Terapia Laser e Ondas Curtas: Características, Efeitos Fisiológicos e Indicações, Notas de aula de Reumatologia

Baixe Terapia Laser e Ondas Curtas: Características, Efeitos Fisiológicos e Indicações e outras Notas de aula em PDF para Reumatologia, somente na Docsity! LESER TERAPIA LASER = Light Amplification by the Stimulated Emission of Radiation" ou Amplificação da luz por emissão estimulada de radiação. Terapia Laser de Baixa Intensidade ou Low level laser therapy ➢ Lasers mais usados na fisioterapia: - Hélio-neonio (HeNe) 632,8nm - Alumínio Gálio Índio Fósforo (AlGalnP) 660nm - Arseneto de Gálio (GaAs) 904nm - Arseneto de Gálio-Alumínio (GaAlAs) 830nm ➢ Características da radiação laser • Monocromaticidade: o feixe de laser é de cor única. Define quais biomoléculas absorverão a radiação incidente (Absorção seletiva), assim determinando a interação fotobiológica e os efeitos terapêuticos específicos. • Colimação: os raios de luz ou fótons são paralelos, sem divergência. Permite que se mantenha um reduzido feixe por uma distância, Permite ao equipamento atingir maiores níveis de densidade de potência e densidade de energia. • Coerência: a coerência refere-se a sincronicidade temporal ou espacial da onda. ➢ Efeitos fisiológicos • Primários ou diretos - Bioquímicos • Síntese ATP • Inibição de prostaglandina • Liberação de substs. como acetilcolina e histamina • Aumento de endorfinas • Aumento ativ. Fibroblastos e produção de colágeno • Proliferação celular • Modificações enzimáticas (inibição e estimulação) • Estimulação atividade imunológica • Efeitos bioelétricos: - Mediados pela síntese de ATP - Aumento da eficiência da bomba de Na/ K - Manutenção do potencial de membrana - Normalizador da atividade funcional das membranas • Efeitos bioenergéticos: - Normalização energética • Efeitos secundários ou indiretos: - Estímulo à microcirculação (esfíncteres pré-capilares) - Estímulo ao trofismo celular (ATP) • Efeitos terapêuticos: - Antiinflamatório - Analgésico - Antiedematoso - Cicatrizante ➢ Classificação quanto à potência: • Alta potência - c/ potencial destrutivo • Média - s/ potencial destrutivo AsGa (fisio) • Baixa - s/ potencial destrutivo HeNe (fisio) Dosimetria: - Densidade de energia = energia por área = J/cm? Tempo: - maior a potência, menor o tempo. Maior área, maior tempo de aplicação. Intervalos de tratamento: - para se evitar efeitos de somação, aplicar com intervalos de 24h. Até a 5° ou 6° aplicação, resultados já seja obtidos, se isto não ocorrer, substituir o recurso terapêutico. • Espasmolítico-relaxante: Com o aquecimento as fibras musculares tem sua excitabilidade e contratilidade facilitada. • Fibrinolítico:Com o aquecimento, os tendões e músculos tem seu estiramento facilitada. • Paravertebral Reflexo: estimula as glândulas sudoríparas e diminui a PA EM RESUMO Os resultados terapêuticos desejados pelas ondas curtas são: : • Aumenta o fluxo sanguíneo • Ajuda na resolução da inflamação • Aumenta a extensibilidade do tecido colagenoso profundo • Diminui a rigidez articular • Alivia as dores e espasmos musculares ➢ Eletrodos Eletrodo flexível de borracha: - Pequeno - Médio - Grande Eletrodo de Schliephakie: esse tipo de eletrodo não precisa de toalha ou feltro. A distância é de 3 em da pele. ➢ Dose - Potência (Calor) A dosagem vai depender da escala de Schliephale e também da sensação de calor referida pelo paciente; da fase que se encontra a enfermidade (aguda ou crônica). ➢ Escala De Schliephake • Calor muito débil: imediatamente abaixo da sensação de calor perceptível • Calor débil: sensação imediata perceptível • Calor médio: sensação de calor clara e agradável • Calor forte: no limite da tolerância Na fase aguda e subaguda: usa calor muito débil e debil respectivamente. Na fase crônica: usa calor médio e forte. OBS.: os conceitos de fase aguda e fase subaguda são contraditórios. ➢ Tempo • Fase agudas: 5 a 10 minutos. • Fase crônica: 15 a 20 minutos. A sensação de calor vai depender: do tamanho dos eletrodos, da distância eletrodo/pele, da posição dos eletrodos e da região ser tratada. ➢ Posição Dos Eletrodos Transversal: um eletrodo lateralmente e o outro medialmente ou um eletrodo anteriormente e o outro posteriormente. • Paravertebral: bilateral ou unilateral. • Mixto: Um eletrodo anteriormente à coxa e o outro na parte posterior perna. • Fogo cruzado: inicia-se o tratamento com os eletrodos na posição