Baixe ECONOMIA EMPRESARIAL e outras Exercícios em PDF para Economia, somente na Docsity! ATIVIDADE INDIVIDUAL - Economia Empresarial Abaixo estão as orientações da nossa atividade individual. Contextualização No Brasil, a confirmação do primeiro caso de Covid-19 durante o recesso de Carnaval de 2020 fez a bolsa de São Paulo reabrir com uma queda de 7%; queda essa puxada principalmente pelas empresas de turismo e aviação. Encontrado na base de qualquer atividade produtiva, o setor de energia também se mostrou sensível aos efeitos da pandemia, incluindo o segmento de óleo e gás. Segundo análise da Bloomberg, junto a questões geopolíticas e regulações setoriais específicas, o coronavírus foi um dos principais drivers do mercado de petróleo em 2020. Na indústria, os segmentos que se mostraram mais afetados pela pandemia no início de 2020 foram petróleo e biocombustíveis (88,3%), e química (61,4%). Para 90,7% das empresas do segmento de petróleo, o principal fator responsável pelo impacto foi a demanda externa reduzida; para 83,1% dos produtores químicos, foi o fornecimento de insumos importados. Em relação aos meses seguintes, mais de 50% das empresas de 15 dos 19 segmentos pesquisados afirmaram terem sido impactadas pela crise. Entre os segmentos que esperavam ser mais afetados estavam: máquinas e materiais elétricos (91,5%); petróleo e biocombustíveis (90,5%); limpeza e perfumaria (90,2%); informática e eletrônicos (89,4%); couros e calçados (85,9%); veículos automotores (82,7%) e metalurgia (82%). Na maior parte dos segmentos, a principal preocupação das empresas estava voltada para o fornecimento de insumos importados. Entre esses segmentos, os produtores de bens de consumo duráveis eram os mais preocupados (86,6%). As demandas reduzidas interna e externa foram os fatores mais citados na sequência (37,4% e 37,0%, respectivamente), sendo puxadas pelas empresas de bens intermediários, que registraram 47,4% e 51,5%, na mesma ordem. A paralisação por problemas de saúde foi citada por 23,0% das empresas, tendo maior incidência nos produtos de bens de consumo não duráveis (34,6%). De acordo com o Centro de Pesquisa em Energia da FGV, o setor energético tem enfrentado a pior crise dos últimos 40 anos. Se já́ se tratava de um ambiente intrinsecamente volátil e instável, a pandemia deixou essa vulnerabilidade mais aflorada, seja pela queda da demanda de petróleo, seja pela depressão dos preços ou pelos cortes de investimento por parte das empresas. Impactos na produção Pela ótica da oferta de bens e serviços na indústria, projeta-se um atraso na entrega de 22 das 28 FPSOs (floating, production, storage and offloading) contratadas no mundo, o que se deve à proximidade dos estaleiros ao epicentro inicial da doença. Desse total, 15 unidades dependem dos estaleiros chineses, sendo cinco FPSOs da Petrobras. O atraso causado pelas paradas de operação e pela interrupção no fornecimento de materiais pode chegar a um ano, o que representa um acréscimo de cerca de 30% na previsão inicial para construção dessas estruturas. Pelo lado da demanda, o enfraquecimento do crescimento chinês também impactou diretamente o mercado de petróleo brasileiro. Estima-se que, em 2020, a demanda chinesa por petróleo e derivados tenha diminuído cerca de 10% em comparação com dados de 2018 – e o país é o principal destino das exportações brasileiras de petróleo bruto. Pressão externa A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados, conhecidos conjuntamente como Opep+, tomaram a decisão de orientar aos países que estavam produzindo petróleo acima das cotas acordadas que aprofundassem as reduções de oferta. A política do