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Fisioterapia dermato-funcional, Notas de estudo de Enfermagem

FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 29/07/2010

usuário desconhecido
usuário desconhecido 🇧🇷

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FUNDAMENTOS 1asso Preso da Eta IÉIO ans Prefácio da Segunda Edição . Prefácio da Terceira Edição .. Agradecimentos . Dedicatórias Introdução .... Parte | = FUNDAMENTOS CAPÍTULO | - Noções de Citologia e Histologia msm eres 3 ME CAPÍIULOT = Ultra-Som Agentes de Acoplamento .... “Técnicas de Aplicação do Ultra-Som Mecanismos de Interação Efeitos Terapêuticos | Fonoforese Efeito Bioquímico .. Efeito Bioelétrico ... Densidade Energética Número e Hrequência das Sessões Forma de Depositar a Energia CE CAPÍTULOS cActinoterapia ea | Radiação Ultravioleta . Efeitos Fisiológicos ER By BE CAPÍTULO 0 Atividade Física O Trabalho Muscular . O Exercício Resistido . O Exercício Localizado .. Adaptações Gerais Decorrentes do Condicionamento Físico A Ação do Exercício Sobre os Diferentes Sistemas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS — Parte Il. + E CAPÍTULO II = Envelhecimento 242 243 2H 253 5% Eta aeb dl Eiro ad vo RR E CAPÍTULO 2 Obesidade e Facidez.... memo AB | Abordagens Terapêuticas Ex] Flacidez j 335 Abordagens Terapêuticas .... meras 30 CAPÍTULO 13 — Fibro Edema Gelóide (Celulite 7 Abordagens Terapéuticas ... e ess 37 “Hratamento Cirúrgico 367 Terapia Nutricional ... 369 “erapia Medicamentosa 369 Terapia Física .......... 33 Eletroterapia ms + Endermologia - Dermotoni 381 Ultra-Som 38] Laser... 3+ Massagem .... 355 Bandagem bria 387 CAPÍTULO H- Estrias ....... Abordagens Terapéuticas .... CAPÍTULO 15 = Cicatriz Iipertrófica e Quelóide meo AB Abordagens Terapêuticas +H9 CAPÍTULO 16 = Cosietologia 45 Ácido Retinóico 427 Ácido Clicólico .. BI Colágeno .. RI Elastina . 4 Vitaminas ....... CAPÍTULO 17 = Pré e Pós-Cirurgia Plástica «sms 437 Cirurgias para Rejuvenescimento Facial Mamoplastia ... Abdominoplast Lipoaspiração . 48 Lipoensertia Hd Procedimentos Fisioterapênticos na Fase Pré-Cinúrgica . Procedimentos Fisioterapêuticos na Fase Pos-Cirímgica .. sumi 447 Sabe-se que células agrupadas que são similares quanto à estrutura, função e ori- gem embrionária, e que são unidas por quantidades variadas de material intercelular, são chamadas de tecidos. Apesar da complexidade do organismo humano, há apenas quatro tipos básicos de tecidos: o epitelial, o conjuntivo, o muscular e o nervoso. Os epitélios são, por definição, camadas de células que recobrem as supertícies e revestem as cavidades do corpo. Em geral, recobrem a maioria das superfícies livres do corpo, intema e externamente. Os cpitélios são constituídos por células geralmente poliédricas, justapostas, entre as quais encontra-se pouca substância intercelular, Uma das propriedades dos tecidos epiteliais é a capacidade de coesão entre as suas células, que formam camadas cclula- res contínuas. Ascélulas epiteliais estão sempre acompanhadas de tecido conjuntivo subjacente, e ficam ligadas a ele por uma delgada camada denominada membrana basal, Devido à especificidade dos assuntos abordados neste livro, faz-se necessário que determinados temas tenham um melhor enfoque. em detrimento de outros. Por essa e Histolo gia 4 FistorTERarIA DERMATO-FUNCIONAL TECIDO EPITELIAL O epitélio pode ser classificado em duas categorias; membranas de cobertura ou revestimento e glandular. Os tecidos epiteliais são formados por células intimamente unidas, com uma quantidade mínima de material intercelular. Eles formam uma barreira que recobre as superfícies do corpo e o revestimento dos tubos e ductos que se comunicam com a superfície. Também revestem as cavidades naturais como, por exemplo, a boca, as fos- sas nasais € 0 conduto auditivo. Composição As membranas epiteliais são compostas unicamente por células. Para que as célu- las epiteliais formem uma membrana continua, suas bordas são