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Uma introdução aos aminoácidos, proteínas e polímeros, explicando suas características e funções básicas. Ao longo do texto, são abordados conceitos como a estrutura de aminoácidos, as classes de aminoácidos, as ligações peptídicas e as estruturas primária, secundária, terciária e quaternária de proteínas.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
1 / 26
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Não perca as partes importantes!
**- Introdução;
Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma
Introdução
Olá, tudo bem com você? Seja bem-vindo(a) a mais uma unidade de química orgânica! Nesta unidade, estudaremos uma das mais importantes classes de bio- moléculas existentes: as proteínas. Estas macromoléculas são fundamentais para o bom funcionamento do metabolismo dos seres vivos. De todos os grupos de macro- moléculas que conhecemos até o momento, as proteínas são as que desempenham a mais vasta gama de funções (Figura 1).
Uma dessas funções é relacionada a hormônios. Enquanto você estuda esta unidade, seu pâncreas está produzindo insulina, que é uma proteína responsável por absorver glicose de seu organismo. Este processo é fundamental, pois é res- ponsável por controlar a concentração de glicose no sangue que, se estiver muito alta, pode provocar doenças, como o diabetes, por exemplo.
Figura 1 – As proteínas desempenham diversas funções relacionadas ao metabolismo do corpo humano Fonte: Getty Images
Todas as proteínas são formadas pelos chamados aminoácidos. Cada uma das proteínas possui uma função biológica bem específica, e isto se deve aos diferen- tes arranjos de aminoácidos em suas moléculas. Alguns aminoácidos são natural- mente produzidos pelo organismo, no entanto, para que o metabolismo seja mais eficiente, é necessário ingerir outros aminoácidos (que o corpo não produz) por meio da alimentação.
Até o momento, só estudamos macromoléculas relacionadas a processos biológi- cos (carboidratos, lipídios e proteínas). Porém, outros polímeros sintéticos também são muito importantes para facilitar nosso dia a dia, como o poliestireno, por exemplo. Este polímero sintético é muito usado como isolante. O poliestireno é comumente conhecido por nós como isopor (Figura 2).
Esta configuração estrutural te lembra alguma coisa? Isso mesmo, quiralidade. O carbono α é assimétrico, portanto, os aminoácidos apresentam isomeria óptica. O que diferencia um aminoácido de outro é a configuração da cadeia carbônica ramificada (-R). Esta diferença é que garante que cada aminoácido tenha caracte- rísticas específicas. O único aminoácido que não apresenta quiralidade é a glicina. A estrutura da molécula da glicina pode ser observada na Figura 4.
carbono central α grupo amina
átomos de hidrogênio
grupo carboxila
Figura 4 – Fórmula estrutural do aminoácido glicina. Como o carbono central α não apresenta quatro ligantes diferentes (o átomo de carbono se liga a dois átomos de hidrogênio), a molécula da glicina não apresenta quiralidade Fonte: Acervo do conteudista
Classificação dos Aminoácidos
Existem 20 aminoácidos muito comuns que podem ser produzidos na natureza e encontrados nas proteínas. Estes aminoácidos podem ser classificados como es- senciais ou não essenciais.
Um aminoácido não essencial é aquele que é produzido naturalmente pelo organismo. Estes aminoácidos são os seguintes: alanina, ácido aspártico, ácido glutâmico, cisteína, glicina, glutamina, hidroxiprolina, prolina, serina e tirosina (SOLOMONS; FRYHLE, 2012).
Já os aminoácidos essenciais são aqueles que temos que ingerir por meio de nossa alimentação, pois nosso organismo não é capaz de sintetizá-los. Estes ami- noácidos podem ser obtidos pela ingestão de alimentos ricos em proteínas, como carne, ovos e derivados do leite, por exemplo. Os aminoácidos essenciais são os seguintes: fenilalanina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina, triptofano e valina (SOLOMONS; FRYHLE, 2012).
Se você contar, observará que, de 20 aminoácidos possíveis, só foram citados
organismo, no entanto, também é necessário que haja a ingestão de alimentos que contenham estes aminoácidos para complementação (MCMURRY, 2016).
Além da classificação de acordo com a capacidade ou não de serem sintetizados pelo organismo, os aminoácidos também podem ser classificados de acordo com seu comportamento em solução aquosa.
Importante!
