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NIH enade
SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR Exame Nacional de Desempenho
dos Estudantes
FORMAÇÃO GERAL
QUESTÃO DISCURSIVA 01
TEXTO 1
Em 20
era de um caso a cada mil bebês nescidos vivos. Havia ume meta da Organização Pan-Americana
de Saúde e da Unicef de essa ocorrência diminuir no Brasil, chegando, em 2015, a 5 casos de sífilis
congênita por 10 mil nascidos vivos. O país não atingiu esse objetivo, tendo se distanciado ainda
a incidência da sífilis congênita — transmitida da mulher para o feto durante a gravidez —
mais dele, embora o tratamento para sífilis seja relativamente simples, à base de antibióticos. Trata-
se de uma doença para a qual a medicina já encontrou a solução, mas a sociedade ainda não.
Disponível em: <http://www.folha.uol.com.ar>, Acesso er
: 23 jul. 2017 (edaptado).
TEXTO 2
O Ministério da Saúde anunciou que há uma epidemia de sífilis no Brasil. Nos últimos cinco anos, foram
230 novos casos, um aumento de 32% somente entre 2014e 2015. Por que isso aconteceu?
Primeiro, ampliou-se o diagnóstico com o teste rápido para sífilis reelizado na unidade básica de
saúde e cujo resultado sai em 30 minutos. Aí vem o segundo ponto, um dos mais negativos, que foi
o desabastecimento, no país, da matéria-prima para a penicilina. O Ministério da Saúde importou
essa penicilina, mas, por um bom tempo, não esteve disponível, e isso fez com que mais pessoas se
infectassem. O terceiro ponto é a prevenção. Houve, nos últimos dez anos, uma redução do uso do
preservativo, o que aumentou, e muito, a transmissão.
A incidência de casos de sífilis, que, em 2010, era maior entre homens, hoje recai sobre as mulheres.
Por que a vulnerabilidade neste grupo está aumentando?
As mulheres ainda são as mais vulneráveis a doenças sexualmente transmissíveis (DST), de uma forma geral.
Elas têm dificuldade de negociar o preservativo com o parceiro, por exemplo. Mas o acesso da mulher
ao diagnóstico também é maior, por isso, é mais fácil contabilizar essa população. Quando um homem
faz exame para a sífilis? Somente quando tem sintoma aparente ou outra doença. E a sífilis pode ser uma
doença silenciosa. A mulher, por outro lado, vai fazer o pré-natal e, automaticamente, faz o teste para a
sífilis. No Brasil, estima-se que apenas 12% dos parceiros sexuais recebam tratamento para sífilis.
Entrevista com Ana Gabriela Travassos, presidente da reglonal balana da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente
Transmissíveis, Disponível em: <http://wwmw.agenciapatriciagalvao.org.br>, Acesso em: 25 jul. 2017 (edaptado).
TEXTO3
Vários estudos constatam que os homens, em geral, padecem mais de condições severas e crônicas de
saúde que as mulheres e morrem mais que elas em razão de doenças que levam a óbito. Entretanto,
apesar de as taxas de morbimortalidade masculinas assumirem um peso significativo, observa-se que a
presença de homens nos serviços de atenção primária à saúde é muito menor que a de mulheres.
GOMES, R.; NASCIMENTO, E.; ARAUJO, F. Par que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações
de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad. Saúde Pública [online], v. 23, n. 3, 2007 (adaptado).