unidas pelas junções celulares. Essas membranas possuem espessura variável, sendo que algumas têm a espessura de apenas uma célula. Funções O tecidos epiteliais têm como funções principais: revestimento das superfícies; absorção; secreção; sensorial, A larga distribuição dos epitélios no organismo, em órgãos com as mais diversas funções, explica a variada morfologia é fisiologia dos tecidos epiteliais. Nutrição e Inervação Com raras exceções, os vasos sangulncos não penetram nos epitélios, de modo que não há contato direto das suas células com a parede dos vasos. À nutrição dos epi- télios geralmente é feita por difusão dos nutrientes através da membrana basal, que é a conexão ao tecido conjuntivo. Portanto. para que o exigênio € os nulrientes possam chegar às suas células, eles devem se difundir pola substância intercelular do tecido conjuntivo subjacente, a partir dos capilares deste. No caso dos epitélios plurtestratifi- cados, os nutrientes devem passar por um número variável de camadas para atingir as células mais superficiais. Os epitélios são inervados, recebendo terminações nervosas livres que, às vezes, formam unia rica rede intra-epitelial. Classificação O epitélio de revestimento é geralmente classificado de acordo com a forma das Noções DE CiroLocia E HistoLocia 7 do certa resistência às trações em qualquer direção, como por exemplo na derme, Já no fesido conjuntivo denso regular, os feixes colágenas são orientados seguindo uma orga- mização fixa, em resposta a trações exercidas num determinado sentido, como por esemplo nos tendões musculares. Tecido conjuntivo de propriedades especiais: Neste contedo enquadram-se os fecidos: adiposo, elástico, reticular e mucoso, os quais serão abordados juntamente com es seis respectivos componentes principais. Ainda como classificação do tecido conjuntivo temos o tecido cartilaginoso e o fecido ósseo, os quais não serão abordados neste capítulo. Substância Fundamental Amorfa Asubstância fundamental amorfa se caracteriza por preencher os espaços entre as células e as fibras do conjuntivo e, sendo viscosa, representa, até certo ponto, uma bar- meira à penetração de partículas estranhas no interior dos tecidos. A sua consistência varia desde um gel fluido até um gel semi-sólido. Para Ciporkin & Paschoal” a fase gel énica em proteoglicanos, e adquire uma capacidade físico-química de fixar líquido para dentro de sua estrutura, efeito este chamado de “esponja”. À pressão osmóica pode ser aumentada por ação dos proteoglicanos, afetando consequentemente o transporte e a retenção de íons na matriz extracelular. Portanto, a difusão da matriz estaria afetada em diversas circunstâncias, sendo que mudanças no seu estado e composição química influenciaram profundamente tanto as células quanto o tecido como um todo” A importância dos glicosaminoglicanos não se restringe à sustentação e transporte molecular, eles atuam também na produção do colágeno pelos fibroblastos, bem como oseu arranjo tridimensional” Além disso, os proteoglicanos são capazes de incremen- taro depósito de colágeno e reconstituir a matriz extracelular” A substância fundamental amorfa constitui o elemento não fibroso da matriz, na qualascélulas e outros componentes estão mergulhados. É incolor, transparente e opti- camente homogênea, formada principalmente por proteoglicanas, ácido hialurônico e glicoproteínas. Dentre as principais classes de macromoléculas, estão os mucopolissa- carídeos, também denominados de glicosaminoglicanos, que quando ligados covalen- temente às proteinas, formam complexos de alto peso molecular denominados proteo- glicanos. + Os glicosaminoglicanos unidos aos proteoglicanos formam um gel amoro, hidra- tado, no qual as fibras colágenas e do sistema elástico ficam embebidas, Enquanto as fibras elásticas dão sustentação, ajudando a organizar a matriz, a fase aquosa do gel constituída de polissacarídeos permite a difusão dos nutrientes, metabólitos « hormô- nios entre o