Baixe lista de algebra linear transformação linear e outras Exercícios em PDF para Geometria Analítica e Álgebra Linear, somente na Docsity! Álgebra Linear - Exercícios
(Transformações Lineares)
Índice
1 Transformações Lineares
1 Transformações Lineares
e Determinar o núcleo consiste em resolver o sistema de equações 4ov = 0
nas variáveis v. Construamos a matriz ampliada do sistema e resolvamos
por condensação:
00 0/0
0 1 2/0 | La La+(-1)Lz
01 1/0
00 0/0
0 1 2/0 |L2+6 1, +2L
00 1/0
00 0 ]0
01 010
00 -1/0
Dado que rA, = 2 < 3 0 sistema é possível e indeterminado com grau de
indeterminação 1, c a solução é da forma:
v vu
v |=| 0 =
vz 0
O contradomínio, ou imagem, de T>, denotado por Im (T>) ou T> (R?) é
dado pelo conjunto Im (Tb) = (w E Rº:T>(v) =w,Voers). Temos as-
sim que analisar a forma dos vectores Apv. Note-se que A2v consiste na
combinação linear das colunas de As:
0 0 0
Av=v| 0 |+vw|l1l|+w|2
0 1 1
0 0
É evidente que apenas | 1 | e | 2 | são linearmente independentes
1 1
(não são múltiplos um do outro), pelo que, não esquecendo que estamos a
tentar descobrir a forma de w, se terá com vector genérico de Im (T>):
0
1
O |,;meR
w 0 0
uw |=vw|1|+03|2 |,u,veR
w3 1
Tem-se claramente, Nuc(T1) = Nuc(T>). Embora de modo menos claro,
também se tem Im (71) = Im (T>). Basta verificar que os vectores da base
1 Transformações Lineares
0 0
de Im (T»), ( 1 | , | 2 | | se podem escrever como combinação linear
1 1
dos vectores da base de Im (71), o que significa que os vectores da base de
Im (71) geram o conjunto Im (T;). Deste modo, tem-se Im (Ti) = Im (73).
Exercício 2 Verifique se a aplicação T se qualifica como transformação linear:
Rº,
T;R SR eT(z,y)=(22-9,0)
Solução
Temos de verificar se T (au + Bv) = aT (u) + BT (v),Vuver2; Va,per- Faça-
mos então u = (um, u2) ev = (vi, vz).
T (au + Bu)
= T(a(w,ua) +8(w,02))
= T(au + Bu, au + Bva)
= (2(aw + Bm) — (aus + Bus) ,0)
= (20u — qua + 2801 — Bv2,0)
= (20u — aup,0) + (2801 — Bv2,0)
= (Zu — u2,0) + B (2 — 02,0)
= aT(u)+8T(v)
Logo, T é uma transformação linear.
Exercício 3 Determine a matriz da transformação de cada uma das seguintes
transformações lineares, considerando a base canónica:
a) T:;R2>R2 eT(x,y)=(22-—9,0)
bd) T:RE >R2 eT(x,y) = (2x —y,2)
JTIRSR eT(z,y2)=(22-y,0,4+2)
d) T:R3 >Rº eT(2,y,2) = (0,0,9)
Solução
Consideremos a base canónica para R?, (e; = (1,0),e» = (0,1), e para Rº,
Ter = (1,0,0),e2 = (0,1,0),es = (0,0,1)>.
1 Transformações Lineares
T(e)=T(,0)=(2,0)=2:e,40-e2
) ( T(eo)=T(0,1) = (1,0) =(-1)-e1+0-€2
A matriz da transformação, 4, será uma matriz do tipo 2 x 2 cujas colunas
são as coordenadas de T (e;) na base (e;):
W LTe)=TA,0)=(8D=2-e+1-e»
) À Pl) =P(01)=(-1,0)= (1) ce: +0-c»
A matriz da transformação, A, será uma matriz do tipo 2x 2 cujas colunas
são as coordenadas de T (e;) na base (e;):
2-1
1-0]
T(e)=T(1,0,0)=(2,0,0)=2-e;+0-e2+0-es
co) 4 T(e)=T(0,1,0)=(-1,0,1)=(-1) e +0-es+1-es
T(es)=T(0,0,1)=(0,0,1)=0-e;+0-es+1-es
A matriz da transformação, 4, será uma matriz do tipo 3x 3 cujas colunas
são as coordenadas de T'(e;) na base (e;):
2-10
A=|0 0 0
011
( T(0,1,0)=(0,0,1)=0-e;+0-es+1-es
T(es)=T(0,0,1) = (0,0,0) =0-e1 +0-e2+0-es
A matriz da transformação, 4, será uma matriz do tipo 3 x 3 cujas colunas
são as coordenadas de T (e;) na base (e;):
T(e)=T(1,0,0) = (0,0,0) =0-e1 +0-e2+0-es
d) ( T(ea)= =(
voo
noo
coo
Los
Exercício 4 Determine a imagem do vector (—2,4) relativamente a cada uma
das seguintes transformações lineares. Utilizando primeiro a definição e em
seguida utilizando a matriz de cada transformação:
1 Transformações Lineares
i) Temos de verificar se
T(aA + 842) =0T (A) + BT (Ao), Va, A3eMo(R)» Va, 6eR
Façamos então 4; = [ o k | eA= [ o b |
T(aA, + BA)
o q by ao dba
«nela areia a)
aa + Ba abr + Bba
aci + Becas ady + Bdo
am by +Bbo
aci dy + Bda
Bas abr + Bda
Bca ady + Bda
— jam ab +) SM Bbo Bas abr Bas Ba
— Ja ad ac; Bda Bea ady Bco Bda
=02 a ba as br 2
= ClAl+ab o q 18 dy [FIM
a b a b
= ctr(4) + 8ºr (4) ras (for da Joia du |)
* ar(u)+B7(o)
Logo, T' não é uma transformação linear.