PADRÃO DE RESPOSTA Em seu texto, o estudante deve abordar os seguintes aspectos: A proporção crescente de casos novos de sífilis no segmento feminino é evidência que tem sido cada vez mais encontrada no perfil epidemiológico não apenas dessa doença, mas também de várias outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). A vulnerabilidade desse grupo específico resulta da conjuntura de diversos fatores, sendo os fatores sociais e culturais de grande relevância. Nesse sentido, questões relacionadas ao padrão de comportamento de homens e mulheres no contexto das relações sexuais, bem como crenças morais, valores, relações de poder, entre outras, são muito influentes no grau de suscetibilidade feminina às DST. A hierarquia de poder muitas vezes encontrada nas relações afetivas influenciam o papel das mulheres na tomada de decisões a respeito da relação sexual, afetando o espaço que têm (ou não) para negociar o uso do preservativo com seus parceiros, bem como as habilidades para abordar temas de DST junto a eles. Aspectos culturais e morais afetam as atitudes de homens e mulheres no que diz respeito ao acesso e porte de preservativos, pois elas muitas vezes se sentem constrangidas tanto para comprar os preservativos quando para levá-los consigo. Cabe ressaltar que, no contexto dos cuidados em relação à saúde sexual e reprodutiva, a responsabilidade costumeiramente recai sobre a mulher. Além disso, culturalmente, o público masculino não costuma buscar os serviços de atenção primária à saúde e não se sente vulnerável às DST. Ademais, tendo em vista que os sintomas no público masculino são mais raros e/ou discretos, os homens muitas vezes sequer têm conhecimento de que estão contaminados, infectando suas parceiras e, muitas vezes, reinfectando-as, o que no contexto da sífilis congênita é ainda mais perigoso. Com o intuito de fortalecer as ações de prevenção à sífilis e outras DST, são importantes ações no âmbito das políticas públicas de saúde e de educação especificamente dirigidas ao público masculino. O estudante pode citar, pelo menos, duas entre as ações listadas a seguir. 1. Ações de atenção primária voltadas à prevenção, que incentivem que o público masculino faça exames para detecção precoce de DST regularmente; 2. Programas de incentivo e atendimento ao público masculino no contexto dos exames de pré-natal, para ajudar a conter a reinfecção das gestantes no caso de parceiros já contaminados; 3. Programas especializados voltados para atender ao público masculino nos serviços de atenção primária, considerando suas especificidades e oferecendo serviços voltados à prevenção; 4. Campanhas de educação voltadas para a problematização da questão em ambiente escolar, a fim de introduzir uma cultura de responsabilidade com a saúde; MATEMÁTICA LICENCIATURA PADRÃO DE RESPOSTA O estudante pode propor uma das seguintes soluções. Solução 1: Será provada, pelo Princípio da Indução Finita, a tese de que o número 3 22n 3n n é divisível por 6, para todo número inteiro n 1 . Tem-se que a tese é válida para n = 1, uma vez que 3 2 2n 3n n 2 3 1 0 e 0 é divisível por 6. Para concluir a demonstração por indução, deve-se provar que a validade da tese para algum inteiro k 1 é suficiente para se garantir a validade da tese para o seu sucessor, k + 1. Assim, suponha que a tese seja válida para algum número inteiro k 1 (hipótese de indução), isto é, que o número 3 22k 3k k seja divisível por 6. Perceba que 3 2 3 2 2 2 k 1 3 k 1 k 1 2k 3k k 6k . Como a parcela 26k é divisível por 6 e, por hipótese, a parcela 3 22k 3k k também é divisível por 6, segue que a soma 3 23 2 2 2k 3k k 6k 2 k 1 3 k 1 k 1 é necessariamente divisível por 6, o que confirma a