sistema circulatório e as células teciduais > Dentre os glicosaminoglicanos não sulfatados, o mais abundante no tecido con- juntivo é o ácido hialurônico, sendo que entre os sulfatados os mais abundantes são os sulfatos de condroitina * Os glicosaminoglicanos são glicídios de peso molecular cleva- do, extremamente hidrófilos, por possuírem radicais sulfatados, de modo que cada molécula se liga a um grande número de moléculas de água. A água na substância fun- & FISIOTERAPIA LERMATO-PUNCIONAL damental acha-se em sua quase totalidade na camada de solvatação dos glicosamino- glicanas e serve de veículo para a passagem, por difusão, de substâncias hidrssolúveis, as quais se difundem pelo conjuntivo sem que haja movimento de líquidos, A presença de grupos carregados negativamente em muitos destes polímeros determina seu poder de fixar íons, de modo que eles podem agir como uma barreira seletiva à passagem de fons inorgânicos e moléculas carregadas. O sódio, no tecido conjuntivo, é a sulsstância mais comumente encontrada ligada aos glicasaminoglicanos, No conjuntivo, ao lado da substância fundamental, o líquido intersticial contém pequenas quantidades de proteínas plasmáticas de pequeno peso molecular, que vessam a parede dos capilares devido à pressão hidrastática do sangue. A água pres nasubstância intercelular do conjuntivo origina-se do sangue, passando através da pare- de dos capilares para os espaços intercelulares do tecido, À parede dos capilares é impermeável às macromoléculas, porém deixa passar água, íons e moléculas pequenas, inclusive algumas proteínas de baixo peso molecular. Em condições normais a quanti- dade de líquido intersticial é insignificante. Vários fatores podem modificar os glicosaminoglicanos e proteoglicanos na matriz; idade (diminuição na fase senil)” gravidez (aumento), diabetes (diminuição na concentração), hormônios (estrógeno — aumento, ACTH = diminuição, cortisol — diminuição), enzimas (a hialuronidase hidrolisa o ácido hialurônico, mas não os glico- saminoglicanos que são ácidos sulfatados)” radicais livres (despolimerizam o ácido hia- lurônico)” vitaminas Ac € (regulam a síntese e secreção), entre outros. nte Fibras Colágenas As fibras colágenas são as mais frequentes do tecido conjuntivo, sendo constituídas por uma escleroproteína denominada colágeno, que proporciona o arcabouço extrace- lular para todos os organismos pluricelula emo colágeno, o homem ficaria redu- 2ido a um amontoado de células. O colágeno é a proteina mais abundante do corpo humano, representando 30% do total das proteínas deste. Esta proteina representa aproximadamente 70% do peso da pele seca. Foram isolados e caracterizados cinco tipos de colágeno. Os mais conheci- dos são os colágenos intersticiais do tipo 1, IT e ML O tipo |, principal constituinte da pele, tendão, osso e paredes dos vasos, é sintetizado por fibroblastos, células do muúscu- lo liso e asteoblastos* Enquanto os osteoblastos sintetizam somente o colágeno do tipo |, as células do músculo liso também produzem colágeno do tipo TIL O tipo Il, constituinte da cartilagem hialina, é produzido pelos condrócitos. O colágeno tem como função fornecer resistência e integridade estrutural a diver- sos tecidos e órgãos, sendo que para se romper uma fibra de colágeno de | mm de diá- metro, exige-se uma carga de 10 a 40 kg,” A unidade protéica que se polimeriza para formar as microfibrilas é o tropocaláge- no, sendo que a polimerização do colágeno é particularmente dependente do equilf- brio eletrolítico da substância fundamental, Cada molécula de tropocolágeno pode ser 5 arranjadas em uma tríplice que são constituídas de microfibrilas e pouco material amorfo, situadas na junção as denominadas enitalânicas são considera derme-cpiderme. Outras fil as pré-elásti- cas ou imaturas, ou modifi s, por não apresentarem elastina, e estão presentes em zonas submetidas a altas tensões, tais como ligamentos e tendões Os fibroblastos sintetizam men icoproteínas microfibrilares carregadas negal te, formando as fibras oxitalânicas c a tropoelastina care lastina através de microfibrilas, para formar fibras elaumínicas gala positivamente. À tropoe- 1 precursora solúvel da elastina, e é atraída por forças eletrostáticas negativas À elastina no organismo adulto se apresenta em contínuo catabolismo fisiológico, que é induzido pelas elastases e acelerado pela deposição de lipídios e cálcio no tecido elástico, É sintetizada pelas células musculares lisas, células endoteliais, fibroblastos € condroblastos fibrocartilaginosos.