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Mecanismos Pulmonares, Resumos de Fisiologia Humana

Informações sobre os mecanismos pulmonares, incluindo a formação de ATP, a respiração celular, a função primária do pulmão, as vias respiratórias, os sacos alveolares, a pleura, o ciclo de Bohr e a inspiração e expiração. O texto descreve a anatomia e fisiologia do sistema respiratório, incluindo a troca gasosa entre o sangue e a atmosfera, e os mecanismos que permitem a respiração.

Tipologia: Resumos

2023

À venda por 16/04/2023

carolinyf__
carolinyf__ 🇧🇷

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Baixe Mecanismos Pulmonares e outras Resumos em PDF para Fisiologia Humana, somente na Docsity! Mecanismos Pulmonares Caroliny Ferreira da Silva - MED XII - UFOB In󰉃󰈹od󰉉çã󰈢 ➔ A formação de ATP é importante para que as células realizem suas atividades. A principal forma de formação desse ATP é por meio da glicólise aeróbia, que irá utilizar um suprimento constante de oxigênio molecular e também carboidratos. ➔ O O2 em conjunto com o metabolismo da glicose irão produzir água e CO2 (respiração celular). ➔ Esse CO2 irá se dissolver em água para formar ácido carbônico, que deve ser eliminado do organismo de forma contínua. ➔ A função primária do pulmão é facilitar a troca gasosa entre o sangue e a atmosfera, ou seja, a respiração externa. ➔ Os pulmões possuem uma interface sangue-gás extremamente delgada para que haja uma rápida troca de gases. Dessa forma, o CO2 e o O2 são equilibrados rapidamente por meio da interface, conforma o sangue circula pelos vasos sanguíneos pulmonares. Ana󰉃󰈡󰈛󰈏a da󰈻 vi󰈀󰈻 re󰈻󰈦󰈎r󰇽󰉃ó󰈹i󰈀s ➔ Há um elaborado sistema com tubos que se ramificam, as vias respiratórias, também chamadas de vias aéreas e sacos de ar, os sacos alveolares. ➔ As vias aéreas se iniciam com a traqueia e se ramificam de forma repetida para gerar a árvore brônquica. Essa árvore possui de forma aproximada 23 gerações de ramificações e possui uma porção condutora e uma porção respiratória. - Porçã󰈡 co󰈝󰇶󰉉t󰈢󰈸a - ➔ As vias aéreas não participam das trocas gasosas, apenas concentram o fluxo de ar. ➔ As vias aéreas maiores, da geração 0 até próximo de 10, são sustentadas por cartilagem. As gerações de 10 até 16 são chamadas de bronquíolos. Os bronquíolos terminais (geração 16) marcam o fim da porção condutora. ➔ O epitélio da porção condutora é um epitélio ciliado secretor de muco. Os cílios empurram o muco e as partículas que estejam presas para cima e para fora dos pulmões (escada rolante mucociliar). Mecanismos Pulmonares Caroliny Ferreira da Silva - MED XII - UFOB - Porçã󰈡 re󰈻󰈦󰈎r󰇽󰉃ó󰈹i󰈀 - ➔ A partir das gerações 17 a 23, compreende os bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e sacos alveolares. ➔ É o local onde ocorre a interface sangue-gás. - Sac󰈡󰈻 al󰉏󰈩󰈢󰈘ar󰈩󰈻 - ➔ São dois ou mais alvéolos que possuem uma abertura em comum para o ducto alveolar. ➔ Os alvéolos são sacos de paredes muito finas. Os alvéolos são interconectados por meio dos poros de Kohn. ➔ O revestimento alveolar faz a separação do ar atmosférico dos vasos sanguíneos e possui os pneumócitos, que são dois tipos de células epiteliais respiratórias. ○ Pneumócitos do tipo I: são delgados e achatados e compõem a maior parte da área de superfície alveolar (90%). ○ Pneumócitos do tipo II: também chamados de pneumócitos granulares, são mais compactos e ocupam menor área. São preenchidos por corpos com inclusões lamelares