ii) Temos de verificar se:
T(aA, + 842) =0T (Ay) + BT (As) Va, ,4,eMa(R)) Va, ger
Façamos então 4; = [ ' k | eAo= [ o b |
T(aA, +84) =
(la aleli a])
o r([ am +Baz ab, + Bbo |)
aci + Bco ady + Bda
2(aa+ Baz)+3(abi+ Bbo)+Haci+ Bea)—(adi+ Bda)
a-(20) +3b, +ci — dy) + 8 - (2a2 + 3ba + co — do)
= 0T(A) + BT (As)
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1 Transformações Lineares
Logo, T é uma transformação linear.
Exercício 6 Seja T uma transformação linear em Rº dada por T (x,y,2) =
(am -w-2).
a) Indique o núcleo de 'T, a sua dimensão e uma base.
b) Determine a dimensão da imagem de Rê dada por T.
c) T é sobrejectiva? Justifique.
Solução
a) Consideremos a base canónica para Rº:
ter = (1,0,0),e2 = (0,1,0),es = (0,0,1))
Determinemos a matriz da transformação:
T(a)=T(1,0,0)=(0,1,0)=0-e+1-e2+0-es
T(e)=T(0,1,0)=(0,-1,0)=0-e;+(—1)-es+0-es
T(es)=T(0,0,1)=(1,0,-1)=1-e,+0-es+(-1)- es
A matriz da transformação, A, será uma matriz do tipo 3x 3 cujas colunas
são as coordenadas de T (e;) na base (e;):
O núcleo da transformação é dado pelo conjunto
Nuc(T)= (ve R*:T(v)=0)
Determinar o núcleo consiste em resolver o sistema de equações Av = 0
nas variáveis v. Construamos a matriz ampliada do sistema e resolvamos
por condensação:
0 0 1140
1-1 0 ]0 Ly co Ly
0 0 -—1]0
1-1 0 ]0
0.0 110 Ly Ly+L
0 0 1/0
1-1 0/0
0 0 1/0
0 0 0/0
Transformações Lineares
Dado que ra = 2 < 3 0 sistema é possível e indeterminado com grau de
indeterminação 1, e a solução é da forma:
vi vz 1
vl=|0 |=n|1|,weR
vz 0
on
Assim, Nuc(T) tem dimensão 1 (nulidade é 1) e base ( | | j
b) Sabendo que
dim (Nuc(T)) + dim (Im (T)) = dim (R?)
... teremos, 1 + dim (Im (T)) = 3 e portanto dim (Im (T)) = 2.
c) A transformação T é sobrejectriva se Vwens, Ivens : T(v) = w. É simples
verificar que um vector genérico de Im (T') terá a forma Av, isto é, será
combinação linear das colunas de 4. A primeira e segunda colunas de
A são múltiplas entre si, logo, são linearmente dependentes. Tal significa
0 1
que Im (7) terá como base, por exemplo, ( | 1].1 0 + Ora, nestas
0 —1
1
circunstâncias poderemos facilmente inferir que o vector wo = | 0 | ER?
0
não pode ser obtido por combinação linear dos vectores da base de Im (T),
isto é, não existe um vector v tal que T(v) = wo. Confirmemos que de
facto assim é, verificando que o sistema Av = 1 é impossível, para o que
estudaremos a matriz ampliada:
o 0 1/1
14 0 | Le
0 0 -—1]/0
1-1 0 ]0
0 0 1/1 |LoL5+L
0 0 -—1]0
1
0
0
-1 0/0
o 1/0
o 0/1
Como previsível tem-se ra =2 < 3=r4|p, isto é, o sistema é impossível.
