Baixe Pré-Natal: Importância, Exames e Recomendações e outras Notas de estudo em PDF para Medicina, somente na Docsity! SP 2.3 Ligeiramente grávida 1 SP 2.3 – Ligeiramente grávida Abertura Fechamento Status Done TEXTO DO CASO "Grávida!!! logo agora, aos vinte e três anos, quando fui aprovada para ganhar uma bolsa de estudos na universidade!!! E como vou contar isto para o Saulo, estamos apaixonados, mas ele está desempregado... Aí, que enjoo horrível toda manhã, só dá pra comer um pão seco. E essa barriga, que parece que não vai parar de crescer?" Doralice enche a médica de perguntas... Em outra consulta ela volta e mais uma vez um monte de dúvidas: "Nem acredito, Doutora, minha pele era linda, agora tem umas manchas escuras nas minhas bochechas e nos bicos dos seios. Que, aliás, estão imensos... e a insônia? É difícil dormir virada para o lado esquerdo, como você pediu, não estou acostumada! Ainda bem que não perdi o apetite sexual. Nem eu e nem o Saulo. E Doutora por que tenho que fazer exames todos os meses? É um sem fim de exames." Ao sair, comenta com sua irmã que lhe acompanhou nesta consulta: "Todo mês passo na UBS, ou com a enfermeira ou com a médica. Medem minha barriga com a fita métrica e agora, mais para o final da gestação, fazem toda vez toque vaginal. Doutora falou que o meu açúcar está no limite máximo do normal! Nesta semana a ACS irá lá em casa para que eu vá conhecer o hospital onde vou ganhar o neném, quando chegar a hora". Chega em casa junto com Saulo e já vai contando: "Eu gostei muito de fazer o ultrassom e de ouvir o coraçãozinho do bebê batendo rápido. A médica perguntou se eu queria saber o sexo e eu disse primeiro que não, que preferia surpresa como combinamos". Saulo beija Doralice. "Mas... tenho que confessar... não aguentei. Vai ser menino. Ai! Uma dorzinha no pé da barriga. Passou. Nesses últimos dias a barriga tem ficado mais dura, cada vez mais frequente. Bem que a enfermeira avisou. Saulo, corre, que a bolsa rompeu!!!ˮ PONTOS IMPORTANTES Doralice grávida aos 23 anos. Saulo (pai) desempregado. Enjoo toda manhã, só consegue comer pão seco. Pele com manchas escuras nas bochechas e nos bicos dos seios. Bicos dos seios estão grandes. É difícil dormir virada para o lado esquerdo, pois não está acostumada. Tem que fazer os exames todos os meses: medem a barriga com a fita métrica e fazem toque vaginal. O açúcar está no limite máximo do normal. HIPÓTESES Enjoo no primeiro trimestre são normais. Na gravidez, é comum ter cloasma gravídica e outros sinais. Na gravidez, ocorre aumento das mamas. É indicado a gestante dormir decúbito esquerdo por causa da compressão veia cava. É indicado fazer os exames de pré-natal para analisar o desenvolvimento do bebê, a idade gestacional, toque vaginal, etc. Não é indicado fazer exame de toque vaginal todo mês. Durante a gestação, a grávida adquire resistência à insulina - o que pode causar diabetes gestacional. PERGUNTAS Explique como ocorre as alterações fisiológicas da gestante decorrente das mudanças hormonais e anatômicas. October 31, 2023 November 7, 2023 SP 2.3 Ligeiramente grávida 2 https://prod-files-secure.s3.us-west-2.amazonaws.com/6bb54529-dfc54e30-a38873db74afecc2/25 3687bc-3460427496430e349862e912/SP_2.3_-_TBL.pdf Por que é indicado dormir de decúbito lateral esquerdo durante a gestação? Após a 20ª semana, grávidas em posição supina (rosto para cima) podem ter hipotensão pela compressão do útero gravídico (o peso do útero pode comprimir os vasos sanguíneos que retornam o sangue das pernas para o coração) dificultando o retorno venoso e causando síncope (desmaios). Em função disso, o decúbito lateral esquerdo favorece a descompressão e restaura o débito cardíaco. Quais as principais orientações para a gestante durante o pré-natal? (exames, suplementação, vacina, consultas, o que é indicado? É importante que o pré-natal seja pensado na perspectiva de uma atenção que anule os impactos negativos na saúde da mulher e que diminua a morbimortalidade. O pré-natal precisa ter em seu escopo intervenções efetivas para diminuir os desfechos desfavoráveis e a morbimortalidade