* As alterações d iniciam por volta dos trinta anos, ficando mais acer enerativas das fibras elásticas relacionadas ao envelhecimento se idas aos setenta; há um progres- sivo desaparecimento das fibras elásticas da dee superficial, com consequente aumento dos lipídios. O seu envelhecimento é carac terizado por cistos e lacunas, que 1 das outras. Anormalidades de fibras elásticas são resultam na separação de uma fik também encontradas na pele de jovens diabéticos” ou de portadores de estrias atrófi- cas (Figura 1-1) Nassociação de uma determinada altcração morfológica a um defeil E bioquímico específico é difícil, quando não há defeito molecular óbvio. Parece que a matriz do teci- do conjuntivo da derme elabora uma resposta coordenada para uma alteração genéti- ca, influenciando não apenas aquela proteína, mas também a estrutura de outras, bem como as propriedades mecânicas e arquiestruturais do tecido, mantendo relação entre os achados elínicos e os defeitos bioquímicos. às alterações das fibras elísticas adquiridas com o envelhecimento diferem das encontradas na principal alteração do envelhecimento da pele, a elastose actínica que é uma perda progressiva da elasticidade da pele Muitas patologias dermatológicas promovem alterações morfológicas do sistema gi elástico perfeitamente conhecidas e alterações bioquímicas não completamente chr- Noções pe CiroLocIA E HistoLocia MN As fibras elásticas são os maiores elementos da derme a serem eliminados transepi- telialmente em estados patológicos, numa situação caracterizada como reação de eorpo estranho, envolvendo linfócitos e histiócitos,” Há algumas situações adquiridas de destruição das fibras elásticas, como a atrofia macular, caracterizada histologicamente por uma deficiência adquirida do tecido con- fmtivo da derme, particulamente do tecido elástico. As estrias são atrofias adquiridas, em que as fibras elásticas são escassas e a pele atrófica. Fibras Reticulares São fibras anastormosadas umas às outras, que se dispõem formando uma estrutu- = semelhante a uma rede. Estas fibras com frequência formam o arcabouço intemo destroma) das glândulas, através do qual as células epiteliais que formam o corpo da glândula permanecem unidas. As fibras reticulares são curtas, finas e inelásticas, consti- fusídas principalmente por um tipo de colágeno denominado reticulina. São particular mente abundantes. Os fibroblastos são responsáveis pela sua produção na maioria dos tecidos conjuntivos. As células do tecido conjuntivo, com suas características e funções próprias, deter- minam o aparecimento de vários tipos de tecidos. São elas: fibroblastos, macrófagos, células mesenquimatosas indiferenciadas, mastócitos, plasmócitos, leucócitos e células adiposas. Fibroblasto Eacélula mais comum do tecido, responsável pela formação das fibras e do mate- ral intercelular amorto. Sintetiza colágeno, mucopolissacarídeo e também fibras elásti- cas, À forma ativa da célula é denominada de fibroblasto, possui prolongamentos cito- plasmáticos irregulares, e seu mícleo apresenta forma oxóide, de cor cl mucléolo evidente e cromatina fina. Já a denominação utilizada para a forma inativa da célula é fibrócito, que é menor, fusiforme e com ínfimos prolongamentos. Nesta forma, o núcleo apresenta-se menor, alongado « escuro. Mediante um estímulo adequado, como ocorre nos processos de cicatrização, o fibrócito pode voltar a sintetizar fibras, reassumindo o aspecto de fibroblasto.”