que possuem o surfactante pulmonar. São capazes de se reproduzir de forma rápida, permitindo que haja reparo de danos na parede alveolar. Posteriormente se transformam em células do tipo I. ○ Interface sangue-gás: os vasos capilares pulmonares percorrem entre os sacos alveolares adjacentes. Possuem elevada densidade, criando uma camada de sangue quase contínua, cobrindo as superfícies alveolares. Mecanismos Pulmonares Caroliny Ferreira da Silva - MED XII - UFOB ⇨ A pleura parietal recobre a parede torácica, diafragma e mediastino. As pleuras visceral e parietal estão aderidas às suas respectivas estruturas, mas não uma a outra e são separadas pelo espaço intrapleural. ⇨ As pleuras eliminam o ar do espaço intrapleural para fazer o isolamento hermético dos pulmões do diafragma e da caixa torácica. ○ Líquido pleural: ⇨ A pleura parietal é inervada e vascularizada e possui duas importantes funções: lubrificação e coesão. ★ Lubrificação: lubrifica as superfícies pleurais e permite o deslizamento sobre a parede torácica e o diafragma durante a respiração. ★ Auxílio na respiração: o líquido é secretado e reabsorvido constantemente. O líquido se espalha para criar uma película que cobre todas as superfícies, tornando as pleuras quase inseparáveis. Essa coesão permite que as forças geradas pelo movimento torácico e do diafragma sejam enviadas diretamente para a superfície dos pulmões. - Cic󰈗󰈡 de bo󰈚󰇻󰈩󰇽me󰈝󰉄󰈡 - ➔ A respiração envolve ciclos repetidos de inspiração e expiração. ➔ A inspiração é responsável por sugar o ar para o interior dos pulmões e aumentar a disponibilidade de 02 na interface sangue-gás. ● Inspiração: ⇨ A bomba é operada pelo músculo diafragma, que faz a separação das cavidades torácica e abdominal, e é inervado pelo nervo frênico. Quando ocorre contração do músculo, o volume intratorácico aumenta. ★ Vertical: a contração do diafragma empurra para baixo os conteúdos abdominais. ★ Área transversal: a contração aumenta a área transversa, puxando a parede torácica para cima na altura das costelas inferiores. Mecanismos Pulmonares Caroliny Ferreira da Silva - MED XII - UFOB ● Expiração: ⇨ É passiva, acionada por efeitos da tensão superficial no volume alveolar e pela energia que é armazenada nos elementos elásticos dos pulmões durante a inspiração (retração elástica). ⇨ Essa elasticidade é decorrente da abundância de elastina e fibras colágenas nas vias respiratórias e alvéolos. Mec󰈀󰈝󰈏󰈼mo󰈻 es󰉃á󰉄󰈎c󰈢󰈻 do󰈻 pu󰈗󰈛õ󰈩s ➔ O surfactante condiciona a influência da tensão superficial sobre o volume pulmonar. - Forç󰈀󰈻 qu󰈩 at󰉉󰇽󰈚 em um pu󰈗󰈛ã󰈡 es󰉃á󰉄󰈎c󰈢 - ➔ Um pulmão saudável e em repouso está sujeito a duas forças iguais e opostas: ○ Interior: a elasticidade e os efeitos da tensão superficial geram uma força em direção ao interior, favorecendo volumes pulmonares menores. ○ Exterior: os músculos e diversos tecidos associados à caixa torácica possuem elasticidade. No repouso, os elementos elásticos favorecem o movimento para o exterior. ○ Efeito líquido: as duas forças anteriores geram uma pressão negativa no espaço intrapleural. Se uma das pleuras é rompida, ocorre escape do ar para dentro do espaço pleural, direcionado pela diferença de pressão entre a atmosfera e o espaço pleural, gerando o pneumotórax. ★ O pneumotórax afeta um pulmão por vez. ★ Insuflação: um pulmão colapsado pode ser insuflado modificando a pressão transpulmonar. Ao redor de 20 cm H2O, o pulmão atinge seu volume