12
1 Transformações Lineares
-3 —1 0
A=|2 01
4 3 1
Verificando que |A| = 0-4+0-—(0-9-2) = 7 £ O concluímos que
A é regular e portanto T é invertível. A teoria ensina que a matriz da
transformação inversa T-! é precisamente a matriz A“!. Utilizando um
qualquer método de inversão (por condensação ou pela matriz adjunta)
conlui-se que:
“leo
“at
Al =
te (atm
Ú jts b
=altoateo
tomo |
Exercício 9 Seja T uma transformação linear em R? definida por:
T(a,x>,23) = (am,apto,asx3), a; ER,i=1,2,3 e fixos.
Determine as condições que a1,a2 e ag devem satisfazer para T admitir
inversa, e obtenha a expressão de T-1.
Solução
A transformação inversa, T”!, existirá se a matriz da transformação T for
regular. Comecemos então por determinar esta matriz: consideremos a base
canónica para Rê, (e; = (1,0,0),e2 = (0,1,0),es = (0,0,1)).
T(e)=T(1,0,0)=(01,0,0)=a «e +0-e2+0-es
T(e)=T(0,1,0)=(0,02,/0)=0-e;+az-ez+0-es
T(es)=T(0,0,1)=(0,0,03)=0-e;+0-es+as-es
A matriz da transformação, 4, será uma matriz do tipo 3 x 3 cujas colunas
são as coordenadas de T (e;) na base (fi):
q 00
A=|0 a 0
0 0 as
Verificando que |A] = ajazag concluímos que A é regular, e portanto T
é invertível, se e só se japas £ O. Deveremos portanto impor as condições
q £0ha £0OAas £ OA. A teoria ensina que a matriz da transformação
inversa T-1 é precisamente a matriz A-!, Utilizando um qualquer método de
inversão (por condensação ou pela matriz adjunta) conclui-se que:
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1 Transformações Lineares
a lgio
4t=|0 40
00 &
Exercício 10 Seja T uma transformação linear de R3 em R? definida por:
T(a) = (Ti (x), To (2)
. com Ty e To transformações lineares de Rê em R.
Mostre que T é transformação linear se e só se Ti e T» são transformações
lineares.
Solução
(==>) Suponhamos que T é uma transformação linear. Pretende-se mostrar que
Ty e T; são transformações lineares.
Se T é uma transformação linear teremos:
T (au + Bu) =aT (u) + BT (0) ,Vuvers, Va,gem
Desenvolvendo ambas os termos das igualdades teremos:
T (au + Bv) (Ti (ou + Bu), To (au + Bu))
(u) +87T(0) = a(M (u), To (u)) + 8 (Mi (0), To (0))
Teremos assim:
(Ti (au + Bv),To (au + Bv) = a(T (u),To (u)) + B(M (0), To (v))
= (aM (u) ,aT> (u)) + (87 (v) To (v))
(aT (u) + 87 (0) ,aT> (u) + BT> (v))
O que implica que:
(Ti (au + Bo), To (au + Bv)) = (aTi (u) +87 (v),aTa (u) +87 (v)) +=
Ty (ou + Bu) = Ty (u) + BT; (0)
+ (if go Dara Lo)
Mas então Ti e T» são transformações lineares.
16
1 Transformações Lineares
(+=) Suponhamos que 7) e T» são transformações lineares. Pretende-se mostrar
que T é uma transformação linear.
Se Tj e T; são transformações lineares teremos:
Ty (au + Bu) = Ti (u) + BM (0), Vuvers, Va ger
e
To (au + Bv) = Ta (u) + BTo (v) ,Vuver?, Vo geR
Pretende-se mostrar que T (au + Bv) = aT (u) + BT (v),Vu,veRs, Va,ger:
T (au + Bu) (Mi (au + Bu), To (au + Bu)
(aTh (u) + 87% (0) ,aTo (u) + BT» (0)
(aT (u) ,aT» (u)) + (7 (0), BT> (0)
= a(M (u), To (u) + 8(My (0), To (0)
= aT(u)+6T(0)
Logo, T é uma transformação linear.
Exercício 11 Seja P» o espaço vectorial dos polinómios de coeficientes reais
de grau menor ou igual a 2. Considere a transformação linear T, de P3 em si
mesmo, definida por T [p (x)] =p (2 +1) — p(x) ,Vp(ojera-
a) Indique, justificando, uma base para a imagem de T.
b) Determine o núcleo da transformação lincar T, a sua dimensão e uma
base.