! Os fibroblastos são particularmente ativos durante o processo de reparação. À ati- vidade fibroblástica é influenciada por vários fatores, tais como regimes dietéticos e níveis de hormônio esteróide. Na deficiência em vitamina C existe uma dificuldade na formação de colágeno. No tecido conjuntivo adulto, os fibroblastos não se dividem com fregj ape- nas entram em mitose quando ocorre uma solicitação, como, por exemplo, nas lesões do tecido conjuntivo. Dentre os diferentes tipos de células diferenciadas de um dado tecido, as que melhor crescem em culturas são os fibroblastos, cuja velocidade corresponde à das células do tecido conjuntivo. Este fato é importante uma vez que é possível obter-se res- postas biológicas in vitro utilizando-se células animais em cultura. À utilização dos fibro- . com O Noções pe CiroLocia E HistoLocia 13 Sintetizam os anticorpos circulantes encontrados no sangue e são pouco numero mo tecido conjuntivo normal, aparecendo em grande quantidade nas áreas onde inflamação crônica. “São células frequentemente encontradas no conjuntivo, vindas do sangue por através das paredes des capilares e vênulas, Esta migração aumenta nos pro- inflamatórios. Adiposa As células adiposas, ou adipócitos, ocorrem isoladamente ou em grupos nas de muitos tecidos conjuntivos, sendo especialmente numerosas no tecido adi- À medida que a gordura se acumula, as células aumentam de tamanho e se tor- globosas, a gordura aparece primeiramente como pequenas gotas que, posterior- - juntam-se para formar uma só gota. A mobilização da gordura está sob o nervoso e hormonal que leva à liberação de ácidos graxos e glicerol, os quais passam para o sangue. À noradrenalina liberada nas terminações pós-ganglionares dos menos simpáticos do tecido adiposo é particularmente importante a este respeito, sguando o organismo está sujeito a atividades físicas intensas, jejum prolongado ou frio. Acredita-se que os adipócitos evoluam do fibroblasto, tanto no desenvolvimento moema, como em várias circunstâncias patológicas, como no caso da distrofia muscu- fz, onde ocorre a destruição de células musculares e substituição por tecido conjuntivo adiposo.” São especializadas no armazenamento de gorduras neutras. Estão em contato som a porção profunda da derme, sendo que o seu conjunto constitui a hipoderme, e encontradas sobre a rede de colágeno. Também conhecidas como adipócitos, são serupadas em forma de “cachos de uva”, os lóbulos adiposos, que são separados por gpesedes de conjuntivo, os septa lobulares. À troca gasosa entre as células adiposas e a sorrente sangiínea é intensa, contribuindo para isso a rica vascularização do tecido senjuntivo. Pelas paredes interlobulares conjuntivas passam os vasos sangúíneos e as ferminações nervosas. SISTEMA TEGUMENTAR O sistema tegumentar é constituído pela pele e tela subcutânea, juntamente com es anexos cutâneas (Figura 1-2). O tegumento recobre toda a superfície do corpo e é constituído por uma porção epitelial, a epiderme, e uma porção conjuntiva, a derme. Abaixo e em continuidade «com a derme está a hipoderme, tela subcutânea, que embora tenha a mesma origem e morfologia da derme não faz parte da pele, a qual é formada apenas por duas camadas Arquitetura tipica do tegumento. Qbser- va-se na derme: folículo pioso; glân- lula sebácea; glândula sudoripara; ter minações nervosas livres; corpúsculo sensitivo de Paccini; corpúsculo sensiti vo de Krause e músculo enetor do pélo. A hipoderme serve de suporte e união da derme com os órgãos subjacentes, além de permitir à pele uma considerável amplitu- de de movimento. As funções realizadas pelo sistema tegumentar são: prote- ção, regulação da temperatura do organismo, excreção, sensibi- lidade tátil é produção de vitamina D) Pele A pele representa 12% do peso seco total do corpo, com peso de aproximadamente 4,5 quilos, e é de longe o maior siste- ma de órgãos expostos aa meio ambiente. Um