máximo, sendo a capacidade pulmonar total (CPT). ★ Desinsuflação: um pulmão que desinsufla a partir da CPT produz uma curva de pressão-volume diferente, conhecido como histerese. O surfactante é recrutado dos pneumócitos para a película de Mecanismos Pulmonares Caroliny Ferreira da Silva - MED XII - UFOB superfície alveolar na insuflação. O surfactante reduz a retração elástica, detendo a desinsuflação pulmonar. A ➢ A alça de histerese começa e termina em um volume positivo, em torno de 500 mL. ★ Respiração normal: envolve alterações no volume pulmonar, que são apenas uma fração do total, mas ainda observa-se a histerese. Quando o pulmão está em repouso, entre as respirações, a parede torácica evita o colapso e, a 50% do CPT, os alvéolos estão desobstruídos. ★ Efeitos da tensão superficial: os pulmões cheios de líquido são mais complacentes e a histerese associada à tensão superficial desaparece. - Efe󰈎󰉃󰈢󰈼 da g󰈸a󰉐󰈎d󰇽󰇷e - ➔ Os pulmões e o sangue possuem massa, os tornando sujeitos à influência da gravidade. ○ Ápice do pulmão: a gravidade força o ápice do pulmão a funcionar próximo ao topo da curva de pressão-volume, onde a expansão adicional é limitada durante a inspiração. ○ Base do pulmão: a base suporta a massa de tecido pulmonar acima dela. Dessa forma, os alvéolos estão comprimidos. Os alvéolos da base do pulmão respondem a aumentos na PL (pressão transpulmonar) com elevadas alterações do volume, pois ocorrem mais abaixo da curva de pressão-volume. O peso dos tecidos acima empurram para fora contra o peito. - Com󰈥󰈘󰈀cê󰈝󰇸󰈏a pu󰈗󰈛󰈡n󰇽󰈸 - ➔ A complacência corresponde ao quanto o volume pulmonar aumenta em resposta a alterações na pressão transpulmonar. ➔ Os pulmões são altamente complacentes e aumentam de volume em torno de 200 mL para cada centímetro de H2O da PL. ➔ A complacência é controlada pela tensão superficial e pelas propriedades elásticas dos pulmões e da parede torácica. ➔ Com o aumento da idade, os pulmões se tornam menos complacentes, decorrente da deposição de tecido conectivo. Mecanismos Pulmonares Caroliny Ferreira da Silva - MED XII - UFOB - Mús󰇹u󰈘󰈡 li󰈻󰈡 - ➔ Reveste os bronquíolos. ➔ Quando ocorre contração dos músculos, ocorre diminuição do raio da via aérea e aumento da resistência ao fluxo de ar, podendo diminuir o fluxo pelas vias aéreas. ➔ Quando ocorre relaxamento da musculatura lisa e dilatação brônquica, ocorre redução da resistência e o aumento do fluxo de ar é facilitado. ○ Controle autônomo: feito pelo sistema simpático e parassimpático do SNA. ★ Parassimpático: as fibras nervosas do nervo vago liberam ACh de suas terminações, quando ativas. A ACh se liga aos receptores muscarínicos M3, ocasionando broncoconstrição, reduzindo o fluxo de ar. ★ Simpático: a ativação causa dilatação dos bronquíolos, principalmente por promover a inibição da liberação de ACh. As terminações do sistema simpático promovem a liberação de noradrenalina, que irá se ligar ao receptor pré-sináptico B2-adrenérgico. ➢ O receptor é sensível à liberação de adrenalina pela suprarrenal durante a ativação do SNS. ➢ A broncodilatação facilita o aumento do fluxo de ar para a interface sangue-gás. ○ Fatores locais: irritantes e substâncias alergênicas locais promovem a contração dos bronquíolos e a consequente obstrução das vias aéreas. A contração dos músculos das vias aéreas ocorre em resposta à histamina e outros mediadores. - Vol󰉉󰈚󰇵 pu󰈗󰈛󰈡n󰇽󰈸 - ➔ A resistência da via aérea é muito dependente do