Quando em contato com a água, os aminoácidos formam íons dipolares (com dois pólos), conhecidos como zwitterions. Na verdade, na grande maioria das ve- zes, os aminoácidos são encontrados na forma de íons, em um equilíbrio entre o íon dipolar e suas respectivas formas aniônica e catiônica. O que ditará qual forma do íon será predominante é o pH do meio e as características específicas de cada aminoácido. Se o pH da solução aquosa for ácido, o íon dipolar reagirá como base. Se o pH for básico, reagirá como ácido. (MCMURRY, 2016).
Como o meio reacional dos aminoácidos são as nossas células, devemos levar em consideração nosso pH fisiológico. Geralmente, este pH é neutro. Neste caso, ocorre a protonação do grupo amina (recepção de um próton H+^ - aminoácido adquire uma carga positiva) e a desprotonação do grupo carboxila (doação de um próton H+^ - aminoácido adquire uma carga negativa). Estes íons são classificados da seguinte forma (SOLOMONS; FRYHLE, 2012; MCMURRY, 2016):
carbono central α
Figura 5 – Fórmula estrutural da molécula da serina. Observe que, por possuir uma extremidade mais ácida e outra mais básica, seu caráter pode ser caracterizado como neutro Fonte: Acervo do conteudista
primeiramente, há a formação de uma aminonitrila e, em seguida, este produto sofre hidrólise ácida e forma um aminoácido. Veja um esquema simplificado deste processo na Figura 8.
R
O CN
H R NH 3 +
CO 2 -
R NH 3 +
Figura 8 – Síntese de Strecker: um método eficiente para síntese de -aminoácidos Fonte: Adaptado de Solomons, Fryhle, 2012
Os aminoácidos podem exercer várias funções, como mensageiros químicos, por exemplo. No entanto, a função mais importante dos aminoácidos é a formação de proteínas e peptídeos. Isso só é possível quando ocorrem as chamadas liga-
ções peptídicas.
Ligações Peptídicas
Ligações peptídicas são ligações amida que ocorrem entre aminoácidos. Estas ligações são do tipo covalente simples e acontecem quando um grupo amino de um aminoácido reage com o grupo carboxila de outro. Durante esta reação, ocorre também a liberação de uma molécula de água. Ou seja, quando há a união entre dois aminoácidos, ocorre uma reação de condensação (MCMURRY, 2016).
Observe um esquema sobre a formação de ligações peptídicas na Figura 9.
Eliminação de H 2 O
Ligação peptídica
Figura 9 – Formação de uma ligação peptídica – união entre dois aminoácidos para formação de peptídeos Fonte: Acervo do conteudista
Como já foi dito, as ligações peptídicas formam os chamados peptídeos, e os aminoácidos presentes nas moléculas dos peptídeos são chamados de resíduos de aminoácidos. Os peptídeos podem ser classificados de acordo com a quantidade de aminoácidos em suas moléculas da seguinte forma:
Os peptídeos, assim como as proteínas, desempenham funções importantes no organismo dos seres vivos, tais como o auxílio em atividades celulares e a regulação hormonal. Um dipeptídeo bastante conhecido é o aspartame (Figura 10). Ele é um dipeptídeo sintético, formado pela união dos aminoácidos ácido aspártico e fenilalanina, muito usado como adoçante artificial, substituindo a sacarose.
Figura 10 – O aspartame é muito utilizado para substituir a sacarose (açúcar comum), principalmente em produtos light e zero Fonte: Getty Images
Observe a fórmula estrutural do aspartame na Figura 11.
Figura 11 – Fórmula estrutural do aspartame, um dipeptídeo sintético, formado pela união dos aminoácidos ácido aspártico e fenilalanina Fonte: Getty Images
Mas, você pode estar se perguntando: existe diferença entre um peptídeo e uma proteína? A resposta é sim. Os peptídeos (dipeptídeos, tripeptídeos etc.) são forma- dos por uma quantidade menor de moléculas do que as proteínas. As proteínas são formadas por filamentos de polipetídeos, ou seja, são muito maiores e, consequen- temente, possuem um peso molecular bem maior que os peptídeos mais simples.