validade da tese para o inteiro k+1. Segue, portanto, pelo Princípio da Indução Finita, que o número 3 22n 3n n é divisível por 6 para todo número inteiro n 1 . Solução 2: Pode ocorrer do aluno escrever, pelo algoritmo da divisão, 𝑛 = 6𝑞 + 𝑟, 0 ≤ 𝑟 ≤ 5, e tentar provar que o número em questão é divisível por 6. Assim: 2𝑛3 − 3𝑛2 + 𝑛 = 2(6𝑞 + 𝑟)3 + 3(6𝑞 + 𝑟)2 + (6𝑞 + 𝑟) = 2(63𝑞3 + 3 ∙ 62𝑞2𝑟 + 3 ∙ 6𝑞𝑟2 + 𝑟3) − 3(62 + 12𝑞𝑟 + 𝑟2) + 6𝑞 + 𝑟 = 6(72𝑞3 + 36𝑞2𝑟 + 6𝑞𝑟2 − 18𝑞2 − 6𝑞𝑟 + 𝑞) + 2𝑟3 − 3𝑟2 + 𝑟 = 6𝑚 + 2𝑟3 − 3𝑟2 + 𝑟 Para 𝑟 = 0, temos 2𝑛3 − 3𝑛 + 𝑛 = 6𝑚 Para 𝑟 = 1, temos 2𝑛3 − 3𝑛 + 𝑛 = 6𝑚 Para 𝑟 = 2, temos 2𝑛3 − 3𝑛 + 𝑛 = 6𝑚 + 6 Para 𝑟 = 3, temos 2𝑛3 − 3𝑛 + 𝑛 = 6𝑚 + 30 Para 𝑟 = 4, temos 2𝑛3 − 3𝑛 + 𝑛 = 6𝑚 + 84 Para 𝑟 = 5, temos 2𝑛3 − 3𝑛 + 𝑛 = 6𝑚 + 180 Conclui-se que o número é divisível por 6, para todos os valores possíveis de r. Solução 3: Sendo o número 3 22n 3n n divisível por 6 se, e somente se, a classe de equivalência módulo 6 a ele associada é tal que 3 22n 3n n 0 . Verificando: , ou seja: o número 3 22n 3n n é divisível por 6, para qualquer (em particular, para n 1 inteiro). Solução 4: Seja n 1 um número inteiro. O número 3 22n 3n n pode ser decomposto das seguintes maneiras: 3 22n 3n n n n 1 2n 1 e 3 22n 3n n 2 n n 1 n 1 3n 1 n . A primeira decomposição mostra que o número 3 22n 3n n é divisível por 2, uma vez que nela há dois fatores que são inteiros consecutivos e portanto um deles deve ser par. A segunda decomposição mostra que o número 3 22n 3n n é divisível por 3. De fato, note que na primeira parcela da decomposição há três fatores que são inteiros consecutivos, de onde segue que, necessariamente, um deles é múltiplo de 3. Isso mostra que a primeira parcela é um inteiro divisível por 3. A segunda parcela é também um inteiro divisível por 3, uma vez que 3 é um dos seus fatores. Segue, dessa forma, que a soma 3 22n 3n n é divisível por 2 e divisível por 3, ao mesmo tempo, o que implica que 3 22n 3n n é divisível por 6 e encerra a demonstração. Convém observar que o resultado poderia ser alcançado ainda mais diretamente, por meio da decomposição 3 22n 3n n n n 1 n 2 n n 1 n 1 . De fato, as duas parcelas da decomposição são produtos cujos fatores são três inteiros consecutivos. Isso mostra que cada uma delas é divisível por 6, uma vez que, em ambas, um dos fatores deve ser par e um dos fatores deve ser múltiplo de 3. PADRÃO DE RESPOSTA a) O estudante deve apresentar quaisquer dois entre os seguintes objetivos: - Objetivos que buscam o enriquecimento do ambiente educacional: tornar a aula/ambiente mais dinâmico, interativo, motivador, facilitador de visualizações, lúdico, atraente, com maior potencial para a resolução de problemas/modelagem, que possibilita a realização de novas representações mentais, investigações, comparações de resultados, que proporciona o estabelecimento/estudo da validade de conjecturas/hipóteses e realização de tentativas/validações; - Objetivos que buscam o enriquecimento das relações estudantes/TDICs, estudantes/objetos de conhecimento e estudantes/estudantes: possibilitar ao estudante se familiarizar com o computador/tecnologias/softwares, inserir o estudante em atividades com potencial para ajuda-lo a antecipar, simular, confirmar, estudar/refutar propriedades, padrões e soluções, ter maior controle/participação no seu próprio ritmo de aprendizagem, ter maior autonomia para construir conhecimento de forma cooperativa/colaborativa/significativa; - Objetivos como objetivos de aprendizagem/habilidades, com estrutura “operação cognitiva” (verbo) + “objeto de conhecimento” (conteúdo específico matemático, relacionado, ou não, à construção fornecida). Exemplos: Localizar pontos no plano cartesiano, Representar