anteroposterior, na metade do tratamento, colocamos os eletrodos na posição Latero-medial. • Longitudinal: um eletrodo na parte anterior da coxa e o outro na posição plantar. Como a parte do campo é mais uniforme, a área a ser tratada deve focar meio. ➢ Distância Eletrodo/Pele Para se conseguir o máximo de profundidade térmica, devemos colocar os eletrodos no sentido transversal e a uma distância de 3 cm da pele. ➢ Tamanho Dos Eletrodos • Devemos usar eletrodos maiores que a área a ser tratada, exceto na posição longitudinal. • Evitar eletrodos de diâmetros de menor que a área a ser tratada. • Evitar eletrodos excessivamente grandes. • Eletrodos de tamanhos diferentes dificultam a sintonia. ➢ SINTONIA 1.Colocar os eletrodos na distância pré estabelecida 2.eleger uma potência segundo escala de Schliephake; 3.Gira-se o botão da sintonia levemente para a direita ou para a esquerda, de modo que o ponteiro vá se movimentando do sentido horário: 4.Quando o ponteiro atingir ao máximo da deflexão, ele retomará levemente по sentido contrário; 5. Neste momento, girar o botão para o lado oposto do inicial que o ponteiro voltará à posição de máxima deflexão para a potência utilizada. Cuidados com sintonia • Se mudarmos a posição dos eletrodos, o tamanho dos eletrodos, a distância dos eletrodos/pele, ou a dose, deveremos sintonizá-lo novamente. • Os cabos do eletrodos tem que ficar a uma distância de 10 em um do outro para não produzir interferência que dificulte a sintonia. • Os cabos não podem se tocar ou cruzar. ➢ Indicações • Contusões, torceduras, entorses, hematoma e hemartrose: O efeito espasmolítico, analgésico e hiperemia bem como a estimulação de todo o processo metabólico intracelular e as reações fisiológicas se potencializam conseguindo rápidos resultados, uma grande vantagem no uso das ondas curtas é o. efeito analgésico. • Fraturas: a ação analgésica e espasmódica permite melhores resultados em sua consolidação. • Anquilose fibrosa, rigidez pós-gesso e atrofia muscular: como nestas afecções entra o fator espasmódico provocado pela dor e diminuição da irrigação sanguínea, o uso do calor profundo é bem indicado aproveitando de suas ações fisiológicas já ditas anteriormente, proporcionando um maior ganho de mobilidade articular. • Artropatias inflamatórias degenerativas, que abrange a artrite, bursite, periartrite escápulo-umeral, espondilite, epicondilite e espondilo-artrose: responde bem quando utilizados em fase não aguda, certo que não se utiliza calor em processos inflamatórios agudos, pois, a função celular fica aumentada e como consequência o seu metabolismo também aumenta. • Artropatia degenerativa e pós-traumatismo: estas afecções conhecidas por enfermidades de desgaste, caracterizam-se por alterações na cartilagem e no liquido articular, que posteriormente provocam atrofia da cartilagem limitando os movimentos articulares. Se tratando de indicação do ondas curtas, é muito bem recomendado pelas suas ações antiespasmódica, e se tratando de unidades musculares, não podemos nos surpreender que seus resultados sejam bons. • Mialglas, miogelose, lombalgias (de origem estática, reumática, focal e traumática), fibrose e torcicolo: por se trata de afecções ocasionadas por alterações da musculatura, caracterizada por rigidez local. Com o uso do ondas curtas a sintomatologia desaparece por completo em poucas as sessões. • Afecções piogênicas da pele: abscessos e furúnculos ➢ Contra indicações • Marca-passo implantados (o campo eletromagnético poderá interferir caso a blindagem elétrica seja suficiente) • Metal nos tecidos ou fixadores externos (o metal concentra o campo magnético) • Sensação térmica comprometida (podem ocorrer queimaduras) • Pacientes que não cooperam (p. ex.: não cooperação de fundo mental em proveniência de alguma incapacitação ou da idade) • Gestação • Áreas hemorrágicas (mulher em períodos menstruais deve ser avisada da possibilidade de aumento do fluxo, se a pelve for irradiada). • Tecido isquêmico • Tumores Malignos (as células cancerosas se proliferam com o aquecimento, e que a temperatura nos tumores tende a elevar-se). • Mal de Pott (tuberculose óssea) • Trombose venosa recente • Pirexia do paciente • Estados infecciosos • Áreas da pele afetadas por aplicações de radiograma • Circulação comprometida • Hemorragias • Feridas abertas (a umidade é um meio propício à proliferação bacteriana, bem como a sua proliferação).