Solução
a) Comecemos por determinar a matriz da transformação T considerando a
base canónica para Pp, (er =22,e,=2,e3=1):
T(e)=T()=(2+412-22=2041=0-+2-es+1-e3
T(e)=T(r)=(2+1) =0:e+0-e+1-es
T(es)=T(l)=1-1=0=0-e,+0-e2+0-es
A matriz da transformação, A, será uma matriz do tipo 3 x 3 cujas colunas
são as coordenadas de T' (e;) na base (fi):
1 Transformações Lineares
Poderemos escrever esta matriz como a seguinte combinação linear de
matrizes:
100 010 001
a/0 0 0|+b|[1 0 0|+c|/0 0 0]+
000 000 100
000 000 000
d/010|+e/0 0 1|+f/0 0 0 | Vabedefer
000 010 001
Concluímos assim, que no caso n = 3, a nulidade é 6 e a base é constituída.
pelos vectores:
1
, , 0 |,
0
00 0 000
1/0 1 > 0 5/0 0 0 »Vasbsed,e fER
00 1 001
Poderemos facilmente inferir que, no caso geral, a nulidade será 1 + 2 +
e +n= nel e a base será constituída pelos matrizes com os seguintes
elementos:
con
soo
soo
con
oHo voo
ooo
Soo sono
ooo 9090
mj=1, iDj=1,
Wj=aj i<Xj=1,
c) Consideremos então base canónica para Mo (R):
te=Lo oJe-[o o)s-[2o)e-[01])
Determinemos a matriz da transformação:
20
1 Transformações Lineares
nezo(88D- [88-88] -[88]-
=0-e,+0-e2+0-e3+0-e4 r
recife EESTI
=0-e+1-es+(-1)-es+0-e4 7
nos" [ASAE
e+(-1)-es+1-e3+0-e4 r
red=r(fo 2)=Lo 2] [o 1] =Lo0]=
=0-e,+0-e2+0-e3+0-e4
A matriz da transformação, A, será uma matriz do tipo 4x 4 cujas colunas
são as coordenadas de T (e;) na base (e;):
00 10
01-10
4=|0 210
00 00
Exercício 13 Seja T uma transformação lincar em R, onde T(1,0,0) =
(10,3,-1), T(0,1,0) = (5,3,-4) e T(0,0,1) = (4,6,-10). Determine T (v)
onde v = (9, 4,9).
Solução
Comecemos por determinar a matriz da transformação: consideremos a base
canónica para R$, (e; = (1,0,0),e2 = (0,1,0),e3 = (0,0,1)).
T(e)=T(1,0,0) = (10,3,-1)=10-e;+3-e2+(-1) -es
T(e)=T(0,1,0)=(5,3,-4)=5-e+3-e2+(-4) «es
T (es) = T(0,0,1) = (4,6,-10) = 4-e; +6-e2 + (-10) -eg
A matriz da transformação, 4, será uma matriz do tipo 3 x 3 cujas colunas
são as coordenadas de T (e;) na base (fi):
10 5 4
A=|3 3 6
-1 —4 —10
Como o vector v = (9, 4,9) se pode escrever como combinação linear da
base escolhida do seguinte modo: 9-e; + (—4)- e» +9-es, resulta que as coorde-
9
nadas do vector v na base canónica são | —4 |. Conclui-se que as coordenadas
9
21
1 Transformações Lineares
de T (v) na base canónica se podem determinar fazendo o produto Av (v neste
contexto refere-se às coordenadas e não ao vector propriamente dito):
10 5 4 9 106
Av=| 3 3 6 —4 | =| 69
-1 —4 —10 9 —83
106
Assim, o vector T (v) tem coordenadas | 69 | na base canónica pelo que
—83
pode ser escrito como 106 - e; + 69-e> + (—83) -e3. Um simples cálculo permite
verificar que:
T(v) = 106-e,+69-e2 +(-83) -es
= 106-(1,0,0) +69- (0,1,0) + (-83) : (0,0,1)
= (-8,0)
Exercício 14 Seja T uma transformação em R2: T(x,y)=(k-z,z+y),k E
R.
a) Prove que T é linear.
b) Determine k de modo a que a transformação T admita inversa e, para
esses valores, obtenha a transformação inversa T—1.
c) Considere k = 0. Determine a dimensão e uma base no núcleo de T.
Solução
Exercício 15 Suponha que V e W são espaços vectoriais eUT:V > W
transformações lineares.
a) O que entende por núcleo de 'T?
b) Mostre que Núc(U + T) 2 Núc(U) N Núc(T).
Solução
22