pedaço de pele com aproximadamente 3 em de diâmetro contém: mais de 3 milhões de células, entre [00 340 glândulas sudoríparas, 50 ter- minações nervosas e M em de vasos sangiiincos. Estima-se ainda que existam em tomo de 50 receptores por 100 milímetros quadrados, num total de 640.000 receptores sensoriais. O número de fibras sensoriais oriundas da pele que entram na medula espinhal por via de raízes posteriores é superior a meio milhão. Ocorre acentuado declínio no número dessas estruturas ao longo da vida” A pele é composta de duas camadas principais: |) a epiderme, camada superficial composta de células epiteliais intimamente unidas e 2) a derme, camada mais profum- da composta de tecido conjuntivo denso irregular. Apresenta múltiplas funções, entre as quais a proteção contra agentes físicos, químicos e biológicos do ambiente, e ser relati- vamente impermeável, graças à camada de queratina (cómea) que recobre a epiderme. O limite entre a epiderme e a derme não éregular, mas caracteriza-se pela presença de saliências e reentrâncias das duas camadas que se embricam e se ajustam entre si, for- mando as papilas dérmicas. A superfície da pele está coberta por uma delgada película líquida que tende para a acidez, Oferece uma grande superfície de dispersão calórica e de evaporação e, por isso, desempenha importante papel na termorregulação por meio de seus vasos e glân- dulas. O fluxo sangilínco pode ter uma grande variação. Sob condições normais, o uno sanguíneo cutâneo é de aproximadamente 400 mililitros (mL) por minuto. Entretanto, em condições extremas, mais de 2500 ml. de sangue podem circular pelos vasos da pele por minuto. Funciona também como um vasto emunetório e como fábrica de vitamina De melanina, que tem função protetora contra os rios ultravioletas. A cor da pele é determinada pela presença de alguns pigmentos, dos quais o mais importante é a melanina, pigmento escuro produzido pelos melar Mócitos, que migram na epiderme e transferem o pigmento às células da camada germinativa. O outro pigmen- to, o caroteno ou pró-xitamina À, é encontrado em grande quantidade na cenoura. Não há grande diferença no número de melanócitos encontrados na pele das várias raças humanas. As diferenças da cor da pele são devidas principalmente à quantidade de melanina produzida pelas células e sua distribuição. Os indivíduos de pele escura têm apreciável quantidade de melanina em todas as camadas da epiderme. O acúmulo de anima ecos imenos a melo Rilhrarselos cus mateio vu] 1 " PA cascesaas * metabolismo e armazenamento de gordura; reservatório de alimento e água; importante na respiração; sintetiza compostos importantes como a vitamina D, barreira contra microrganismos. O músculo liso ou involuntário da pele ocorre sobra forma dos eretores dos pélos, da túnica de dartos da genitália edema, e na aréola dos mamilos, As fibras musculares dos eretores dos pélos originam-se no tecido conjuntivo da derme superior e estão inseridas no folículo piloso abaixo das glândulas sebáceas. Quando as fibras musculares se con- traem, elas tracionam o folículo piloso para uma posição vertical. Já o músculo estriado ou voluntário é encontrado na pele do pescoço (platina) e na pele da face (músculos da expressão). Os feixes de músculo estriado originam-se de um perióstco ou de uma fáscia, ou formam um anel fechado, como no orbicular dos lábios” Epideme É constituída essencialmente por um epitélio estratificado pavimentoso querati- nizado. À porção mais profunda da cpiderme é constituida de células epiteliais que se proliferam continuamente para que seja mantido o seu número. Tipicamente em todos os epitélios, não há vasos sangilíneos na epiderme, embora a derme subjacente seja bem vascularizada. Como resultado, o único meio pelo qual as células da epiderme podem obter alimento é através da difusão dos leitos capilares da derme, Esse método ésuficiente para as células mais próximas da derme, mas à medida que as células se