materna e neonatal. A mulher grávida deve Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde tão logo descubra ou desconfie que esteja grávida, preferencialmente até a 12ª semana de gestação (captação precoce). O acompanhamento periódico e contínuo de todas as gestantes é para assegurar seu seguimento durante toda a gestação, em intervalos preestabelecidos (mensalmente, até a 28ª semana; quinzenalmente, da 28ª até a 36ª semana; semanalmente, no termo), acompanhando-as tanto nas unidades de saúde quanto em seus domicílios, bem como em reuniões comunitárias, até o momento do pré-parto/parto, objetivando seu encaminhamento oportuno ao centro obstétrico, assim como para a consulta na unidade de saúde após o parto. Vale ressaltar que o pré-natal também é para o parceiro. Assim, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem PNAISH instituída pela Portaria GM/MS nº 1.944, de 27 de agosto de 2009, tem como objetivo facilitar e ampliar o acesso com qualidade da população masculina, na faixa etária de 20 a 59 anos, às ações e aos serviços de assistência integral à saúde da Rede SUS, mediante a atuação nos aspectos socioculturais, sob a perspectiva relacional de gênero e na lógica da concepção de linhas de cuidado que respeitem a integralidade da atenção, contribuindo de modo efetivo para a redução da morbimortalidade e melhores condições de saúde desta população. Não existe alta do pré-natal. A alta é dada pela maternidade, após o nascimento do bebê que, para tal, precisa ser avaliado pela equipe de saúde e realizado a triagem neonatal e outros exames que forem necessários. Investigações mínimas desejáveis para um acompanhamento considerado de qualidade, outros exames podem ser solicitados caso haja disponibilidade, mas os que seguem são considerados como o mínimo a ser solicitado já na 1ª consulta: Hemograma; Tipagem Sanguínea e fator RH; Coombs indireto se fator RH negativo; Glicemia em jejum Eletroforese de Hemoglobina (mulheres negras, antecedente familiares de anemia falciforme ou história de anemia crônica) Testes rápidos para Sífilis e/ou VDRL Teste rápido para HIV Anti HIV Toxoplasmose IgM e IgG Sorologia para Hepatite B HbsAg) Urina I/Urocultura Ecografia obstétrica com função de verificar a idade gestacional (não é obrigatório) ou de acordo com a necessidade clínica (decisão do profissional assistente) Citopatológico de colo do útero ( se necessários) Exame de secreção vaginal ( se indicação) Parasitológico de fezes ( se houver indicação clínica) Alguns serviços de saúde recomendam (fluxos institucionais/protocolos internos) a solicitação dos seguintes exames já na primeira consulta: Hemoglobina glicada, Anti Hbc, VDRL e ecografias obstétricas, além da que é realizada com o objetivo de datação. Fator Rh: se a gestante for sabidamente Rh+ , deve-se solicitar apenas a pesquisa de anticorpos irregulares PAI e finaliza-se a investigação. Se não há o conhecimento do fator RH dessa gestante ou se ela for RH, deve-se confirmar a tipagem e solicitar o fator RH do pai, nesse caso se o pai for RH não é necessário solicitar mais exames, finaliza-se a investigação. Caso o pai da criança seja RH ou desconhecido, deve-se solicitar nova pesquisa de anticorpos irregulares a cada 4 semanas (mensalmente) a partir da 24ª semana de gestação. Sempre que se tem uma pesquisa de anticorpos irregulares POSITIVA é mandatório referenciar essa gestante para pré-natal de alto risco, em unidade de referência, para tratamento. Em alguns estados, São Paulo por exemplo, se realiza a profilaxia Isoimunização RH. Da 28ª à 34ª semana, orienta-se uma dose da Imunoglobulina Anti D que deve ser repetida no parto, ou em SP 2.3 Ligeiramente grávida 5 acolher a família como um todo é importante. Atentar para as pessoas em situação de vulnerabilidade social e fazer dessa consulta um momento oportunístico. Proporção de gestantes com pelo menos 6 (seis) consultas pré-natal realizadas, sendo a 1ª até a 20ª semana de gestação. Como avaliar e orientar a gestante psicossocialmente? O instrumento de avaliação PSEQ Pregnancy Self-Evaluation Questionnaire Questionário de Autoavaliação