundo Doyle , passa pelas seguintes categorias: • Multiplicidade – se refere a diversos eventos ao mesmo tempo numa aula. • Imediatez – eventos que ocorrem durante uma aula sem previsão, nem anúncios, necessitando de adaptações e estratégias imediatas. • Rapidez – caracteriza o desenvolvimento dos acontecimentos, sua sucessão, encadeamento e fluência. • Imprevisibilidade – acontecimentos que surgem de forma imprevista, desviada, inesperada. • Visibilidade – o fato da aula ser uma atividade pública. • Historicidade – significa as interações entre os alunos e os professores que acontece dentro de uma trama temporal: diária, semanal, anual. • Do ponto de vista da ação comunicacional, ensinar é fazer alguma coisa significativa. • O ser do trabalhador (o trabalhador enquanto pessoa e p ro f i ss iona l ) é inseparável daquilo que ele faz, de seu agir. • É uma questão de ética. Délia Lerner LER E ESCREVER NA ESCOLA – O REAL, O POSSÍVEL E O NECESSÁRIO Porto Alegre, Artmed 2002. SVATEA Nejvyssi Zijici Elovêk planety se genil do di ja cj AE PBoi ava, se veta ExindeBios se ph tradilnioa svanemára ota vala — Tentoohi pastever, jenê by sob 66 oentometri. CIDADE CITY CITÉ Haroldo de Campos Atrocaducapacaustiduplielastifeliferafugahistoriloqual ubrimendimultiplicorganiperiodiplastipubliraparecip rorustisagasimplitenaveloveravivaunivoracidade city cité Como lemos? • Antecipando • Fazendo perguntas ao texto • Acionando o que já sabemos e colocando em relação com o que está sendo lido • Tentando descobrir o significado das palavras pelo contexto (ou seja, buscando o significado pelo sentido) Como ensinamos a ler? • Ensinando o estudante a levantar hipóteses antes (do que será que esse texto vai tratar?) e durante a leitura (inferências a partir dos sinais do texto – fotos, negritos, sublinhados, gráficos, etc) • Ensinando o estudante a fazer perguntas ANTES DE LER. • Ensinando o estudante a deduzir o significado das palavras pelo contexto (DICIONÁRIO: Uso é esporádico e estratégico!!!!) Desafio de ensinar a ler e a escrever • Participar na cultura escrita - supõe apropriar-se de uma tradição de leitura e escrita. O real O real é o que levar à prática e isso implica em conhecer as dificuldades e analisá-las Dificuldades envolvidas na escolarização das práticas • não é simples determinar com exatidão o q u e , c o m o e q u a n d o o s s u j e i t o s aprendem a língua escrita. • Ex.: Em que momento as crianças se apropriam da “linguagem dos contos”? Como ter acesso às interferências ou antecipações que as crianças fazem ao tentar ler um texto? Como ensinamos a ler? • Apresentando textos de diferentes gêneros e ensinando como se relacionar com cada um deles: – O que tem um jornal? Como ler um jornal? Quem escreve num jornal? Quem é o dono do jornal? Desde quando o jornal existe? Ensinando a escrever • Escrevendo diferentes gêneros textuais • Escrevendo a partir de modelos • Escrevendo com uma função comunicativa • Lendo o que escreveu • Revisando o que escreveu • Reescrevendo o que escreveu Como a escola tem tratado o ensino da escrita? • Sílabas • Palavras • Frases • E só depois bem depois o texto Escrita sem significado Aprender para depois usarEnsino de regras Uso estritamente escolar Tensão entre duas necessidades institucionais: ensinar e controlar a aprendizagem conciliar as necessidades da instituição escolar com o propósito educativo gerar condições didáticas próxima da prática social Idéias subjacentes à perspectiva curricular adotada: • Somente a didática da l íngua pode contribuir para resolver problemas que se enfrenta na produção curricular. • Para ocorrer transformação didática é necessário levar em conta a natureza e as pressões próprias que se lhe são inerentes. Projeto Curricular preservar o sentido do objeto de ensino - n o c a s o d a l e i t u r a e d a e s c r i t a – favorecendo a prát ica social que se pretende comunicar. Conteúdos a ensinar • Chevallard explicita que a decisão de quais são os conteúdos a ensinar e quais serão considerados prioritários supõe uma verdadeira reconstrução do objeto. • Tra ta - se de um p r ime i r o n í ve l de transposição didática: a passagem dos saberes cientificamente produzidos ou práticas a ensinar. É possível ler na escola? Muitas práticas descaracterizam a leitura na escola, distantes dos propósitos que lhe dão sentido social. Isso ocorre por dois fatores: Práticas que descaracterizam a leitura na escola • a teoria condutista (comportamentalista ou behaviorista) da aprendizagem - concebe a aquisição do conhecimento como um processo acumulativo e graduado, um parcelamento do conteúdo em elementos supostamente simples. A escola como microssociedade de leitores e escritores. (ou – sim é possível ler na escola) 1. que tenha sentido do ponto de vista do aluno; 2. que os propósitos didáticos cumpram a função para realizar os propósitos que o aluno conhece e valoriza. • O futuro dos índios no Brasil dependerá de estratégias: • do Estado brasileiro • da comunidade internacional das diferentes etnias Noção de cultura e de identidade (modos de entender) platônico heracliteana Percebe identi// e cultura como coisas Coisificação; reificação Identi// - Visão de continuidade, processo, memória Identi// como modelo Cultura - Não é um conj de traços dados Cultura conj de regras, valores previa/ dados Possibilidade de gerar dados em sistemas cambiantes Trajetória histórica • Sec XVI – os índ ios e ram ou bons selvagens para o uso na filosofia moral européia ou abomináveis antropófagos • Sec XIX – eram símbolos nobres (qd invisíveis; obstáculos (qd de carne e osso) • Atualmente – ora é um herói (paladino), ora um inimigo interno • As culturas constituem um patrimônio de diversidade, no sentido de apresentarem soluções de organização, do pensamento e da exploração de um meio que é natural e social. • A sócio-diversidade é tão preciosa qt à biodiversidade (Levi-Strauss) • É preciso garantir a sobrevivência destas sociedades Educação de adultos trabalhadores na sociedade industrial. In Contra o consenso: cultura escrita, educação e participação. BRITTO, Luiz Percival Leme E n f o c a a e d u c a ç ã o d e a d u l t o s trabalhadores apostando numa educação libertadora, onde o ensinar e o aprender estejam orientados por um projeto de transformação social. O caráter da instrução formal nas sociedades industriais de massa • A educação de adulto, nesta sociedade traz marca de insucesso e forte estigma. • Nos anos 60 não interessava às classes dominantes dos países periféricos que os trabalhadores tivessem instrução, por ser mais fácil controlar e submeter o analfabeto ao poder. • No mundo globalizado – fala-se não apenas no ensino universal básico como também na escolaridade e na elevação da educação de qualidade. • Isto significa freqüentar anos de escolaridade, ser capaz de ler, escrever e operar com números , bem como de rea l i zar determinadas tarefas envolvendo leitura e escrita como condição fundamental para participar da sociedade com relativa autonomia e usufruir (consumir) os bens de consumo. • O não escolarizado, o analfabeto ou com pouca capacidade de leitura é visto como um indivíduo que produz e consome pouco e demanda mais serviços públicos assistenciais.

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