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Galvanização a fogo e outros
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
O trabalho acadêmico a seguir, é baseado em pesquisas relacionadas ao processo químico envolvido na galvanização.
De acordo com o Dicionário Rosseti de Química, podemos definir galvanoplastia como a tecnologia responsável pela transferência de íons metálicos de uma dada superfície sólida ou meio líquido denominado eletrólito, para outra superfície, seja ela metálica ou não. Este processo usa a corrente elétrica, sendo chamado de “eletrólise”.
Informações sobre os diversos tipos de galvanização, tal como suas aplicações, será o objetivo da pesquisa a seguir.
Para a maioria das estruturas e peças que precisam ser protegidas da corrosão, costuma-se dar preferência a um sistema que tenha o menor custo de manutenção possível, mesmo porque, com freqüência, não há possibilidade de acesso para a realização da mesma.
Nesses e em muitos outros casos, o processo de zincagem por imersão a quente quase sempre é o escolhido.
A zincagem por imersão a quente é um processo de revestimento de peças de aço ou ferro fundido, de qualquer tamanho, peso, forma e complexidade, visando sua proteção contra a corrosão.
PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE DO METAL-BASE Após o desengraxamento necessário para remover óleos e graxas, as peças são decapadas geralmente em ácido clorídrico ou sulfúrico. Os inibidores podem ser adicionados ao ácido , de maneira que se removam somente a ferrugem e as escamas (ou carepas) de óxidos e o metal-base seja pouco atacado. O jato abrasivo é muito usado na limpeza de peças fundidas e em peças de aço laminado, para eliminar salpicos de solda, ferrugem, carepas ou tinta, para tornar áspera a superfície da peça ou para melhorar a ancoragem. Nesse caso, apenas uma rápida decapagem é suficiente para remover os óxidos de ferro.
FLUXAGEM A função da fluxagem é remover qualquer impureza remanescente na superfície do metal-base, melhorar a “molhabilidade” pelo zinco fundido e evitar a oxidação das peças. Dois métodos de fluxagem são usados:
No método a seco, a peça decapada é enxaguada em água corrente, mergulhada em tanque de fluxo e secada. Pode-se também aspergir, após a decapagem, sais de fluxo sobre as peças e secá-las antes da imersão no zinco fundido.
No método úmido, a peça é retirada do tanque de enxaguamento, indo direto para o banho de zinco fundido que tem uma camada de fluxo sólido e glicerina sobrenadante na sua superfície.
A escolha do método de fluxagem varia com o tipo de peça e com o zincador, mas não altera a espessura e o valor da proteção final.
Quando imersos na cuba de zincagem, o ferro e o aço são imediatamente molhados pelo zinco. Ao se retirar as peças do banho, uma quantidade de zinco fundido é arrastada sobre as camadas de liga e, ao se solidificar, transforma-se na camada externa de zinco praticamente puro. O resultado é um recobrimento formado por uma camada externa de zinco e várias camadas de liga Fe-Zn que estão unidas metalurgicamente ao metal-base. A temperatura normal de zincagem é de 445 a 455°C; a velocidade da reação é muito rápida a princípio, formando-se durante esse período inicial a maior parte da espessura da camada. Em seguida, a reação passa a ser mais lenta e a espessura não aumenta muito, mesmo que a peça permaneça imersa por longo período.
Observando-se a micrografia do revestimento, ampliada 200 vezes, (ver figura ao lado) vêem-se as várias camadas de liga Fe-Zn formadas durante o processo.
Assim, a primeira camada GAMA (próxima do aço) possui de 21 a 28% de ferro. A Segunda camada DELTA contém de 7 a 12% de ferro. A terceira camada ZETA apresenta de 5,8 a 6,2% de ferro. Finalizando, a Quarta camada ETA é formada praticamente de zinco.
Dependendo da composição química do metal-base e da aspereza da superfície, podem-se obter espessuras de revestimento maiores do que o especificado. Conseqüentemente, como a vida de um revestimento é proporcional à sua espessura, não são poucos os produtos zincados por imersão a quente que duram muito mais do que o calculado pelo revestimento mínimo especificado.
Com chapas ainda não trabalhadas, que podem ser conformadas após a zincagem, o crescimento da camada-liga é deliberadamente suprimido, adicionando-se alumínio ao banho de zinco, para a obtenção de maior durabilidade do revestimento, com sacrifício da espessura.
Essa prática é normalmente empregada nas usinas siderúrgicas enquanto a chapa está em contínuo processamento.
A pureza do zinco utilizado não é crítica. Zincos com 98,0% de pureza, contendo pouco mais de 1,0% de chumbo e pequenos teores de outros metais como cádmio, ferro, estanho e cobre, são satisfatórios. O alumínio às vezes é adicionado em pequenas quantidades (cerca de 0,005%) para aumentar o brilho da peça e deixar o revestimento mais liso.