Estrutura das Proteínas
Quando falamos de proteínas, é importante estudarmos as estruturas destas macromoléculas, pois a função de cada uma delas depende justamente de suas es- truturas. No entanto, como as proteínas são moléculas muito grandes, para carac- terizá-las melhor, é necessário dividir a estrutura destas macromoléculas em quatro níveis, que são os seguintes (MCMURRY, 2016):
Arg Lis Val Lis Glu Gli Gli
Pro Arg Leu Pro Leu Val Glu
Phe Pro Glu Phe Leu Arg Phe
Gli Val Leu Arg Pro Lis Lis
Figura 13 – Desenho esquemático da estrutura primária de uma proteína Fonte: Acervo do conteudista
Figura 14 – Tipo de estrutura secundária de uma proteína: α-hélice. A parte helicoidal da molécula é caracterizada como estrutura de α-hélice Fonte: Getty Images
Figura 15 – Tipo de estrutura secundária de uma proteína: folha β-pragueada. Note que a estrutura é bem mais desenrolada que a α-hélice, como se fossem fitas daquelas que usamos para enfeitar presentes Fonte: Getty Images
Figura 16 – Estrutura terciária: organização entre os átomos de uma molécula inteira de uma proteína. Observe que ela possui estruturas secundárias do tipo α-hélice e também do tipo folha β-pragueada Fonte: Getty Images
Você se lembra do químico Hermann Emil Fischer, que conhecemos quando estudamos os carboidratos? Ele foi o criador da projeção de Fischer, muito usada para representar a fórmula estrutural dos sacarídeos. Mas, além disso, Fischer tam- bém contribuiu muito com o estudo das proteínas, propondo um modelo para a reação entre uma enzima e seu substrato conhecido como chave-fechadura.
O modelo chave-fechadura desenvolvido por Fischer, como o próprio nome já diz, comparava a reação de uma enzima e seu substrato com o que ocorre entre uma fechadura e uma chave: cada chave abre apenas uma fechadura, encaixando- -se perfeitamente nela. No caso, o substrato se encaixaria no sítio ativo da enzima, como uma peça em um quebra-cabeças. Este modelo explica a especificidade das enzimas. Veja um exemplo disso na Figura 18.
substrato
substrato
perfeito
enzima
sítio ativo
encaixe
enzima
sítio ativo
não há reação!
Figura 18 – Modelo chave-fechadura proposto por Hermann Emil Fischer Fonte: Acervo do conteudista
A ideia de Fischer, no entanto, apresentava algumas lacunas. Uma delas era a de que o modelo considerava as estruturas da enzima e do substrato como inflexíveis, não passíveis de mudança alguma durante a reação. No entanto, algum tempo depois, o bioquímico Daniel E. Koshland Jr. e seus colaboradores propuseram um modelo conhecido como teoria do encaixe induzido, baseando-se nos estudos de Fischer. Neste novo modelo existe certa flexibilidade, pois o substrato pode acarretar uma mudança na conformação da enzima. Este modelo é o mais aceito, atualmente (BIRCH, 2018).
Enzimas são ótimos catalisadores, ou seja, são substâncias que aceleram a velo- cidade de reações químicas. Elas são responsáveis por acelerar vários processos me-
tabólicos em nosso organismo, como a própria digestão, por exemplo. No entanto, é importante ressaltar que certos fatores podem influenciar a atividade de enzimas, como por exemplo: pH, temperatura, concentração de enzimas e substratos etc.
Solução: Vamos analisar cada uma das alternativas. Em primeiro lugar, come- çaremos com a alternativa A, que afirma que as proteínas são constituídas apenas por aminoácidos essenciais. Já podemos concluir, portanto, que esta afirmativa é incorreta, pois as proteínas podem ser constituídas tanto por aminoácidos essen- ciais quanto não essenciais, ou até mesmo uma mistura dos dois tipos. Analisando a afirmativa B, podemos também verificar que ela é incorreta, pois várias proteínas contêm enxofre em sua composição. Agora, analisando a letra C e verificando o que já aprendemos anteriormente, podemos concluir que ela é a alternativa correta. Dis- cuta com seus colegas e professores por que as alternativas D e E estão incorretas.
Reações de proteínas
Ao longo desta unidade, já vimos algumas reações dos precursores de proteínas: os aminoácidos. Agora, vamos conversar um pouco sobre as reações que envol- vem proteínas.
A síntese proteica ocorre no interior das células, sendo os ribossomos as prin- cipais organelas envolvidas neste processo. São reações bastante complexas, no entanto, ocorrem rapidamente. Basicamen te, a síntese proteica ocorre em três fases: transcrição, ativação e tradução.
As proteínas, assim como os carboidratos, sofrem reações de hidrólise. Estas podem ser tanto hidrólises básicas quanto ácidas. A hidrólise de proteínas também pode ocorrer mediante a presença de enzimas. Os aminoácidos que deram origem a certas proteínas podem ser obtidos através do processo de hidrólise das mesmas.