de Gravidez) foi criado em 1984, pela autora norte-americana Regina Lederman, buscando analisar o desenvolvimento do papel materno no período pré-natal. Os itens são afirmativas que estão subdivididas em sete subescalas: bem-estar da mãe e do bebê 10 itens), aceitação da gravidez 14 itens), identificação com o papel materno 15 itens), preparação para o trabalho de parto 10 itens), controle no trabalho de parto 10 itens), relacionamento com a mãe 10 itens) e relacionamento com o companheiro 10 itens). A pontuação total pode variar de 79316, sendo que quanto maior a pontuação menor é a adaptação materna. A variação de escore por subescala é dada da seguinte forma: bem-estar da mãe do bebê 1040, aceitação da gravidez 1456, identificação com o papel materno 1560, preparação para o trabalho de parto 1040, controle no trabalho de parto 1040, relacionamento com a mãe 1040 e relacionamento com o companheiro 1040. Após as etapas de tradução e adaptação transcultural preconizadas pela literatura, o instrumento de avaliação PSEQ, versão em português, foi submetido a um Comitê de Especialistas. Foi considerada uma margem mínima de 80% de concordância entre os especialistas para a alteração de termos presentes no instrumento traduzido. A coleta de dados ocorreu com gestantes em quatro Unidades Básicas de Saúde UBS, situadas na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, escolhidas aleatoriamente, de acordo com sorteios entre as 25 UBS do município. O número de participantes para a etapa de adaptação transcultural foi de 36, selecionadas de acordo com a ordem de chegada para o atendimento pré-natal. Após as etapas de tradução, retrotradução e análise por parte do comitê de especialistas para a adaptação transcultural do PSEQ, surgiram algumas sugestões em relação aos 79 itens. Houve alterações de alguns itens para garantir uma linguagem mais informal ou para evitar a ambiguidade dos termos. O pré-teste mostrou que 75,0% das gestantes consideraram o questionário PSEQ de fácil entendimento. A avaliação da adaptação psicossocial materna no período pré-natal no Brasil ainda apresenta uma carência de instrumentos disponíveis. O instrumento PSEQ foi traduzido para o português como Questionário de autoavaliação do pré-natal. Pode-se considerar que o instrumento apresentou boa aceitação pelas voluntárias, sendo considerado de fácil entendimento pela grande maioria das respondentes. “Cabe à equipe de saúde, ao entrar em contato com uma mulher gestante, esforçar se em buscar compreender os múltiplos significados da gestação para aquela mulher e sua família através da empatia principalmente caso a gestante seja uma adolescente. A história de vida e o contexto de gestação trazidos pela mulher durante a gravidez devem ser acolhidos integralmente a partir do seu relato e de seu parceiro, ou familiares caso seja de desejo da gestante. Tal contexto implica mudanças nas relações estabelecidas entre a mulher e a família, o pai e a criança. Além disso, gera mudanças na relação da gestante consigo mesma, no modo como ela entende seu autocuidado, bem como modificações em como ela percebe as mudanças corporais, o que interfere muitas vezes no processo de amamentação ;ˮ referência completa abaixo: O PAPEL DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DE PRÉ NATAL DE BAIXO RISCO UTILIZANDO A A BORDAGEM CENTRADA NA PESSOA É possível visualizar e escutar o coração do feto a partir de que momento? A capacidade de visualizar e escutar o coração do feto depende da tecnologia utilizada. Normalmente, o coração do feto pode ser visualizado por ultrassonografia a partir do final do primeiro trimestre da gravidez, por volta da 8ª a 10ª semana de gestação. Nesse momento, os batimentos cardíacos do feto já podem ser detectados por ultrassom. Quanto à auscultação dos batimentos cardíacos do feto, os médicos geralmente usam um estetoscópio Doppler fetal, que é um dispositivo específico para esse fim. O Doppler fetal permite ouvir os batimentos cardíacos do feto a partir do final do primeiro trimestre, geralmente por volta da 10ª a 12ª semana de gravidez. SP 2.3 Ligeiramente