Durante o processo de zincagem por imersão a quente, dois resíduos aparecem e podem contaminar o banho: a borra, uma massa pastosa constituída de liga Fe-Zn (5,0% + 95,0%), mais pesada do que o zinco fundido, que se concentra no fundo do tanque; e cinza ou escória de óxido de zinco que ser forma na superfície do banho.
1 – Desengraxe
silicatos, hidróxidos, fosfatos, detergentes e outros.
conforme orientações dos fabricantes.
2 – Decapagem
alcalino. Sua remoção é feita em banhos e soluções ácidas, em um processo conhecido como decapagem
Características
solúvel em ácidos
estável e menos solúvel destes óxidos
Aspecto prático: o ácido clorídrico ( muriático ) é o mais comumente usado nas galvanizações brasileiras, nas concentrações de 6 a 12%.
Ataque do ácido: através das rachaduras e poros existentes na camada de oxidação, até atingir o substrato de FeO, promovendo sua dissolução e propiciando o destacamento da camada de óxido.
Quimicamente, o elemento mais solúvel nestas circunstâncias é o Fe base através da reação:
Fe + 2HCl è FeCl2 + H
Cuidado especial: Ocorre a geração de hidrogênio nesta reação que, se por um lado auxilia mecanicamente a remoção da camada, por outro, dissolve-se no ferro base fragilizando a peça (fragilização por hidrogênio)
Utilizam-se então:
peça (ação umectante, facilitando seu “molhamento”)
3 – Lavagem
Após a decapagem é muito importante que as peças sofram uma lavagem em água corrente, em banhos subseqüentes ( de preferência mais de um ) com a finalidade de remover os resíduos produzidos nas reações de decapagem, de forma a minimizar as contaminações dos banhos seguintes.
4 – Fluxagem
A ação do fluxante processa-se sob duas formas: a) parte é consumida na dissolução e escorificação dos resíduos remanescentes b) o restante exerce a função umectante ( ou mordente ) proporcionando um eficiente molhamento da peça pelo zinco fundido
Principais componentes de um fluxante
formando sais duplos
amônia é a redução drástica na formação de borra e a melhor qualidade do acabamento
tratadas, em temperaturas de 65 a 100oC.
elemento de adição e para as condições de operação comumente utilizadas, obtém-se um revestimento constituído por quatro fases
Características principais
chamadas de fases intermediárias
de resfriamento for baixa
fundido aderido à peça por arraste
Aspectos importantes na Galvanização a Fogo
1. Temperatura do processo
As temperaturas usadas para zincagem variam normalmente entre 445 a 455oC.
Cuidados práticos:
excesso de zinco durante a extração do material
paredes da cuba (para o caso de cubas metálicas) se torna muito intensa acelerando seu desgaste e diminuindo sua vida útil
2. Velocidade de imersão e remoção
Velocidade de imersão
camada de zinco se formar na primeira parte da peça, antes que toda ela tenha entrado em contato com o zinco
Velocidade de remoção
será a uniformidade da camada e menos espessa a camada “eta”
3. Tempo de imersão
passando a ocorrer uma estabilidade
corresponde à rapidez da reação entre o zinco e o ferro para, em seguida, ocorrer uma etapa de reação mais lenta, correspondendo a um conseqüente crescimento mais lento da camada Aspecto prático
borbulhamento da superfície do banho. Para espessuras normais de camadas, este fenômeno é uma indicação do fim de reação e do momento de retirada da peça do banho
4. Composição do material base a ser galvanizado (aço/ferro fundido )
Fator dos mais importantes na formação e evolução da camada zincada
silício, fósforo, enxofre e manganês (C-Si-P-S-Mn)
obtendo-se camadas espessas e de coloração escura acinzentada
5. Composição do banho de zinco
com pureza igual a 99,995%
alumínio. É adicionado em pequenas quantidades, de forma a se ter no banho de galvanização em média cerca de 0,0050%
ocorrer vários tipos de problemas nas peças galvanizadas além de reagir com o aço da cuba metálica
96% Zn e 4% Fe
normal de trabalho, que se depositam no fundo da cuba durante o processo de galvanização
condutor de calor) e o aspecto das peças zincadas, quando adere a sua superfície
origem para poder controlar sua formação
Cinza de Zinco
óxido de zinco, zinco metálico e cloretos em teores variáveis
do ar e as escórias da reação fluxo-zinco-ferro
Facilitadores na geração de cinza
banho
é a formação de cinzas
O processo anteriormente detalhado, a galvanização, é uma saída quimicamente eficiente para reduzir grandes perdas de ferro que oxidam devido a exposição ao ar e a água. Tratando de maneira simplificada, a galvonoplastia é a ligação do zinco metalurgicamente ao aço, que proporciona tripla proteção às peças que são revestidas.
Apesar do investimento inicial, que varia de acordo com o tamanho dos ítens em que o processo é aplicado, a longo prazo há menores custos de manutenção em relação a pintura e desgaste devido a corrosão. Entretanto, a galvanização também apresenta custo de manutenção, o sistema mais econômico é o processo de zincagem por imersão a quente em cubas em que o zinco e fundido e arrastados sobre às peças molhadas pelo mesmo composto.