divi- dem e são empurradas para a superfície, ficando assim longe da fonte de alimento (derme, morrem. Seu citoplasma é gradualmente substituído por queratina, formando assima estrutura típica das camadas mais extemas da epiderme” À espessura da epi- derme geralmente é muito delgada, menos de 0,12 milímetros, na maior parte do corpo, mas particularmente espessa e altamente diferenciada na palma das mãos e planta dos pés, áreas sujeitas a constante pressão e fricção. À pressão continua num dado local causa o espessamento da epiderme, com a formação das chamadas calosidades. A epiderme é em geral descrita como constituída de quatro ou cinco camadas ou estratos, devido ao fato da camada lúcida estar ou não incluída, só sendo observada em determinadas amostras de pele espessa. Pode-se observar da derme para a superfície as seguintes camadas celulares: Camada Germinativa (Basal) É a camada mais profunda e assim denominada porque gera novas células e apresen- taintensa atividade mitótica, É responsável pela constante renovação da epidenme, fome- cendo cclulas para substituir aquelas que são perdidas na camada cómica. Nesse processo as células partem da camada germinativa e vão sendo deslocadas para a periferia até a camada cómiea, num período de 21 a 28 dias, A superfície das células desse estrato aue se Camada Espinhosa às células dessa camada possttem m aspecto espinhoso, responsável pela deno- importante função na manutenção da coesão células da epiderme e, consequentemente, na resistência ao atrito. Camada Granulosa O citoplasma das células desta camada caracteriza-se por conter grânulos de quera- ialina que parecem estar associados com o fenômeno de queratinização dos epitélios. medida que os grânulos aumentam de tamanho, o núcleo se desintegra, daí resultando morte das células mais extemas da camada granulosa. Assim, a camada granulosa é for- macia por células qui já estão em franca degeneração, cujos sinais do os grânulos de que- mstina ou de melanina que estão no seu citoplasma. O núcleo das células já apresenta sinais de atrofia e os filamentos que as uniam à camada espinhosa quase de Camada Lúcida É constituída por várias camadas de células, achatadas e intimamente ligadas, das quais a maioria apresenta limites indistintos e perde todas as suas inclusões citoplasmá- ficas. exceto as fibrilas de queratina e algumas gotículas de clcidina. Esta é transforma- da em queratina assim que as células desta camada tomam-se parte da camada cómea. Acamada lúcida é mais proeminente em árcas de pele espessa e pode estar ausente em gutros locais. Não é observada com facilidade. Quando visível, tem o aspecto de uma Emha clara, brilhante e homogênea; daí sua denominação. Camada Cómea É a camada mais superficial da epiderme, Consiste de vários planos de células mortas c intimamente ligadas. À partir do momento em que seu citoplasma for substi- fuédo por tma proteína fibrosa denominada queratina, estas células mortas são referidas somo comeificadas. As células comeificadas formam uma cobertura ao redor de toda a superfície do corpo e não só protegem o organismo contra a invasão de várias tipos do ncio extemo, como também ajudam a restringir a perda de água do organismo. Embo- ma camada cómea seja de pequena espessura (cerca de 20 micrômetros), sua capaci- dade de retenção hídrica conserva a superfície da pele macia. As ceramidas, principais componentes lipídicos intercelulares do estrato cór- neo. são fatores importantes em sua função de barreira e desempenham um papel fundamental na capacidade retentora da água deste, impedindo que a água passe facilmente através dele! Pequenos metabólitos hidrossolúveis e componentes estruturais protéicos constituem os principais responsáveis pela retenção de água no estrato cómeo,* 4 células mais superficiais são continuamente eliminadas como resultado da abrasão, como, por exemplo, pelo atrito com a roupa (Figura 153). As peque me se soltam no entanto não dão vma anarã escamas