grávida 6 Quantos dias após o coito é possível descobrir a gravidez? O tempo necessário para detectar uma gravidez após o coito depende do método de detecção utilizado. Existem dois métodos principais para detectar a gravidez: o teste de gravidez de urina e o teste de gravidez no sangue. Teste de Gravidez de Urina (teste de farmácia): maioria dos testes de gravidez de urina, disponíveis em farmácias, é projetada para serem usados a partir do primeiro dia de atraso menstrual. Alguns testes mais sensíveis podem detectar a gravidez alguns dias antes do atraso, mas a precisão pode ser menor nesse estágio. Em geral, é recomendável aguardar pelo menos 10 a 14 dias após o coito para realizar um teste de gravidez de urina, pois leva algum tempo para que os níveis de hCG (hormônio da gravidez) atinjam um nível detectável na urina. Teste de Gravidez no Sangue: testes de gravidez no sangue, como o teste beta hCG, são geralmente mais sensíveis e podem detectar a gravidez mais precocemente do que os testes de urina. Eles podem ser realizados cerca de 7 a 12 dias após o coito, dependendo da sensibilidade do teste. Alguns testes de laboratório podem detectar a gravidez com maior precisão antes do atraso menstrual. É importante lembrar que a precisão dos testes de gravidez pode variar, e resultados negativos iniciais podem não descartar completamente a possibilidade de gravidez. Se houver suspeita de gravidez e um teste inicial for negativo, é aconselhável repetir o teste após alguns dias ou consultar um profissional de saúde para orientação. Como e quando é possível descobrir o sexo do bebê? A determinação do sexo do bebê pode ser feita de diferentes maneiras e em diferentes momentos durante a gravidez. Aqui estão algumas das opções mais comuns: Ultrassonografia Obstétrica: A ultrassonografia obstétrica é uma das maneiras mais comuns de determinar o sexo do bebê. Normalmente, a primeira oportunidade para isso é durante o exame de ultrassonografia morfológica, que geralmente é realizado entre a 18ª e a 22ª semana de gestação. Durante o exame, o técnico ou médico observa as características anatômicas do feto, incluindo os órgãos genitais, e pode determinar o sexo com base nessas observações. Testes de Sangue para Sexagem Fetal: Testes de sangue específicos para determinar o sexo do bebê estão disponíveis a partir das 9 ou 10 semanas de gestação. Esses testes medem o DNA fetal presente na circulação sanguínea da mãe. O teste mais comum é o teste de sexagem fetal, que geralmente fornece resultados precisos em relação ao sexo do bebê. É importante verificar com um profissional de saúde a disponibilidade e precisão dos testes em sua região. Amniocentese ou Biópsia de Vilo Coriônico: Amniocentese e biópsia de vilo coriônico são procedimentos diagnósticos invasivos realizados para detectar problemas genéticos no feto. Além de sua finalidade diagnóstica, esses procedimentos podem determinar o sexo do bebê. A amniocentese é geralmente realizada entre a 15ª e a 20ª semana de gravidez, enquanto a biópsia de vilo coriônico ocorre mais cedo, geralmente entre a 10ª e a 13ª semana. Porque a gestante tem um aumento da glicemia, por conta de uma resistência à insulina? (fisiológico) O aumento da glicemia e a resistência à insulina durante a gravidez são fenômenos normais e fisiológicos, em parte relacionados às adaptações necessárias para fornecer energia ao feto em desenvolvimento. Vou explicar esse processo detalhadamente: Ação da insulina: Normalmente, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que tem como principal função regular o nível de glicose (açúcar) no sangue. Ela facilita a entrada de glicose nas células do corpo, permitindo que seja usada como fonte de energia ou armazenada no fígado e músculos na forma de glicogênio. A resistência à insulina na gravidez: Durante a gestação, o corpo da mulher passa por várias mudanças hormonais e metabólicas para acomodar o crescimento e as necessidades do feto. Uma dessas mudanças envolve uma maior produção de hormônios como progesterona, cortisol, lactogênio placentário e outros. Esses hormônios podem ter um