volume pulmonar. ➔ Em volumes pulmonares elevados, a resistência respiratória é baixa. Em volumes pulmonares baixos, a resistência é elevada. Tra󰇼󰈀󰈘h󰈢 re󰈻󰈦󰈎r󰇽󰉃ó󰈹i󰈡 ➔ A respiração exige que os músculos respiratórios sejam contraídos para expandir os pulmões contra a resistência. ➔ Normalmente é responsável por aproximadamente 5% da energia total utilizada em repouso. - Com󰈥󰈡󰈞󰇵n󰉃e󰈼 - ➔ O trabalho elástico inclui o trabalho que é necessário para contrapor a retração elástica pulmonar durante a inspiração, sendo proporcional à sua complacência. Mecanismos Pulmonares Caroliny Ferreira da Silva - MED XII - UFOB Este tipo também é importante para deslocar a parede torácica para o exterior e os órgãos do abdome para baixo. ➔ O trabalho de resistência envolve mover o ar por meio das vias aéreas contra a resistência das vias. - Do󰈩nç󰇽󰈻 pu󰈗󰈛󰈡n󰇽󰈸e󰈼 - ➔ A DPOC e a fibrose pulmonar aumentam o trabalho respiratório. ➔ Pacientes com DPOC costumam ter mais trabalho para exalar contra a alta resistência das vias aéreas. ➔ A fibrose enrijece o pulmão e exige que o paciente gere pressões transpulmonares mais elevadas que o normal para expandir os pulmões na inspiração, fazendo com que o trabalho elástico seja aumentado. Vol󰉉󰈚󰇵󰈼 e ca󰈥󰈀󰇸󰈏da󰇷󰈩󰈼 pu󰈗󰈛󰈡n󰇽󰈸e󰈼 - Vol󰉉󰈚󰇵󰈼 - ➔ O volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração, é conhecido como volume corrente (VC), e gira em torno de 500 mL em um adulto mediano. ➔ Os volumes podem ser inspirados ou expirados, acima e abaixo do VC, correspondendo ao volume de reserva inspiratório (VRI) e ao volume de reserva expiratório (VRE). ➔ O volume residual (VR) é o volume de ar que permanece no pulmão após expiração máxima. - Cap󰈀󰇹󰈏󰇶ad󰈩󰈻 - ➔ A soma dos quatro volumes pulmonares (CPT), resulta em cerca de 6 L em um indivíduo normal. ➔ A capacidade residual funcional (CRF) é o volume que irá permanecer nos pulmões após uma respiração corrente ser expelida. ➔ A capacidade inspiratória (CI) é a soma do VC e do VRI. ➔ A capacidade vital (CV) é a soma do CV, do VRI e do VRE, e corresponde ao máximo CV capaz de ser alcançado. ➔ A capacidade vital forçada (CVF) é o volume de ar que pode ser expirado de forma forçada após uma inspiração máxima. - Vol󰉉󰈚󰇵 ex󰈥󰈎󰈹󰇽tó󰈸i󰈡 fo󰈸ç󰈀󰇶󰈢 - ➔ É o volume de ar que pode ser expirado de forma forçada em 1 segundo após uma inspiração máxima. É uma importante medida para analisar a função pulmonar. Ven󰉃󰈎󰈘󰇽ção e es󰈥󰈀ç󰈢 mo󰈸󰉄󰈡 ➔ A troca de gás ocorre na superfície alveolar. Mecanismos Pulmonares Caroliny Ferreira da Silva - MED XII - UFOB ➔ A ventilação é a frequência com que os conteúdos do pulmão são renovados. ➔ A concentração gasosa alveolar também é influenciada pela quantidade de ar inalado que não participa na troca pois preenche o espaço morto. - Es󰈥aç󰈡 mo󰈸󰉄󰈡 - ○ Anatômico: ⇨ A faringe, traqueia, brônquios e outras vias condutoras possuem cerca de 150 mL de ar movido para fora durante a expiração, sem entrar em contato com a interface de troca gasosa. ○ Fisiológico: ⇨ Inclui o espaço morto anatômico e as contribuições desses alvéolos não funcionais. ⇨ Em um pulmão comprometido, uma proporção dos alvéolos é ventilada, mas é incapaz de participar da troca gasosa, pois a interface sangue-gás está danificada ou o fluxo sanguíneo foi interrompido. - Ven󰉃󰈎󰈘󰇽ção - ➔ A ventilação minuto é o volume total de ar inalado e expelido por minuto. ➔ A ventilação alveolar é o volume de ar por minuto que entra nas áreas que participam da troca gasosa.