efeito bloqueador na ação da insulina, tornando as células menos sensíveis a ela. Isso é conhecido como resistência à insulina. SP 2.3 Ligeiramente grávida 7 Papel do hormônio placentário: O hormônio lactogênio placentário humano HPL é produzido pela placenta e tem ação semelhante à insulina. Ele age para aumentar a resistência à insulina, principalmente nas últimas fases da gravidez. Isso ocorre porque o feto requer uma quantidade crescente de glicose para seu crescimento. Aumento da glicemia: Devido à resistência à insulina e à maior demanda por glicose, os níveis de glicose no sangue tendem a aumentar na gestante. Esse aumento é conhecido como hiperglicemia fisiológica da gravidez. A glicose extra no sangue é utilizada pelo feto para o seu crescimento e desenvolvimento. Compensação pelo pâncreas: O pâncreas da gestante responde a esse aumento da glicemia produzindo mais insulina. No entanto, mesmo com a produção extra de insulina, algumas gestantes podem não conseguir manter os níveis de glicose completamente normais, resultando em hiperglicemia. Riscos da hiperglicemia gestacional: O aumento dos níveis de glicose no sangue durante a gestação pode ter implicações para a saúde da mãe e do feto. Isso pode incluir um maior risco de desenvolver diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, macrossomia fetal (um feto maior que o normal), entre outros problemas. É importante destacar que a resistência à insulina e o aumento temporário da glicemia fazem parte do processo natural da gravidez e são necessários para o desenvolvimento saudável do feto. No entanto, é fundamental que a gestante seja monitorada e siga as orientações médicas para garantir que esses níveis de glicose permaneçam dentro de limites seguros para a saúde dela e do bebê. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de insulina ou outras intervenções para controlar a glicemia. O que são contrações de treinamento e porque ocorrem? As contrações de treinamento, também conhecidas como contrações de Braxton-Hicks, são contrações uterinas que ocorrem durante a gravidez, mas não estão associadas ao trabalho de parto real. Elas são chamadas de "contrações de treinamento" porque, em essência, são como o útero se exercitando e se preparando para o trabalho de parto. Aqui está uma explicação mais detalhada: Características das contrações de treinamento: São contrações esporádicas que podem ocorrer em diferentes momentos durante a gravidez, mas são mais comuns no terceiro trimestre. Elas são irregulares em termos de frequência e intensidade. Não seguem um padrão definido e podem ser curtas ou durar apenas alguns segundos. Geralmente, não causam dor intensa, embora algumas mulheres possam sentir desconforto ou pressão. Razões para as contrações de treinamento: Preparação do útero: Uma das razões pelas quais essas contrações ocorrem é para ajudar a tonificar o útero, fortalecendo os músculos uterinos para o trabalho de parto real. Aumento do fluxo sanguíneo: As contrações de treinamento também ajudam a aumentar o fluxo sanguíneo para o útero, o que é importante para fornecer oxigênio e nutrientes ao feto. Alongamento do colo do útero: À medida que o colo do útero amadurece e amolece durante a gravidez, você pode sentir essas contrações como parte desse processo. Diferenças entre contrações de treinamento e trabalho de parto real: As contrações de treinamento são irregulares, enquanto as contrações de trabalho de parto se tornam regulares e seguem um padrão consistente. As contrações de treinamento geralmente não causam dor intensa, enquanto as do trabalho de parto podem ser bastante dolorosas e aumentar em intensidade ao longo do tempo. As contrações de treinamento geralmente não resultam em dilatação do colo do útero, ao contrário das contrações do trabalho de parto, que levam à abertura progressiva do colo. É importante lembrar que as contrações de treinamento são uma parte normal da gravidez e não indicam que o parto está prestes a ocorrer. REFERÊNCIAS http://files.bvs.br/upload/S/01007254/2014/v42n2/a4802.pdf Tratado de Obstetrícia FEBRASGO. São Paulo: Elsevier; 2018.